Governo latifundista, antioperário,
obscurantista e vende-pátria
Boletim do MFP - Movimento Feminino Popular. Março/2019.
Boletim do MFP - Movimento Feminino Popular. Março/2019.
A profunda crise
econômica, política, moral, social e militar que se desenvolve em nosso país está
longe de ser sanada com a conformação de um governo tutelado pelos altos mandos
das forças armadas reacionárias e sufragado pela farsa eleitoral. Demonstrando
seu caráter de classe, serviçal do imperialismo, principalmente ianque, da
grande burguesia e do latifúndio, o governo Bolsonaro tem pressa em aplicar
medidas de subjugação nacional bem como de exploração e opressão contra as
massas populares. Este governo expressa a conformação de um regime de ofensiva
reacionária que tem verdadeiro ódio contra as massas populares.
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Juventude combatente marcha junto com as mães contra a intervenção militar e o genocídio do povo pobre e negro Rio de Janeiro/RJ - AGO 2018 |
A primeira medida de
Bolsonaro ao iniciar o seu governo foi a de arrochar ainda mais o
salário-mínimo já tão miserável. Como não precisa mais de se preocupar em
aprovar a tão abominável “reforma” trabalhista-sindical, já em implementação,
avança para a aprovação da famigerada “reforma da previdência”, ou seja, a
destruição da Previdência Social pública para se impor o sistema privado de
pensão e seguridade que os bancos exigem. Seu “superministro” da justiça e
segurança pública Sérgio Moro, com seu “pacote anticrime”, longe de querer
punir aqueles que sangram os cofres públicos de nosso país todos os dias, tem o
verdadeiro objetivo de criminalizar e reprimir a luta popular e revolucionária.
Para cumprir suas promessas de campanha, de criminalizar e reprimir a luta pela
terra, favorecendo os grandes latifundiários desse país, Bolsonaro colocou como
chefe do INCRA mais um general, para comandar as seguidas chacinas contra
aqueles que lutam pelo sagrado direito à terra para trabalhar. Seu ministro da
educação não teve menor rubor na face ao declarar que “universidade não é para
todos, é para uma elite intelectual”. O discurso reacionário chega a culpar
pelo desastre do ensino público no país os professores das escolas públicas, acusando-os
de uma suposta “doutrinação marxista”. Professores que trabalham nas piores
condições e com salários miseráveis. A intervenção militar no Rio de Janeiro
segue a matança de pobres nas favelas, e os militares com carta branca para
cometerem todo tipo de atrocidade contra o povo, entre outras medidas.
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Trabalhadores incendeiam barricadas em protesto contra a reforma da previdência Casimiro Abrel/RJ - fevereiro 2019 |
Todas essas medidas
como parte do plano do imperialismo para aprofundar sua dominação são para
cumprir três tarefas reacionárias: 1) superar a crise e impulsionar o
capitalismo burocrático; 2) reestruturar o velho Estado estabelecendo o regime
mais reacionário, e 3) buscar conjurar o perigo da Revolução. O imperialismo e
as classes dominantes locais querem, com tais medidas e tarefas, aumentar a
exploração dos trabalhadores e da nação por meio da implementação das reformas
antipovo e vende-pátria, necessárias para safar-se de sua profunda crise geral,
mas principalmente enfrentar a crescente ameaça da derrocada política de seu
sistema de exploração. Os primeiros intentos de aplicação dessas medidas com a
“Operação Lava Jato”, política do establishment
dirigido pelos ianques na pretensão de recuperar a moralidade e legitimidade
para seu chamado Estado Democrático de Direito, foi um fracasso. Isso fez o
imperialismo lançar mão de um plano de golpe militar reacionário preventivo à
inevitável rebelião das massas, por meio da ação do alto comando das forças
armadas reacionárias. A intervenção segue em marcha com a crescente intervenção
das FFAA reacionárias na vida nacional expresso nos decretos das GLOs (Garantia
da Lei e da Ordem), na intervenção militar no Rio de Janeiro, na orientação do
gerenciamento dos governos, entre outras ingerências e se viabilizou, no
período eleitoral, na candidatura de Jair Bolsonaro, sendo sufragado na farsa
eleitoral com o objetivo de criar opinião pública favorável à completa
concretização. Assim tem se desenvolvido o plano de reestruturação do velho
Estado, de seu sistema político agonizante, que pode se dar nos moldes ou de um
regime constitucional de centralização absolutista do poder no executivo, ou do
regime fascista corporativo aberto. A decisão entre esses dois modelos será uma
luta que aumentará, inevitavelmente, a pugna entre os grupos de poder
representantes das frações da grande burguesia local no governo. Ao contrário
do que tentam provar os defensores de uma “união nacional”, a crise política se
desenvolverá aos saltos. O fracasso do atual governo e o fim da sua
mistificação patrioteira de defensora da moral e da velha ordem e será
inevitável.
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Greve dos caminhoneiros - maio de 2018 |
A única
saída para os exploradores do povo e sua récua de lambe-botas dos imperialistas
norte-americanos, descarados traidores da pátria, é ampliar uma guerra civil
reacionária em toda linha contra o nosso povo. Enquanto que para as massas o
único caminho é aumentar a sua mobilização, politização e organização, se livrando
da camisa de força do oportunismo e reformismo, desatando uma verdadeira
resistência nacional e democrática. O combate sem quartel, medida por medida,
para a derrota desse plano sinistro, pela resistência das massas, fará
aprofundar a gravidade da crise política e moral desse sistema político
agonizante desse velho Estado, cuja base é a crise geral de decomposição do
capitalismo burocrático do país dentro da crise geral do imperialismo. O imperialismo, principalmente
ianque, e seus lacaios domésticos, especialmente seus gendarmes dos altos
mandos das FFAA que cultuam o doentio anticomunismo, tremem frente a simples
ideia da revolução. Por isto mesmo necessitam demonizá-la a exaustão.
O povo já está farto de enganação!
O Brasil precisa de uma grande Revolução!
A experiência
política nacional dos sucessivos governos de turno, dos mais diferentes
partidos, e agora, com as FFAA como último bastião de sustentação do caduco
sistema de exploração e opressão em franca decomposição, tem resultado em
fracassos e frustração das massas populares em seus anseios mais mínimos. Isto
tem levado crescentemente grandes contingentes a se darem conta de que só o fim
deste sistema de exploração e opressão poderá satisfazer suas necessidades
básicas materiais, espirituais e as de uma Nação liberta e justa. Os enganos
eleitoreiros e messiânicos só podem adiar seu necessário fim, porém ao
insistirem nesses regimes represam mais, fermentam e potenciam a rebelião.
Abre-se
um novo momento da luta de classes em nosso país. Momento no qual as massas se
levantarão cada vez mais em resposta a toda essa situação com sua justa
rebelião. Isto sim é o novo! A organização da revolta das massas populares de
nosso país para destruir este sistema podre e corrupto é o caminho para construir
uma nova nação, o Brasil Novo. Nem intervenção militar, nem farsa eleitoral
melhorarão a vida do povo! Para se libertar de séculos de dominação, o Brasil
precisa de uma Revolução! Revolução Democrática, Agrária e Anti-imperialista
para libertar os camponeses pobres, a classe operária, aos servidores públicos,
professores e estudantes, bem como os pequenos e médios proprietários de toda
exploração e opressão, e entregar-lhes tudo o que lhe foi usurpado pelas
classes de latifundiários e grandes burgueses serviçais do imperialismo,
principalmente ianque.
Exército reacionário antipovo,
antinação e vende-pátria!
As forças armadas do
velho Estado brasileiro de grandes burgueses e latifundiários serviçais do
imperialismo, principalmente ianque, historicamente aplastaram a ferro, fogo e
sangue todas as tentativas de uma verdadeira revolução democrática de nosso
heroico povo brasileiro, se conformando em gendarme contrarrevolucionário
antipovo, defensor de interesses do imperialismo, principalmente ianque, depois
da década de 40. O exército brasileiro é, em última instância, o principal
garantidor e guardião, o “braço forte” deste poder genocida e atrasado
capitalismo burocrático, da semifeudalidade e do imperialismo para esmagar
nosso povo e entravam o progresso de nossa pátria, mantendo o país afundado
neste mar de lama de corrupção endêmica, modus
operandi deste velho Estado e que graça desde as altas cúpulas às entranhas
de todas suas instituições. Haja vista toda a corrupção, medidas vende pátrias
e agressões contra o povo no período em que esteve no gerenciamento do velho
Estado como regime civil-militar entre (1964-1985). Como também diante do
chamado regime “democrático” em que sempre estiveram no comando da
contrainsurgência popular.
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