Reproduzimos o 2º boletim da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo contra a farsa eleitoral.
Baixe aqui o PDF para impressão.
Nem eleição nem intervenção militar: Revolução já!
Não Vote, Organize-se e lute!
A Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo – FRDDP
convoca o povo brasileiro a boicotar a farsa eleitoral, denunciando os
partidos e seus candidatos, se negando a dar aval a este sistema
político corrupto e seus candidatos mentirosos, demagogos e cínicos,
sejam eles da direita, do centro ou da falsa “esquerda” oportunista.
O Estado brasileiro e seus governos, ao longo de nossa história,
aplicaram de forma sistemática a violência para esmagar a luta do povo e
serviram- se da farsa eleitoral para enganá-lo a legitimar este sistema
que o explora e oprime. Este é o velho Estado de grandes burgueses e
latifundiários, serviçais do imperialismo, principalmente ianque
(Estados Unidos), cujos governos não passam de meros gerenciamentos de
turno a seu serviço.
É o guardião do secular sistema semicolonial/semifeudal em que se
desenvolve o capitalismo burocrático, atrasado, é a fonte da exploração,
opressão, injustiças, miséria e fome de que padece a imensa maioria do
nosso povo, dos privilégios indecentes para uma minoria de ricaços e da
rapina das nossas riquezas naturais pelas potências estrangeiras. Até os
dias atuais todas as revoltas populares pela verdadeira democracia
foram esmagadas a ferro, sangue e fogo pelas forças armadas. Esta é a
causa política do país ter chegado a essa grave situação.
A crise atinge brutalmente o nosso povo com desemprego, corte de
direitos (as “reformas” e cortes de programas sociais), sucateamento dos
serviços públicos de saúde e educação, miséria, delinquência e com a
guerra covarde que polícia e exército lançam contra os pobres no campo
na luta pela terra e na cidade contra as greves e protestos dos
trabalhadores e estudantes, além da matança de pobres nas favelas a
pretexto de combater traficantes. Mas atinge também as classes
dominantes, divididas numa luta que já virou guerra pelo governo e
controle do Estado. A sua causa econômica é a crise de putrefação desse
capitalismo burocrático atrasado, dentro da crise geral do imperialismo
com recessão, desemprego, guerras de rapina e migração em massa,
desordens contra as quais cresce a revolta popular em todo o mundo.
Assustados com a rebelião popular que vem estourando país afora e que
como fogo de monturo prepara a grande revolta que mais cedo que tarde
rebentará, os guardiães dessa velha ordem puseram em marcha um golpe
militar contrarrevolucionário preventivo, se antecipando à inevitável
rebelião para tentar esmagá-la em seus inícios.
A rebelião do povo contra os desmandos, injustiças e violência que
sofre em sua luta pela terra, por melhores salários e condições de vida,
contra os cortes de direitos duramente conquistados em cem anos de
luta, ameaça o sistema de exploração e seu regime político corrupto. A
greve geral dos caminhoneiros, apoiada pelo nosso povo por todo o país
abalou o sistema, demonstrando a força que o povo tem quando se rebela e
se organiza.
Passo a passo vão impondo a intervenção militar como o exército nas
favelas do RJ, operação ACISO em Suzano- SP (tropas e tanques nas ruas),
em Pacaraima–RR, fronteira com Venezuela, e objetiva estender a todo
país com a crescente atuação dos militares na GLO – Garantia da Lei e da
Ordem, nas repetidas declarações do comandante do exército e generais
ocupando altos cargos do velho Estado.
A farsa eleitoral, com o cinismo e mentiras à caça de votos, passa ao
largo da gravidade da crise. O país, com governos, partidos e políticos
desmoralizados, vem sendo empurrado a uma guerra civil reacionária do
velho Estado, sob ordem do alto comando militar. Cansado das mentiras e
enganos o povo, cada dia mais, se convence de que o caminho da sua
libertação não é esta velha e podre farsa eleitoral. Esta sempre foi uma
armadilha do imperialismo, da grande burguesia e dos latifundiários
para assegurarem os seus interesses, reforçando e aprofundando o caminho
burocrático imposto à Nação.
É preciso acabar com este velho Estado e o sistema de exploração de
que é guardião e só uma revolução pode fazer isto. A revolução é o
caminho do povo, o único caminho democrático para sua libertação e da
Nação. O nosso sofrido povo deve abandonar de vez as ilusões com essas
eleições podres e corruptas e marchar pelo caminho da revolução.
Na farsa eleitoral, os candidatos e partidos prováveis em vencer, são
representantes dos grupos de interesses das frações da grande burguesia
e dos latifundiários e não importa que se chamem de direita, centro ou
“esquerda”, e aqueles sem chance se alinharão com um com ou
outro.Portanto nenhum deles pode sequer tocar nos grandes problemas do
povo e da nação porque sua solução vai contra os interesses que
representam. A solução destes problemas compõe o Programa de
transformações democráticas do povo: 1) pôr fim a este sistema político
corrupto com estabelecimento de uma República Democrática Popular; 2) a
questão agrária com a liquidação do latifúndio e entrega das terras aos
camponeses pobres sem terra ou com pouca terra; 3) a independência e
progresso da nação com a nacionalização e industrialização das nossas
riquezas naturais, secularmente saqueadas pelas corporações estrangeiras
(como o ouro, o minério de ferro, o nióbio e tantos outros); 4)
estabelecimento do monopólio estatal bancário, dos transportes e do
comércio exterior; 5) estabelecer como público e gratuito todo o ensino
básico, médio e superior, desenvolver a ciência, a pesquisa e a
tecnologia nacionais, bem como a cultura científica e de massas; 6)
cancelar a dívida pública interna (mais de 5 trilhões de reais, 80% do
PIB) e externa (mais 400 bilhões de dólares); 7) confiscar os grandes
capitais locais e estrangeiros e empregar todos estes recursos no
desenvolvimento do país, progresso e bem-estar do nosso povo; 8)romper
todos os acordos internacionais lesivos ao país; 9) adotar como política
externa a solidariedade aos trabalhadores de todo o mundo e o apoio à
luta dos povos e nações oprimidas; e assim 10) unir a imensa maioria da
Nação na frente única de operários, camponeses, pequena e média
burguesias, baseada na aliança operário camponesa e sob hegemonia da
classe operária, através do seu autêntico Partido Comunista clandestino e
restabelecido, para rechaçar a agressão imperialista pondo fim à
subjugação e domínio que o imperialismo, principalmente ianque (Estados
Unidos) impõe secularmente a nossa Pátria. Só pela força e imposição o
povo pode realizar isto, só com a revolução de Nova Democracia!
Muito ao contrário, os candidatos tentam se diferenciar em firulas,
mas o blá-blá-blá de todos é o de fazer “o país voltara crescer com
emprego e renda”, através da continuação da cartilha do FMI, da
banqueirada sanguessuga e do “agronegócio”. A falsa “esquerda”
eleitoreira faz coro com a direita tanto na economia quanto na defesa da
farsa eleitoral como a única forma do povo buscar sua libertação e a da
Nação. O candidato do PT diz que “vai trazer de volta o Brasil de Lula
pro povo ser feliz de novo”. O que estes
oportunistas(PT/PcdoB/PSB/etc.), em conluio com o PMDB, fizeram em quase
14 anos foi engabelar as parcelas mais sofridas do nosso povo com os
programas assistencialistas do Banco Mundial, enquanto entregava o
grosso do produto
do seu suor e lágrimas às corporações do imperialismo, aos banqueiros e ao “agronegócio”.
do seu suor e lágrimas às corporações do imperialismo, aos banqueiros e ao “agronegócio”.
Na verdade, para o povo este governo foi só sonho de verão, tal como a
farra do crédito fácil (endividando dezenas de milhões de famílias) e
do empréstimo consignado para espoliar os aposentados e funcionários
públicos; implantou o fator 85/95 progressivo até 90/100 (para cálculo
da aposentadoria) e a funesta alta programada; aumentou vagas na
universidade ao custo de doar bilhões para o ensino privado. Criou a
Força Nacional para reprimir o povo, enviou o exército para o Haiti para
massacrar a revolta popular contra a invasão estrangeira imposta pelo
USA. Só foi mais do mesmo, na política econômica do FMI, na política
social foi a cooptação das direções do MST, CONTAG, Centrais Sindicais,
UNE/UBES e do assistencialismo do “Bolsa Família” para curral eleitoral e
nas práticas da corrupção.
Já a extrema direita (lambe-botas dos Estados Unidos) com Bolsonaro e
general Mourão à cabeça, que se criaram graças às lambanças dos
oportunistas, se aproveitam da descrença do povo nos desmoralizado
governos e políticos corruptos vende- pátria para apregoar a intervenção
militar. Defendem descaradamente o regime militar fascista do golpe de
64 a mando do USA. Dizem que vão “por ordem no país”. Como? O povo
brasileiro já sabe: repressão sanguinária contra os pobres, operários,
camponeses, estudantes, intelectuais e artistas, democratas e
revolucionários. Os militares no governo só trouxeram mais exploração,
arrocho, abusos e corrupção desbragada denunciada até por seus oficiais,
censura e repressão, desgraças e sofrimento para nosso povo, o
endividamento da Nação e entrega das riquezas naturais às potências
estrangeiras. Por isto, participar da farsa eleitoral é legitimar todos
esses bandidos, todo o sistema de exploração e opressão do povo e de
subjugação nacional que representam. É afiançar esses canalhas que criam
leis para aumentar o arrocho contra o povo e assegurar seus altíssimos
salários, suas mordomias e a corrupção desbragada. Votar é dar o seu
aval a essa política fascista de criminalizar, perseguir e assassinar
os filhos e filhas do povo.
A crise é gravíssima e a farsa eleitoral não pode resolvê- la, menos
ainda a intervenção militar, muito ao contrário só a agudizará. Ganhe
quem ganhe as eleições, com intervenção militar aberta ou não, o velho
Estado lançará mais repressão sangrenta contra o protesto popular, mas
as massas em defesa de seus direitos responderão com a mesma moeda com
lutas cada vez mais violentas. O dever dos revolucionários e verdadeiros
democratas e patriotas é de mobilizar as massas com audácia,
politizando-as e construindo organizações classistas, no campo e na
cidade, principalmente para reestabelecer o autêntico e verdadeiro
Partido Comunista clandestino, ligando a luta reivindicativa com a justa
luta pelo Poder, transformando a guerra contra o povo numa guerra
popular. Só numa persistente e prolongada luta revolucionária, no campo e
na cidade, de batalha em batalha, o povo destruirá, parte por parte,
este sistema de exploração e opressão. Será aplicando desde já o
programa da Revolução Democrática, Agrária e Anti-imperialista, em cada
parte conquistada com o Novo Poder, até o triunfo da revolução em todo o
país com criação da República Democrática Popular do Brasil Novo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário