Retirado do Jornal A Nova Democracia em
Encontro de mulheres munduruku reafirma caminho da luta
Entre
os dias 8 e 11 de julho foi realizado o 3º Encontro das Mulheres
Munduruku, que ocorreu na aldeia Patauazal, na Terra Indígena Munduruku.
Elas discutiram sobre as ameaças e ataques realizados contra o seu
povo, bem como a necessidade de fortalecer as organizações indígenas
para avançar na defesa do seu território tradicional.
Ao longo dos três dias as mulheres munduruku denunciaram o conluio
entre o velho Estado, o latifúndio e os monopólios locais e estrangeiros
contra os direitos dos povos indígenas. Barragens, ferrovias, garimpos,
hidrovias, madeireiras, mineração e portos foram algumas das ameaças
listadas por elas.
“Nunca vamos parar de lutar pelo nosso rio e pelo nosso território
livre dos projetos de morte. Estamos defendendo o rio que é como nosso
leite materno que damos todos dias para nossos filhos. A terra é nossa
mãe, temos respeito e nunca vamos negociar.”, diz trecho da carta
divulgada ao final do 3º Encontro.
As indígenas reafirmaram o caminho da luta, de avançar na
autodemarcação e autodefesa da TI Munduruku. Elas também frisaram a
importância de fortalecer a aliança com outros povos indígenas, como os
ribeirinhos e os camponeses.
“Vamos seguir o caminho da autonomia do nosso povo para manter o
nosso território livre para nossas futuras gerações. Estamos caminhando
na construção do nosso plano de vida, discutindo com as mulheres sobre o
nosso bem viver, sobre a nossa educação própria, sobre a nossa
autonomia. Nós mulheres mostramos nosso trabalho na prática.”, bradaram
as mulheres munduruku na carta.
“Vamos sempre decidir por nós, pelo nosso território, pelo nosso rio!” Foto: Movimento Iperegayu
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