02/08/2021

Viva os 35 anos do Dia da Heroicidade!

 Viva os 35 anos do Dia da Heroicidade!



Para celebrar o Dia da Heroicidade, página marcante da História de heroísmo de nossa classe em todo o mundo, escondida e falsificada pelos manuais de história da burguesia e pelos monopólios de imprensa, recorremos aos artigos dos órgãos da imprensa popular e democrática além de livros publicados pela Jornalista Rosana Bond que esteve no Peru nos anos de 1980 e pôde conhecer de perto a história de resistência e heroísmo dos revolucionários daquele país.

O Partido Comunista do Peru – PCP, chamado pejorativamente de Sendero Luminoso pelas classes dominantes, declarou com ações armadas do Exército Guerrilheiro Popular, dirigido pelo Partido e sua chefatura Presidente Gonzalo, no dia 17 de maio de 1980, o início da Guerra Popular, assumindo e aplicando a ideologia do marxismo-leninismo-maoismo-pensamento gonzalo.

Poucos anos depois do início da Guerra, em 19 de junho de 1986 a gerência fascista de Alan García assassinou cerca de 250 prisioneiras e prisioneiros políticos do Partido Comunista do Peru (PCP), nos cárceres de 3 ilhas: El Callao, Lurigancho e El Frontón, num dos mais sangrentos episódios de terrorismo de Estado já cometidos em cárceres sul-americanos.

Desde o início da Guerra Popular, o Partido Comunista do Peru, organização proletária revolucionária, passa a ser o maior e principal alvo de perseguições das forças repressivas do velho Estado Peruano. O Partido Comunista do Peru, em suas declarações, afirma desde sua reconstituição enquanto partido marxista-leninista-maoista, que seu objetivo é destruir o Poder que sustenta a semifeudalidade naquele país que impõe a miséria e morte à vida das massas populares, desenvolvendo a Revolução Democrática, o que significa destruir o latifúndio e distribuir as terras para os camponeses pobres e indígenas, desapropriar a grande burguesia serviçal do imperialismo e expulsar o imperialismo, principalmente norte-americano que expolia a nação peruana, construindo palmo a palmo o novo poder de Nova Democracia em direção ao Socialismo e a serviço da Revolução Proletária Mundial.

Assim, os decididos guerrilheiros do PCP trataram de desenvolver do campo à cidade a guerra revolucionária da classe. Com adesão popular cada vez maior à luta armada, os donos do poder naquele país passaram a tentar difamar de todas as formas o PCP e impôs todo o terrorismo de Estado e perseguição contra os militantes e massas populares dirigidos por essa organização.

O velho Estado Peruano, fez centenas de prisioneiras e prisioneiros políticos. Entretanto os militantes do PCP e do Exército guerrilheiro popular, transformavam essas prisões em Luminosas Trincheiras de Combate. Acreditavam que, sob as mais terríveis condições, sua ideologia era invencível. Nem a prisão nem a tortura eram capazes de dobrar a firmeza, tenacidade, ousadia daqueles combatentes que colocavam as suas vidas a serviço da luta do povo. A prisão era tão somente mais uma trincheira de luta e essas Luminosas Trincheiras de Combate demonstravam como era impossível, mesmo com todo aparato militar do mundo destruir a ideologia que carregavam aqueles combatentes.

A jornalista brasileira Rosana Bond relata em artigo publicado no jornal “A Nova Democracia”:

 

“… Pois cerca de um ano antes do ataque estive clandestinamente na ilha do Frontón, para fazer uma reportagem, e vi a capacidade admirável daquelas pessoas de transformar o horrível presídio perdido no meio do Pacífico (onde cacos de vidro e pedaços de ratos vinham misturados à comida) num lugar "habitável".

E mais: num lugar onde a revolução tinha seu curso, através da atitude.

Uma atitude comunista exemplar, que exercitando organização, disciplina, solidariedade e paciência chinesa, levou o grupo a implantar ali uma realidade oposta aos cárceres peruanos daquele tempo. Escola de alfabetização e de estudos políticos/econômicos, cursos de poesia e teatro, biblioteca, cozinha, farmácia, produção de artesanato e até produção de livros (escritos à mão). Tudo criado e comandado pelos presos.”

Os fascistas do velho Estado Peruano, prepararam um massacre e, prevendo o ataque que viria, os prisioneiros e prisioneiras prepararam um grande aparato de defesa, que contou com armas improvisadas; uma proteção de cimento que funcionou como um verdadeiro bunker; construção de compartimento subterrâneo com respiradouro aberto para o mar.

A resistência durou longas horas. Sob cânticos revolucionários e gritos de “Viva a revolução!”, a resistência foi levada às últimas consequências. Os reacionários tiveram de apelar para uso de grande aparato bélico, e, quando finalmente conseguiram capturar os revolucionários, esses foram enfileirados para serem abatidos, e o cântico revolucionário só cessou quando “o último companheiro recebeu o tiro covarde na cabeça”.

 

Desde então, o PCP define e vários partidos revolucionários do mundo celebram o 19 de junho como o Dia da Heroicidade. O Presidente Gonzalo, chefatura do Partido Comunista do Peru, maior preso político da atualidade, encarcerado sob isolamento absoluto há quase 30 anos, declarou na ocasião:

 

“Os prisioneiros de guerra, como personagens da história, seguem ganhando batalhas além da morte, pois vivem e combatem em nós, conquistando novas vitórias; sentimos palpitante e luminosa a sua robusta e inapagável presença”

O Movimento Feminino Popular, saúda a memória desses combatentes e de nos somamos aos verdadeiros revolucionários e democratas de todos os países na celebração desse dia, em que os guerrilheiros peruanos deram uma contundente demonstração de heroísmo e um verdadeiro golpe na reação

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