06/03/2019

Governo latifundista, antioperário, obscurantista e vende-pátria


Governo latifundista, antioperário, obscurantista e vende-pátria

Boletim do MFP - Movimento Feminino Popular. Março/2019.

A profunda crise econômica, política, moral, social e militar que se desenvolve em nosso país está longe de ser sanada com a conformação de um governo tutelado pelos altos mandos das forças armadas reacionárias e sufragado pela farsa eleitoral. Demonstrando seu caráter de classe, serviçal do imperialismo, principalmente ianque, da grande burguesia e do latifúndio, o governo Bolsonaro tem pressa em aplicar medidas de subjugação nacional bem como de exploração e opressão contra as massas populares. Este governo expressa a conformação de um regime de ofensiva reacionária que tem verdadeiro ódio contra as massas populares.
 
Juventude combatente marcha junto com as mães contra a intervenção militar e  o genocídio do povo pobre e negro Rio de Janeiro/RJ - AGO 2018
A primeira medida de Bolsonaro ao iniciar o seu governo foi a de arrochar ainda mais o salário-mínimo já tão miserável. Como não precisa mais de se preocupar em aprovar a tão abominável “reforma” trabalhista-sindical, já em implementação, avança para a aprovação da famigerada “reforma da previdência”, ou seja, a destruição da Previdência Social pública para se impor o sistema privado de pensão e seguridade que os bancos exigem. Seu “superministro” da justiça e segurança pública Sérgio Moro, com seu “pacote anticrime”, longe de querer punir aqueles que sangram os cofres públicos de nosso país todos os dias, tem o verdadeiro objetivo de criminalizar e reprimir a luta popular e revolucionária. Para cumprir suas promessas de campanha, de criminalizar e reprimir a luta pela terra, favorecendo os grandes latifundiários desse país, Bolsonaro colocou como chefe do INCRA mais um general, para comandar as seguidas chacinas contra aqueles que lutam pelo sagrado direito à terra para trabalhar. Seu ministro da educação não teve menor rubor na face ao declarar que “universidade não é para todos, é para uma elite intelectual”. O discurso reacionário chega a culpar pelo desastre do ensino público no país os professores das escolas públicas, acusando-os de uma suposta “doutrinação marxista”. Professores que trabalham nas piores condições e com salários miseráveis. A intervenção militar no Rio de Janeiro segue a matança de pobres nas favelas, e os militares com carta branca para cometerem todo tipo de atrocidade contra o povo, entre outras medidas.

 
Trabalhadores incendeiam barricadas em protesto contra a reforma da previdência  Casimiro Abrel/RJ -  fevereiro 2019
Todas essas medidas como parte do plano do imperialismo para aprofundar sua dominação são para cumprir três tarefas reacionárias: 1) superar a crise e impulsionar o capitalismo burocrático; 2) reestruturar o velho Estado estabelecendo o regime mais reacionário, e 3) buscar conjurar o perigo da Revolução. O imperialismo e as classes dominantes locais querem, com tais medidas e tarefas, aumentar a exploração dos trabalhadores e da nação por meio da implementação das reformas antipovo e vende-pátria, necessárias para safar-se de sua profunda crise geral, mas principalmente enfrentar a crescente ameaça da derrocada política de seu sistema de exploração. Os primeiros intentos de aplicação dessas medidas com a “Operação Lava Jato”, política do establishment dirigido pelos ianques na pretensão de recuperar a moralidade e legitimidade para seu chamado Estado Democrático de Direito, foi um fracasso. Isso fez o imperialismo lançar mão de um plano de golpe militar reacionário preventivo à inevitável rebelião das massas, por meio da ação do alto comando das forças armadas reacionárias. A intervenção segue em marcha com a crescente intervenção das FFAA reacionárias na vida nacional expresso nos decretos das GLOs (Garantia da Lei e da Ordem), na intervenção militar no Rio de Janeiro, na orientação do gerenciamento dos governos, entre outras ingerências e se viabilizou, no período eleitoral, na candidatura de Jair Bolsonaro, sendo sufragado na farsa eleitoral com o objetivo de criar opinião pública favorável à completa concretização. Assim tem se desenvolvido o plano de reestruturação do velho Estado, de seu sistema político agonizante, que pode se dar nos moldes ou de um regime constitucional de centralização absolutista do poder no executivo, ou do regime fascista corporativo aberto. A decisão entre esses dois modelos será uma luta que aumentará, inevitavelmente, a pugna entre os grupos de poder representantes das frações da grande burguesia local no governo. Ao contrário do que tentam provar os defensores de uma “união nacional”, a crise política se desenvolverá aos saltos. O fracasso do atual governo e o fim da sua mistificação patrioteira de defensora da moral e da velha ordem e será inevitável.

Greve dos caminhoneiros - maio de 2018

A única saída para os exploradores do povo e sua récua de lambe-botas dos imperialistas norte-americanos, descarados traidores da pátria, é ampliar uma guerra civil reacionária em toda linha contra o nosso povo. Enquanto que para as massas o único caminho é aumentar a sua mobilização, politização e organização, se livrando da camisa de força do oportunismo e reformismo, desatando uma verdadeira resistência nacional e democrática. O combate sem quartel, medida por medida, para a derrota desse plano sinistro, pela resistência das massas, fará aprofundar a gravidade da crise política e moral desse sistema político agonizante desse velho Estado, cuja base é a crise geral de decomposição do capitalismo burocrático do país dentro da crise geral do imperialismo. O imperialismo, principalmente ianque, e seus lacaios domésticos, especialmente seus gendarmes dos altos mandos das FFAA que cultuam o doentio anticomunismo, tremem frente a simples ideia da revolução. Por isto mesmo necessitam demonizá-la a exaustão.

O povo já está farto de enganação! O Brasil precisa de uma grande Revolução!

A experiência política nacional dos sucessivos governos de turno, dos mais diferentes partidos, e agora, com as FFAA como último bastião de sustentação do caduco sistema de exploração e opressão em franca decomposição, tem resultado em fracassos e frustração das massas populares em seus anseios mais mínimos. Isto tem levado crescentemente grandes contingentes a se darem conta de que só o fim deste sistema de exploração e opressão poderá satisfazer suas necessidades básicas materiais, espirituais e as de uma Nação liberta e justa. Os enganos eleitoreiros e messiânicos só podem adiar seu necessário fim, porém ao insistirem nesses regimes represam mais, fermentam e potenciam a rebelião.

Abre-se um novo momento da luta de classes em nosso país. Momento no qual as massas se levantarão cada vez mais em resposta a toda essa situação com sua justa rebelião. Isto sim é o novo! A organização da revolta das massas populares de nosso país para destruir este sistema podre e corrupto é o caminho para construir uma nova nação, o Brasil Novo. Nem intervenção militar, nem farsa eleitoral melhorarão a vida do povo! Para se libertar de séculos de dominação, o Brasil precisa de uma Revolução! Revolução Democrática, Agrária e Anti-imperialista para libertar os camponeses pobres, a classe operária, aos servidores públicos, professores e estudantes, bem como os pequenos e médios proprietários de toda exploração e opressão, e entregar-lhes tudo o que lhe foi usurpado pelas classes de latifundiários e grandes burgueses serviçais do imperialismo, principalmente ianque.


Exército reacionário antipovo, antinação e vende-pátria!



As forças armadas do velho Estado brasileiro de grandes burgueses e latifundiários serviçais do imperialismo, principalmente ianque, historicamente aplastaram a ferro, fogo e sangue todas as tentativas de uma verdadeira revolução democrática de nosso heroico povo brasileiro, se conformando em gendarme contrarrevolucionário antipovo, defensor de interesses do imperialismo, principalmente ianque, depois da década de 40. O exército brasileiro é, em última instância, o principal garantidor e guardião, o “braço forte” deste poder genocida e atrasado capitalismo burocrático, da semifeudalidade e do imperialismo para esmagar nosso povo e entravam o progresso de nossa pátria, mantendo o país afundado neste mar de lama de corrupção endêmica, modus operandi deste velho Estado e que graça desde as altas cúpulas às entranhas de todas suas instituições. Haja vista toda a corrupção, medidas vende pátrias e agressões contra o povo no período em que esteve no gerenciamento do velho Estado como regime civil-militar entre (1964-1985). Como também diante do chamado regime “democrático” em que sempre estiveram no comando da contrainsurgência popular.                                                                                                                        


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