28/07/2018

Reunião do MFP em Belo Horizonte. Homenagem à companheira Sandra Lima.


Reunião do MFP em Belo Horizonte. 

Homenagem à companheira Sandra Lima. 



No último dia 27 de julho, o Movimento Feminino Popular convocou companheiras e companheiros para uma reunião em Belo Horizonte com o objetivo de impulsionar a organização do MFP e homenagear a companheira Sandra Lima na passagem dos dois anos de seu falecimento.

As companheiras do Movimento fizeram uma apresentação do hino do Movimento Feminino Popular, Lutadoras da Revolução. Declamaram a poesia A tua presença, publicado neste site, feita por um companheiro em homenagem a companheira em julho 2016.

Foi exibido um vídeo, que mostra a trajetória da companheira Sandra através de fotos e vídeos de sua participação na luta, desde a juventude. Relembramos o importante papel de dirigente revolucionária que a companheira cumpriu, particularmente após o rompimento com o Nacional Reformismo em 1995. A companheira, defensora da ideologia do proletariado, o marxismo-leninismo-maoísmo, foi fundamental no impulsionamento das organizações populares classistas, combativas e revolucionárias na cidade e no campo, sempre decidida a servir ao povo e com uma fé infinita no poder das massas que fazem a história. Combateu intransigentemente o oportunismo e o revisionismo como necessidade para avançar a revolução em nosso país como parte da revolução proletária mundial. Como parte da sua consciência revolucionária, dentro da compreensão de que sem a participação da mulher não há revolução alguma, lutou pela construção de um vigoroso movimento feminino revolucionário em nosso país, sendo o principal quadro do Movimento Feminino Popular desde a sua fundação no ano 2000.

Na reunião, uma companheira do MFP apresentou a necessidade de impulsionarmos a organização do Movimento Feminino Popular neste momento de aprofundamento da crise do capitalismo burocrático em nosso país como parte da crise geral do imperialismo. Apontou que a brutal realidade de opressão sobre as mulheres cresce exponencialmente com a crise do sistema imperialista. Que precisamos ir com mais decisão na tarefa de organizar, politizar e organizar as mulheres, combatendo o feminismo burguês e pequeno burguês, aparentemente radical, que são um importante instrumento ideológico para dividir a classe e iludir as mulheres de que é possível destruir a opressão feminina dentro dos marcos do capitalismo.

Apontou que para destruir a quarta montanha que pesa sobre os ombros das mulheres, a opressão sexual, o caminho é a Revolução de Nova Democracia para derrubar as três montanhas que pesam sobre as classes exploradas e oprimidas de nosso povo, a semifeudalidade, o capitalismo burocrático e o imperialismo. Ou seja, que o caminho da Emancipação da Mulher é Obra da Revolução Proletária. Também afirmou a necessidade de organizarmos uma vigorosa campanha de boicote às eleições, desmascarando este velho e podre estado e suas instituições que existem para explorar e oprimir as massas de nosso povo.

Por fim, apontou a necessidade de reafirmar nossa Linha Geral, nossos Princípios de Organização, nossos Métodos de Trabalho e de Direção, nossos Objetivos Programáticos e na fé infinita nas massas, convocando todos companheiros e companheiras a trabalharem no impulsionamento da organização dos núcleos do MFP. A reunião terminou com uma vigorosa reafirmação do juramento do MFP.


Companheira Sandra, presente na luta!

Despertar a fúria revolucionária da mulher!

Viva o Movimento Feminino Popular!

27/07/2018

A tua presença

A seguir publicamos poesia feita em homenagem à companheira Sandra, escrita em julho de 2016. Hoje, dia 27 de julho completam-se 2 anos da morte da nossa companheira e dirigente Sandra Lima.
  
A tua presença

Teu corpo frágil
elude apenas
o vulcão que nele habita
à espreita de desatar,

A luz de teus olhos
atentos de mirar o povo
a alentar seu olhar,

Tua tão simples beleza,
despida de arranjos,
singela de quase austera e espartana,

Tua razão serena
de verdades fez têmpera
da perturbadora paixão de lutar,

Tua teimosia
revolucionária foi
a recusa pétrea a se render,

Tua voz tão grave
feita de causar distúrbios
é a voz da turba que já vem lá,
Voz de semear ventos,
fazer motins à velha ordem,
tecer sedição e dar guerra sem quartel
a odiosa e milenar opressão da mulher,

Teu punho
levantado uma vez
para não arriar jamais,

Teu voo
ininterrupto é águia
que se eleva em nossa voz,

Tua presença
entranhável e luminosa
em nós para sempre.

Mas teu corpo quietou-se
no tormentoso tempo que anunciaste,

A luz de teus olhos extinguiu-se
para ser o clarão da nova aurora que virá,

Tua simplicidade deixou-se
para ser exemplo a todos,

Tua razão quedou-se
na causa condenada a triunfar,

Tua teimosia cessou-se
para fazer irrenunciável o persistir,

Tua voz calou-se
no canto da esperança e da certeza,

Teu punho em riste descansou-se
na fúria das massas,

Teu voo de águia posou
para desafiar os cumes,

Tua presença fez-se ausência
para ganhar batalhas além da morte,

O que nos reclama?
Ordene!

Que foices e martelos
se esgrimem,

Que arvore ao cume mais alto
o vermelho estandarte,

Que soem trombetas,
Que ruflem tambores,
Que empunhem fuzis,

A ti,
de pé respondemos,
presente companheira!


Julho de 2016

22/07/2018

Homenagem à companheira Sandra Lima


Nota de repúdio e de chamamento à luta

Republicamos importante nota de repúdio e de chamamento à luta dos ativistas do processo dos 23 do RJ.


Nota de repúdio e de chamamento à luta

- Assinam esta nota 13 dos 23 ativistas condenados pelos protestos no Rio -
Ontem, 17/07, o juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau finalmente entregou o serviço para o qual foi escalado por Sérgio Cabral há quatro anos atrás: condenou todos os 23 ativistas envolvidos nos protestos contra a farra da FIFA a penas que vão de 5 a 13 anos de prisão, em regime inicialmente fechado.
Quais crimes nós cometemos?
Ousamos denunciar os desmandos de Sérgio Cabral, Pezão & CIA, acobertados todo o tempo por parte do Poder Judiciário e do Ministério Público do Rio?
Ousamos denunciar a farra da Copa da FIFA, cujo único “legado” que restou para o povo foram os escombros das comunidades removidas e a quebradeira dos serviços públicos?
Ousamos participar, como estudantes e trabalhadores, ombro a ombro com milhões de pessoas nas maiores manifestações de massas da história recente do país?
Ousamos atuar ao lado de movimentos populares independentes, que não se curvam ou se vendem às “tenebrosas transações” da politicalha oficial que nos desgoverna, cujos maiores símbolos são Pezão e Temer?
Se disso nos acusam, temos que aceitar com orgulho o que dizem os nossos algozes. Porque foi isso mesmo que fizemos, ou seja, lutamos. Todos precisam compreender que é a toda nossa geração que buscam condenar e intimidar com esta sentença infame. Mas não conseguirão: carregamos a teimosia própria dos que insistem em ter fé na vida, fé na luta, fé no povo. A teimosia dos milhares que marcharam na Praça Saens Peña, no dia da final da Copa do Mundo, apenas algumas horas depois que dezenas de ativistas foram presos e enviados para Bangu. Nós temos lado, e este não é o lado da casa grande. Se disso nos acusam, muito obrigado, pois.
Com esta sentença, o Sr. Itabaiana entra para a história pela porta dos fundos. Será sempre lembrado como aquele que perseguiu de modo implacável a juventude de junho de 2013. Que fique registrado: o que se fez no Rio de Janeiro, quanto aos procedimentos persecutórios, prisões abusivas, invasões de residências, infiltração ilegal, grampos de advogados a até uma “delação premiada informal” (a do sabujo Felipe Braz, cujo depoimento é praticamente a única “prova” apresentada para nos condenar) não teve par em nenhum outro lugar do Brasil. Talvez os carrascos se orgulhem do seu serviço; a esse “orgulho” nós achamos mais coerente chamar: VERGONHA!
Sim, porque é vergonhoso que os manifestantes contra a farra da FIFA sejam condenados, quando hoje grande parte dos próprios organizadores da Copa estão presos! Quando o ex-governador que nos reprimiu com selvageria está preso! Quando o país é levado à beira da fome e da devastação social pelos mesmos vampiros que tremeram de ódio quando a juventude tomou as ruas! Quando a Rede Globo, que nos perseguiu, ainda não explicou as suas negociatas em torno dos megaeventos!
Alguma palavra sobre a “conduta reprovável” e “personalidade distorcida” dessas pessoas, senhor juiz?
Reafirmamos o que dissemos ao longo de todos estes anos: LUTAR NÃO É CRIME! Crime é o estado de calamidade oferecido ao povo na fila dos hospitais, crime é a falta de vaga nas creches, crime são os ônibus caros e superlotados, crime é o que se pratica diariamente nas favelas, ensanguentadas pelo genocídio do povo preto e pobre. Isto é crime! E estes crimes, tenham certeza, não ficarão impunes para sempre.
Em tempos de sérios ataques aos direitos trabalhistas e sociais, é fundamental desfraldar bem alto as bandeiras da liberdade de expressão e de manifestação, sem as quais nenhum outro direito pode ser defendido, muito menos conquistado. Isso é ainda mais importante quando o Rio se vê sob uma intervenção militar, e assistimos quase diariamente oficiais discursando abertamente sobre a possibilidade de um golpe militar no país. Conclamamos todos/as os/as lutadores/as, trabalhadores/as, estudantes, coletivos, ativistas, intelectuais e democratas a se manifestarem nessa campanha. Não é só pelos 23: é por todos os que lutam!
Lutar não é crime!
Fascistas, hoje e sempre: não passarão!
Viva as jornadas de junho de 2013!
Assinam esta nota:
Bruno de Sousa Vieira Machado
Elisa Quadros Pinto Sanzi
Emerson Raphael Oliveira da Fonseca
Felipe Frieb de Carvalho
Filipe Proença de Carvalho Moraes
Igor Mendes da Silva
Joseane Maria Araújo de Freitas
Leonardo Fortini Baroni
Luiz Carlos Rendeiro Júnior
Pedro Guilherme Mascarenhas Freire
Rafael Rêgo Barros Caruso
Rebeca Martins de Souza
Shirlene Feitoza da Fonseca

Encontro de mulheres munduruku reafirma caminho da luta

Retirado do Jornal A Nova Democracia em

Encontro de mulheres munduruku reafirma caminho da luta

Entre os dias 8 e 11 de julho foi realizado o 3º Encontro das Mulheres Munduruku, que ocorreu na aldeia Patauazal, na Terra Indígena Munduruku. Elas discutiram sobre as ameaças e ataques realizados contra o seu povo, bem como a necessidade de fortalecer as organizações indígenas para avançar na defesa do seu território tradicional.
Ao longo dos três dias as mulheres munduruku denunciaram o conluio entre o velho Estado, o latifúndio e os monopólios locais e estrangeiros contra os direitos dos povos indígenas. Barragens, ferrovias, garimpos, hidrovias, madeireiras, mineração e portos foram algumas das ameaças listadas por elas.
“Nunca vamos parar de lutar pelo nosso rio e pelo nosso território livre dos projetos de morte. Estamos defendendo o rio que é como nosso leite materno que damos todos dias para nossos filhos. A terra é nossa mãe, temos respeito e nunca vamos negociar.”, diz trecho da carta divulgada ao final do 3º Encontro.
As indígenas reafirmaram o caminho da luta, de avançar na autodemarcação e autodefesa da TI Munduruku. Elas também frisaram a importância de fortalecer a aliança com outros povos indígenas, como os ribeirinhos e os camponeses.
“Vamos seguir o caminho da autonomia do nosso povo para manter o nosso território livre para nossas futuras gerações. Estamos caminhando na construção do nosso plano de vida, discutindo com as mulheres sobre o nosso bem viver, sobre a nossa educação própria, sobre a nossa autonomia. Nós mulheres mostramos nosso trabalho na prática.”, bradaram as mulheres munduruku na carta.


“Vamos sempre decidir por nós, pelo nosso território, pelo nosso rio!” Foto: Movimento Iperegayu

13/07/2018

A flor revolta


A seguir publicamos poesia feita em homenagem à companheira Sandra, escrita pelo companheiro Eugênio. No próximo dia 27 de julho completará 2 anos da morte da nossa companheira e dirigente Sandra Lima.

A flor revolta*

Será que toda flor é singela?
conheci uma que é revolta
não se limitava a forma
queria expor sua essência.

Não podia ser definida
não devia ser contida
a fronteira viva de seu pensamento
não permitia estagnação.

Os destemperos climáticos não a dobraram
sempre vermelha apontava o caminho adiante
sua beleza não estava apenas em sua forma
existia em sua conduta na sua luta.

Quando secou, sua essência seguiu
muitas sementes brotaram
sua imagem pode ainda ser vista
outros seguem semeando sua revolta.

* Poesia escrita em homenagem à companheira Sandra Lima pela passagem de um ano de seu falecimento, em 2017.

04/07/2018

161 anos do nascimento de Clara Zetkin


Publicamos a seguir, como homenagem aos 161 anos do nascimento da grande comunista alemã Clara Zetkin, o artigo de Ana Botner publicado no Jornal A Nova Democracia no número 218, primeira quinzena de julho de 2018. Disponível também em: <http://anovademocracia.com.br/no-212/9129-161-anos-do-nascimento-de-clara-zetkin> Acesso em: 04 de jul. 2018.

161 anos do nascimento de Clara Zetkin

Ana Botner, A Nova Democracia, Ano XVII, nº 212 - 1ª quinzena de Julho de 2018

A obra de uma mulher comunista à serviço de sua classe

No dia 5 de julho completam-se 161 anos do nascimento de uma das grandes figuras do proletariado, Clara Zetkin, registrada Clara Eissner. Nascida na Alemanha no ano de 1857, foi uma marxista convicta, tendo dedicado toda sua vida à causa do comunismo e à luta feminina revolucionária. Seus discursos profundos e atos heroicos induziram em milhares de homens e mulheres a vontade de lutar.
Vladimir Lenin, Clara Zetkin e Nadezhda Krupskaya. Ilustração de Boris Lebedev, 1969

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