Republicamos
abaixo matéria do jornal A Nova Democracia sobre Yovanka Trujillo. Árdua lutadora e intrépida
militante, o
que se sabe de Yovanka Pardavé Trujillo é suficiente para figura-la
entre as heroinas do proletariado.
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Rebeca, Sara, ou mesmo Olga: assim era conhecida, entre seus camaradas de armas, a dirigente do Partido Comunista do Peru, Yovanka Pardavé Trujillo.
Jovem e intrépida presidente da Associação de Advogados Democráticos do Peru, uma organização de advogados combativos que se empenhavam na defesa dos lutadores do povo peruano nos anos de 1980.
Foi também dirigente do Socorro Popular do Peru, organismo gerado do PCP que reunia militantes revolucionários e familiares dos prisioneiros políticos, organizava o trabalho de solidariedade aos prisioneiros e suas famílias, as denúncias da terrível situação carcerária, além de empreender uma série de ações, inclusive armadas.
Capaz, extremamente dedicada e exímia organizadora, Yovanka Pardavé ocupou postos de direção da guerra popular. Foi membro do Comitê Central do PCP e suplente do Birô Político.
Na segunda metade dos anos de 1980, o PCP conquistou a simpatia do El Diario, um jornal diário tradicional peruano de propriedade da Isquierda Unida (partidos da esquerda revisionista). Desbancando as posições oportunistas, o El Diario tornou-se o mais formidável instrumento de propaganda revolucionária para dezenas e centenas de milhares de massas. O El Diario contava com uma equipe de redação, a maioria de seus membros não era comunista, eram jornalistas profissionais, alguns nutriam ideais democráticos. Mas contava com um sólido núcleo de militantes revolucionários inteiramente dedicados a esse trabalho, entre eles o seu diretor Luis Arce Borja*. Yovanka era o membro responsável do Comitê Central do PCP por dirigir o trabalho do El Diario, e mantinha o enlace de sua direção com a direção central do partido.
Detida pelas forças de inteligência do velho Estado peruano em 22 de junho de 1991, Yovanka Pardavé foi logo transferida para a penitenciária de Castro Castro.
Apesar de poucos registros, todos os relatos referentes a Yovanka são relativos ao seu destemor frente ao inimigo de classe e sua firme decisão de dar a vida pela revolução. Era um sólido e inquebrantável quadro comunista.
Durante o ataque sanguinário das forças de repressão contra os prisioneiros de Castro Castro, Yovanka colocou-se à frente dos combates. Quando os canhões da reação rugiam diante dos prisioneiros, estes, por sua vez, cantavam A Internacional e mantinham-se em seus postos de combate. Quando os projéteis assassinos dos fuzis da reação dilaceravam os corpos dos prisioneiros, encontravam seus punhos cerrados.
Em um desses depoimentos sobre o papel de Yovanka na resistência de Castro Castro, há um que conta seus últimos momentos. No interior de um dos pavilhões, ela exortava seus camaradas a resistir até o fim: “Que cada comunista demonstre sua condição!… Sua condição!…” – teria dito antes de ser atingida por uma saraivada de projéteis.
No Dia da Heroicidade, os revolucionários de todo o mundo celebram Yovanka Pardavé e seus camaradas, sua ideologia e sua bravura!
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