Publicamos a seguir importante relato sobre o assassinato de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht escrito pela bolchevique Elisabeta Yakovlena Drabkina. A tradução do texto foi retirada do site do MEPR - Movimento Estudantil Popular Revolucionário.
O assassinato de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht narrado pela bolchevique Elisabeta Yakovlevna Drabkina
Elisabeta Yakovlevna Drabkina, filha da bolchevique Feodosia Drabkin
(“Natasha”) e de Iakov Drabkin – que, sob o pseudônimo “Sergei Gusev”,
logo seria Presidente do Comitê Militar Revolucionário do Soviete de
Petrogrado – teve uma vida intimamente ligada ao Partido Bolchevique e à
Revolução Russa.
Na sua infância, Drabkina acompanhava sua mãe nas viagens a Helsinque
para comprar armas para os bolcheviques. Quando tinha cinco anos, a
repressão que se seguiu à Revolução de 1905 obrigou seus pais a passar à
clandestinidade. Ela não voltaria a vê-los até a Revolução de Outubro
de 1917.
Na sua adolescência, incorporou-se ao Partido Bolchevique, foi
voluntária dos Guardas Vermelhos e participou da tomada do Palácio de
Inverno. Aos 17 anos, passou a servir de secretária de Yakov Sverdlov no
Instituto Smolny. Nos anos seguintes, casou-se com o também bolchevique
Aleksander Solomonovich Iosilevich, de quem logo se divorciaria.
Suas obras, algumas publicadas postumamente, enfocam os eventos e as
figuras que definiram sua vida, principalmente sua experiência
revolucionária, os revolucionários com os quais conviveu na militância e
a Revolução de Outubro, até aquele 26 de outubro, 7 de novembro de
1917, em que Lênin, no Smolny, diria: “Camaradas: a revolução operária e camponesa, cuja necessidade proclamaram sempre os bolcheviques, triunfou…”.