As mulheres levam sobre seus ombros a metade do céu e devem conquistá-la
Presidente Mao Tsetung
Derrotar a ofensiva fascista obscurantista de criminalização do aborto
Governo de generais transforma vítimas de estupro que fazem aborto em suspeitas de “homicídio”
“A democracia burguesa é uma democracia feita de frases pomposas, de expressões altissonantes, de promessas grandiloquentes, de belas palavras de ordem de liberdade e de igualdade, mas, na realidade, dissimula a falta de liberdade e de igualdade da mulher, a falta de liberdade e de igualdade dos trabalhadores e explorados. (...)
Abaixo esta mentira ignóbil! A ‘igualdade’ entre opressores e oprimidos, entre explorados e exploradores é impossível, não existe e jamais existirá. Não pode haver, não há e não haverá verdadeira ‘liberdade’ enquanto a mulher não for libertada dos privilégios que a lei reconhece ao homem, enquanto o operário não for libertado do jugo do capital, enquanto o camponês trabalhador não for libertado do jugo do capitalista, do latifundiário, do comerciante .
A que ponto os mentirosos e os hipócritas, os imbecis e os cegos, os burgueses e seus defensores enganam o povo falando-lhe de liberdade, de igualdade, de democracia em geral!
Nós dizemos aos operários e aos camponeses: arrancai a máscara desses mentirosos, abri os olhos desses cegos. Perguntai-lhes: Igualdade de que sexo com que sexo? De que nação com que nação? De que classe com que classe? Liberdade de que jugo ou do jugo de que classe? Liberdade para que classe?”
Lenin, O Poder Soviético e a Situação da Mulher.
Eduardo Pazuello, mais um dos odiosos generais que de fato estão no comando do velho Estado reacionário brasileiro, publicou no último dia 27 de agosto uma portaria do Ministério da Saúde que obriga os médicos a notificarem a polícia antes de fazerem aborto legal em vítimas de estupro. A lógica tacanha e reacionária desse governo, qu
e tende cada vez mais ao fascismo, transforma a mulher do povo, vítima de estupro, em suspeita de “homicídio”, criminosa, simplesmente por querer interromper a gravidez e não querer viver a tortura, para o resto de sua vida, de gerar e dar à luz a um filho fruto de um crime de violência cruel praticado contra ela.
Não esperaram nem uma semana da atrocidade do que Estado, Igreja, grupos fundamentalistas religiosos e fascistas – com a repugnante pastora Damares na linha de frente – fizeram contra uma criança de dez anos estuprada desde os seis, para lançar ofensiva com todo o ódio que têm contra as mulheres do povo. Fazemos questão de repetir aqui o dito no editorial semanal do Jornal A Nova Democracia1 : “A promiscuidade entre religião e Estado – expressa nas draconianas leis antiaborto vigentes e no imenso poder que os pistoleiros clericais têm sobre os meios de comunicação – revela que, adentrada no século XXI, a idade política de nossa republiqueta não atingiu ainda sequer 1789. A turba demencial urrando contra a interrupção da gravidez de uma menina de 10 anos, estuprada desde os 6, ilustra o fundo do abismo pré-histórico em que nos encontramos.”