Clique na imagem para acessá-lo na íntegra em PDF
Viva o 8 de março! Dia Internacional da
Mulher Trabalhadora
Levantar as mulheres do povo para a
revolução
Neste
8 de Março, uma vez mais, nós mulheres do MFP – Movimento Feminino Popular
saudamos efusivamente a nossa gloriosa classe proletária e especialmente as
mulheres do povo de todo mundo, afirmando peremptoriamente que este é o dia
internacional das mulheres do povo e não de todas as mulheres como todo o
feminismo burguês/pequeno-burguês alardeia juntamente com as agências do imperialismo
e os governos reacionários em todo o mundo.
Saudamos
orgulhosas de nossa condição feminina a todas as mulheres do nosso heroico
povo, as operárias, as camponesas, as trabalhadoras do comércio, do transporte
e demais serviços, as trabalhadoras funcionárias públicas, as trabalhadoras
domésticas e donas de casa, as estudantes, as profissionais liberais,
intelectuais e artistas progressistas, saudamos as jovens, as adultas e as
anciãs, saudamos todas as crianças de nosso país, afirmando a esperança de um
Novo Mundo com a certeza da luta classista e revolucionária.
Neste
grandioso dia queremos glorificar a memória das heroínas de nossa classe e
exaltar seu para todo sempre luminoso exemplo expressos em Louise Michel
(francesa), Jenny Marx (alemã), Clara Zetkin (alemã) Rosa Luxemburgo
(polonesa), Alexandra Kolontai (russa), Chiang Ching (chinesa), Tina Modotti
(italiana), Olga Benário (alemã), Augusta de la Torre Carrasco e Yovanka
Pardavé Trujillo (peruanas).
Saudamos
as mulheres de nosso povo, reverenciando a memória das combatentes, que na
história da luta de classes no Brasil dedicaram suas vidas à revolução.
Sobretudo aquelas que encarnaram de forma mais profunda a ideologia do
proletariado e, de armas nas mãos, lutaram pela destruição do velho Estado
burocrático-latifundiário e pela Nova Democracia e pelo Socialismo no Brasil e
o Comunismo em todo o mundo. Saudamos estas intrépidas combatentes brasileiras
nas figuras das companheiras combatentes da Guerrilha do Araguaia, militantes
do Partido Comunista do Brasil: Dinalva Oliveira Teixeira (Dina), Helenira
Resende (Fátima), Maria Lúcia Petit (Maria), Dinaelza Santana Coqueiro
(Mariadina), Luzia Reis (Baianinha), Suely Kanayama (Chica), Lúcia Maria de
Souza (Sônia), Luiza Garlippe (Tuca), Jana Moroni Barroso (Cristina), Áurea
Valadão (Elisa), Maria Célia Correa (Rosa), Telma Regina Correia (Lia),
Walkiria Afonso da Costa (Walk).
Saudamos
a fundadora do Movimento Feminino Popular nossa querida companheira Sandra
Lima, que nos deixou em 27 de julho de 2016, seu incansável exemplo de luta e
sua convicção de que “O Brasil precisa de uma REVOLUÇÃO!”.
Por
fim, saudamos as mulheres proletárias e as massas populares que combatem de
armas nas mãos na guerra popular dirigida por partidos comunistas maoístas no Peru,
Índia, Turquia, Filipinas e nas guerras de libertação na Palestina, Iraque,
Afeganistão, Síria e outros países dominados pelo imperialismo.
Glória eterna às heroicas combatentes que na
luta revolucionária deram suas vidas pela libertação do povo e dos países
dominados pelo imperialismo!
Despertar a fúria revolucionária da mulher!
Agrava-se a crise do imperialismo, cresce a luta revolucionária
dos povos!
O mundo está
sacudido por grandes tormentas provocadas, por um lado, pela crise geral
resultante da decomposição e afundamento do imperialismo que se expressa
principalmente no incremento das guerras de rapina pela repartilha do mundo,
agudizando a contradição principal entre nações oprimidas e imperialismo; por
outro lado, pela reação das massas populares contra a exploração e opressão e
resistências às guerras de rapinas e de agressões contra seus países e
principalmente pelas guerras populares dirigidas por partidos comunistas
maoístas no Peru, Índia, Filipinas e Turquia, ademais das greves e revoltas
populares nos próprios países imperialistas e principalmente das greves e
revoltas camponesas e de povos originários nos países dominados pelo
imperialismo. Como nos ensinou o Presidente Mao Tsetung, a lei do imperialismo
é provocar distúrbios e fracassar sucessivamente até sua derrota definitiva.
Por outro lado “A lei do povo é lutar e
fracassar, tornar a lutar e fracassar novamente, lutar outra vez até triunfar
definitivamente!” Em todo o mundo se levanta uma Nova Grande Onda da
Revolução Proletária Mundial!
Intervenção prepara futuro golpe de Estado!
Exército intensifica guerra contra o povo.
O gerente de turno Michel Temer, por
imposição do Alto Comando das FF.AA. e “conselho” da embaixada do USA, decretou
intervenção na segurança pública em todo o estado do Rio de Janeiro. A decisão
põe todo o aparato de repressão estadual – polícias civil e militar – sob
comando centralizado das Forças Armadas.
As favelas do Rio de Janeiro estão sendo
convertidas em campos de concentração, com invasões de residências, revistas
vexatórias, humilhações e o nefando decreto dá carta branca aos militares para
execuções sumárias, com a garantia de impunidade com a “segurança jurídica”
exigida pelo comandante do exército, general Eduardo Villas Bôas. As tropas com
armas de guerra e munições de alta letalidade passarão a atuar sem limites
invadindo as favelas, cercear a vida dos moradores e não ter punição nem por
previstos “danos colaterais envolvendo civis inocentes”, ou seja, autorização
de aterrorizar, torturar e assassinar impunemente os moradores pobres das
favelas, tudo sob a cobertura da “justiça militar”.
A intervenção do exército no Rio de
Janeiro não acontece para garantir a “segurança pública” e combater a
criminalidade, como anuncia o governo e o Alto Comando e cacareja o monopólio
de imprensa com Rede Globo à frente. É sim um planificado ato preventivo a
revoltas populares, como as que estão explodindo, volta e meia, país afora (as
recentes de Humaitá-AM e Correntina-BA) saturado que já se encontra o povo de
tantas injustiças e desmandos dos governantes. Ao mesmo tempo é balão de ensaio
na criação de opinião pública consentida, para futuro golpe de Estado, frente a
inevitável insurgência popular contra o estado de miséria e de abandono que tem
relegado as massas trabalhadoras da cidade e do campo, este caduco sistema de
exploração e opressão do povo, e de subjugação da nação brasileira.
O fracasso da Operação Lava Jato, política
do establishment dirigido pelos
ianques na pretensão de limpar a fachada das carcomidas instituições do velho
Estado brasileiro, através da punição de autores de corrupção varrer as
velhacas cúpulas dos partidos oficiais e apresentar “caras novas” na política e
assim recuperar moralidade e legitimidade para seu chamado Estado Democrático
de Direito, faz o imperialismo lançar mão da principal força de repressão para
garantir não só a aprovação das “reformas” antipovo e vende-pátria de que
necessita para safar-se de sua profunda crise geral, mas principalmente
enfrentar a crescente ameaça da derrocada política de seu sistema de
exploração.
São as forças armadas do velho Estado
brasileiro de grandes burgueses e latifundiários serviçais do imperialismo,
principalmente ianque, que historicamente aplastaram a ferro, fogo e sangue
todas as tentativas de uma verdadeira revolução democrática de nosso heroico
povo brasileiro, formado por operários, camponeses, pequenos e médios
proprietários da cidade e do campo, professores, estudantes, intelectuais e
artistas progressistas, indígenas e remanescentes de quilombolas. O exército
brasileiro é, em última instância, o principal garantidor e guardião, o “braço
forte” deste poder genocida desse atrasado capitalismo burocrático, da
semifeudalidade e do imperialismo que esmagam nosso povo e entravam o progresso
de nossa pátria, mantendo o país afundado neste mar de lama de corrupção
endêmica, modus operandi deste Estado
e que graça desde as altas cúpulas às entranhas de todas suas instituições.
Haja vista o período em que esteve no comando do regime civil-militar entre
(1964-1985). Mesmo diante do chamado regime “democrático” sempre estiveram no
comando da contrainsurgência popular.
Diante da gravidade da crise social,
política e moral que vivemos no Brasil, cuja base é a crise geral de
decomposição do capitalismo burocrático do país dentro da crise geral do
imperialismo, a única saída para os exploradores e traidores da pátria é lançar
uma guerra civil reacionária contra o nosso povo. Nosso povo responderá a este
crime medida por medida, até pôr abaixo todo este secular sistema de exploração
e opressão.
Nem intervenção militar, nem farsa eleitoral!
O Brasil precisa de uma grande revolução!
O povo brasileiro já está farto de tanta
mentira e enganação promovida pelas classes dominantes em nosso país. Enquanto
aumentam a exploração retirando direitos e favorecendo os monopólios, insistem
na velha farsa eleitoral, vendendo a ilusão de que a mudança dos gerentes de
turno no velho Estado é o caminho para a mudança no país. Todas as siglas do
partido único (PSDB, PMDB, PT, PDT, PSD, PCdoB, etc.) já passaram pela gerência
do velho Estado burguês e latifundiário e provaram que estão a serviço do
latifúndio, da grande burguesia e do imperialismo, principalmente USA. O povo
está cansado de enganação. O boicote às eleições é crescente eleição após
eleição. Nas últimas eleições presidenciais, para governadores e de muitas
prefeituras a soma dos eleitores que não comparecem para votar com os votos
brancos e nulos superaram os números de votos dos eleitos. A abstenção e o rechaço
popular à farsa eleitoral é fato inconteste e aumentará a cada pleito.
As condições de vida do povo pioram ainda
mais a cada dia com o aumento da carestia de vida, desemprego, endividamento,
aumento das concentrações de terras nas mãos dos malditos latifundiários que
mandam no judiciário, legislativo e executivo. O povo está morrendo à míngua
nos hospitais, não há médicos, não há leitos, não há exames, não há
medicamentos essenciais e quem mais padece com isso são as mulheres.
No campo, a concentração de terras aumenta
como nunca. Os crimes dos latifundiários contra o povo continuam impunes.
Enquanto o Estado promove sua “regularização das terras”, que nada mais é que a
legalização das terras griladas para especulação pelos latifundiários e mineradoras!
As massas respondem cada vez mais a esta situação com sua justa rebelião. Isto
sim é o novo! A organização da revolta das massas populares do nosso país para
destruir este sistema podre e corrupto é o caminho para construir uma nova
nação.
Nem intervenção militar, nem farsa
eleitoral melhorarão a vida do povo! Para se libertar de séculos de dominação,
o Brasil precisa de uma Revolução! Revolução Democrática, que se inicia com a
Revolução Agrária para entregar aos camponeses pobres, à classe operária, aos
servidores públicos, professores e estudantes, bem como aos pequenos e médios
proprietários, tudo o que lhe foi usurpado pelas classes de latifundiários e
grandes burgueses serviçais do imperialismo, principalmente ianque.
A crise no país aumenta a violência sobre as mulheres
Só a revolução porá fim a esta violência
Os índices de violência contra as mulheres
no Brasil vêm aumentando ano após ano e ultrapassaram os 5 milhões de mulheres
agredidas fisicamente no ano de 2017 (segundo estatísticas oficiais), mas há
investigações que estimam que em um ano o número de mulheres agredidas
fisicamente possa chegar à cifra de 19 milhões. No ano de 2015 aconteceram 1
estupro a cada 11 minutos e estes foram somente os dados registrados. Estima-se
que estes sejam apenas 10% do total dos casos que realmente acontecem. Ou seja,
o Brasil pode ter a taxa de quase meio milhão de estupros de mulheres a cada
ano. Além disso, nosso país ocupa a marca de 5° lugar entre os países com maior
taxa de feminicídio.
Toda esta horrenda realidade é produto da
sociedade dividida em classes baseada na exploração e opressão do ser humano, e
é reproduzida por todos os meios pelo capitalismo de modo geral e
particularmente pelo capitalismo burocrático vigente em nosso país, no qual
impera um sistema de exploração e opressão semicolonial/semifeudal. Esta brutal
realidade cresce exponencialmente com crise geral deste sistema. As
instituições de seu velho Estado de grandes burgueses e latifundiários
serviçais do imperialismo, principalmente ianque e em especial os monopólios de
comunicação e imprensa promovem a propaganda duma falsa promoção e liberdade
das mulheres e jovens com a fantasiosa ideia de um ilusório “empoderamento
feminino” (discurso da ONU). O mesmo repetem os partidos oportunistas fazendo
coro com a reação. Por todos os meios de difusão e propaganda do lixo
ideológico e cultural da burguesia, com a rede globo na vanguarda, justificam e
fazem a apologia de comportamentos sexuais supostamente liberados, adornados
pelos discursos de liberdade e “diversidade. No último carnaval, por todo o
país, a rede globo hipocritamente liderou os grupos do feminismo burguês e
pequeno-burguês na campanha em que distribuiu para as mulheres foliãs tatuagens
temporárias com os dizeres “Não é não!”. Logo a Rede Globo, a principal
promotora da utilização da mulher como objeto sexual e de várias formas de
prostituição em suas novelas e programas como Big Brother.
Mas o que fazem é traficar com as justas
demandas das mulheres do povo. Seu combate à violência contra a mulher é só uma
manipulação das massas, que joga as mulheres contra os homens para dividi-las e
desviá-las do caminho da luta contra este sistema de exploração e opressão, que
é a base de manutenção e reprodução do patriarcado e de todos os prejuízos para
as mulheres que dele decorre.
O
feminismo burguês e pequeno-burguês servem às classes dominantes
O feminismo burguês e pequeno-burguês, em
sua repetição dessa propaganda, dá todo apoio à política deste velho Estado nas
campanhas pelo “empoderamento feminino” e difunde a ilusão de que suas leis
populistas, como a “Lei Maria da Penha”, como são todas as leis punitivas no
capitalismo elas se voltam contra as massas. E este Estado não cumpre as
medidas “protetivas” prevista em tal lei. E o próprio tratamento desprezível
que suas autoridades policiais dispensam aos casos de violência contra mulheres
deixa patente o vínculo existente entre a opressão da mulher e a dominação de
classe.
O feminismo burguês e pequeno-burguês é um
instrumento importante a serviço da política de dominação das classes
exploradoras do nosso país ao diluir as diferenças e a contradição antagônica
de classes, que separam por um abismo as mulheres trabalhadoras exploradas da
minoria de mulheres das classes proprietárias exploradoras. Advogando que a
luta é de todas as mulheres contra os homens e a falácia de que a opressão da
mulher pode ser suprimida nos marcos desta sociedade capitalista tais
movimentos servem de suporte ideológico e político à velha ordem de exploração
e manutenção do patriarcado que dizem combater. É assim que servem a desviar as
mulheres do povo da única via que pode conduzir à sua verdadeira emancipação, a
luta revolucionária de sua classe pelo Poder. O revolucionário peruano José
Carlos Mariátegui, definiu de maneira magistral a diferença de classes entre as
mulheres, contrapondo-se a falsa tese idealista da “luta de gênero”, da “união
de todas as mulheres”, afirmando: “as mulheres, como os homens, são
reacionárias, centristas ou revolucionárias. Não podem, portanto, combater
juntas a mesma batalha. No atual panorama humano a classe diferencia os
indivíduos mais do que o sexo”.
Os movimentos feministas burgueses e pequeno-burgueses
e suas reivindicações não fazem mais que somente arranhar a superfície do
problema da opressão feminina ao se oporem à verdade de que suas reais causas e
raízes são a propriedade privada e suas decorrentes relações de exploração do
homem pelo homem. Apontam o patriarcado como sua causa original e se negam a
ver que este é tão somente resultante da propriedade privada e da sociedade de
classes.
Historicamente os sistemas de exploração e
opressão relegaram as mulheres do povo às funções mais secundárias na
sociedade, a de meras reprodutoras exaltando-as como rainhas do lar para que se
resignassem à condição da escravidão doméstica. Tudo para reduzir ao máximo sua
prática social e assim aplastar sua participação na luta de classe. Com o advento
do capitalismo não foi diferente, nele cabe às mulheres do povo a extenuante
tarefa do trabalho doméstico, trabalho invisível e embrutecedor que garantem a
reprodução da força de trabalho para as classes exploradoras na forma de
trabalho gratuito: as mulheres lavam, passam, cozinham, cuidam dos doentes, das
crianças e idosos. Com isto os salários podem ser mantidos em níveis
baixíssimos, o patrão não precisa desembolsar nada para garantir seu empregado
alimentado e vestido. Ele explora a classe de duas formas: na fábrica, com
pouca paga e no lar, com o trabalho não pago da mulher. Quando são inseridas na
produção social é para aumentar a exploração da classe impondo à elas uma dupla
jornada. Hoje no Brasil as mulheres são maioria em muitas funções e profissões
e de modo geral a metade das massas empregadas nas unidades de produção e
serviço, na cidade e no campo. Ademais de que ainda é imensa a quantidade de
mulheres presentes na chamada economia informal e das que só trabalham nas
funções domésticas, como empregadas ou donas de casa.
Mas com o capitalismo as mulheres foram
ingressadas crescentemente na produção social como forma do capitalista
aumentar a exploração da classe. Esta situação ampliou a prática social de
crescente números de mulheres. Ainda que este ingresso das mulheres na produção
fez recair sobre elas a dupla jornada, potenciou sua participação na luta de
classes. Para frear o crescimento da participação das mulheres na luta de
classes os regimes de exploração lançam mão da propaganda da promoção e
valorização da mulher e nisto o feminismo burguês e pequeno-burguês lhes servem
com suas teorias da libertação da mulher nos marcos da sociedade capitalista,
tal como o muito em voga “empoderamento feminino”, atiçando as mulheres contra
os homens, dividindo a classe em sua luta por direitos e emancipação política.
Ademais de toda a sorte de prejuízos à condição da mulher a cultura machista e
o embrutecimento resultante da pregação das igrejas que se arvoram em donas do
corpo da mulher impondo um mito absurdo sobre a procriação condenam as mulheres
à obrigação de levar até o fim uma gravidez indesejada. Assim milhões de
mulheres em nosso país, pelas circunstâncias da pobreza e do abandono, são
obrigadas a fazer clandestinamente o aborto nas piores condições, criminalizado
que é a interrupção da gestação, condenadas ou à prisão ou às sérias sequelas
em sua saúde física e mental, quando não à morte. É o que provam os
estarrecedores números de óbitos, reconhecidos inclusive pelas instituições do
velho Estado. Tudo isto demonstra que longe de qualquer ilusório
“empoderamento”, o gigantesco contingente de mulheres trabalhadoras não tem
sequer o direito de decidir sobre seu próprio corpo e se acham aprisionadas e
cercadas por todos os lados e de todas as formas.
Ao contrário, nas classes exploradoras, a
mulher compra o alívio da opressão sexual das mãos das mulheres proletárias e
camponesas, explorando-as na produção e como babás e empregadas domésticas.
Desta forma, as mulheres das classes dominantes são as únicas que podem atingir
condição similar à do homem de sua classe nos marcos do sistema capitalista.
A
origem da opressão feminina é a propriedade privada e a sociedade de classes.
Só a revolução proletária emancipará as mulheres.
A opressão feminina tem origem na
propriedade privada e divisão da sociedade em classes antagônicas.
Inicialmente, o patriarcado derruba o direito materno em função da propriedade
privada, atendendo à necessidade do homem de garantir a herança para seus
filhos e revelou-se uma armadilha terrível para as mulheres, já que a elas
também interessavam a herança para seus filhos. A forma de família patriarcal
monogâmica garante essa nova exigência. As novas relações de propriedade,
entretanto, fez com que cada vez mais a divisão da sociedade entre homens e
mulheres se tornasse secundária em relação a divisão da sociedade em classes
sociais. A intensidade e os efeitos da opressão sexual, aplicada originalmente
sobre o conjunto de mulheres, são relativos à sua condição social, de classe proprietária
ou de classe despossuída e explorada. A família individual que se estabelece
então é uma unidade econômica fundamental da sociedade de classes. O que com o
capitalismo não só se manteve como reforçou-se.
Em razão da origem e causa da opressão feminina
ser a propriedade privada e divisão da sociedade de classes e dessa relação ser
de exploração e opressão, somente a erradicação completa destes fatores e sua
substituição por novas relações de produção baseadas na propriedade coletiva
dos meios de produção social e de distribuição da riqueza pode conduzir a
emancipação das mulheres ao emancipar politicamente a classe operária e demais
massas trabalhadoras. Ou seja, a revolução social do proletariado – composta
por homens e mulheres – para o estabelecimento do socialismo em transição para
a sociedade sem classes, o comunismo.
No Brasil a
emancipação da mulher se dará com a Nova Democracia e o Socialismo
Somente o socialismo, ao destruir a
propriedade privada dos meios de produção, pode criar as condições para a
erradicação de toda forma de opressão feminina. Primeiro ao integrar as
mulheres na produção social, industrializando o trabalho doméstico, criando
creches nos bairros e nas unidades de produção, o trabalho coletivo social no
cuidado dos idosos, ademais do estabelecimento de igualdade de direitos e de
fato para as mulheres, bem como o estímulo e acesso a todos os níveis de
educação e funções de direção nas mais diferentes esferas da produção e
atividades sociais e culturais. Todas essas transformações elevam como nunca
antes a prática social das mulheres e em especial a sua participação na luta de
classes.
No socialismo, estarão dadas todas as
condições para que as mulheres avancem para sua completa emancipação e para o
fim de toda a opressão feminina.
Por isso mesmo o movimento feminino
revolucionário não despreza a luta das mulheres por demandas específicas, ao
contrário, com base no princípio de unir toda a classe operária e demais massas
trabalhadoras da cidade e do campo, liga indissoluvelmente estas demandas ao
principal que é a luta política revolucionária pelo Poder proletário, o
Socialismo no rumo do Comunismo. No Brasil, como nos demais países dominados
pelo imperialismo, o Socialismo será alcançado através da luta pela Nova
Democracia, revolução para a qual é necessário despertar a fúria das mulheres
trabalhadoras secularmente represada como poderosa e imprescindível força
revolucionária.
O dia 8 de março –
Dia Internacional da Mulher Proletária tem uma importância especial na luta
revolucionária de todos os povos. O tributo à luta das mulheres das classes exploradas e oprimidas de
todos os países foi proposto por Clara Zetkin – dirigente do Partido Social
Democrata (Comunista) da Alemanha – na II Conferência de Mulheres Socialistas
em 1910, realizada na Dinamarca. Aprovada pelas delegadas, a homenagem foi
realizada em dias diferentes nos primeiros anos.
No dia 8 de março de
1917, no auge de uma situação revolucionária, ocorreu uma passeata com dezenas
de milhares de operárias contra a fome, a guerra e o czarismo, sob a direção
dos bolcheviques em Petrogrado, então capital da Rússia, dando início a uma
greve geral política contra o regime czarista. Esses acontecimentos marcaram o
período revolucionário mais importante da humanidade – a Grande Revolução
Socialista de Outubro em 1917 – quando a classe operária russa e a classe
camponesa aliada histórica, tomam o poder e iniciam a construção da primeira
pátria socialista da história, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas –
URSS. É em homenagem a esta rebelião das operárias russas que a celebração do
Dia Internacional da Mulher Proletária passa a ser realizada no dia 8 de março,
pelos movimentos revolucionários de mulheres em todo o mundo, como marca do
conteúdo de classe da data.
Nos anos de 1950,
as classes dominantes reacionárias tentaram suprimir estas referencias
históricas vinculadas ao movimento comunista internacional, tentando
transformar a data em dia internacional de todas as mulheres, exploradoras e
exploradas, opressoras e oprimidas. Apresentaram a versão mentirosa de que a
greve das tecelãs em Nova Iorque, quando morreram 129 operárias e 17 operários,
num grande incêndio trancado pelos patrões dentro do prédio em chamas, havia
ocorrido no dia 8 de março e daí esta data passou a ser comemorada
internacionalmente. Como não podiam suprimir o caráter classista de uma data já
consolidada em todo o mundo, buscaram então uma luta acontecida fora do
território socialista.
A defesa dos
livros de história da burguesia, repetida em coro pelo oportunismo e o
revisionismo, fazendo referência às operárias de Nova Iorque é, portanto, uma
farsa. Não que o fato não tenha ocorrido, nem que a luta das operarias
estadunidenses não tenha importância e não seja parte do movimento operário
internacional. Pelo contrário, elas são mártires da luta do proletariado e pela
emancipação da mulher. Mas seu martírio não se deu no dia 8 de março, e sim no
dia 25 de março de 1911. O Dia Internacional da Mulher Proletária não foi
instituído com referência neste acontecimento e sim na Grande Revolução
Socialista de Outubro em 1917.
O que o
imperialismo pretende na verdade é negar que o Dia 8 de Março está vinculado à
Revolução Proletária Mundial e pertence, portanto, às massas exploradas e
oprimidas de todo o mundo que combatem o imperialismo. E isso a reação não pode
permitir em sua vã tentativa de negar a revolução e de apagar da história os
feitos históricos da classe operária e do campesinato dirigidos pelo grande
Partido Comunista da União Soviética, sob a grande liderança de Lenin e Stálin.
Viva a luta popular e revolucionária das
mulheres!
Nenhum comentário:
Postar um comentário