17/03/2020

Celebração vermelha marca o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora no Rio de Janeiro


RJ: Celebração vermelha marca o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora


Foto: Jornal A Nova Democracia

Uma grande e vermelha cerimônia foi realizada pelo Movimento Feminino Popular (MFP) no Rio de Janeiro em celebração ao Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, no dia 9 de março.
Reunindo mais de 60 pessoas, dentre donas de casa, trabalhadoras domésticas, estudantes, professoras, pesquisadoras, trabalhadoras assalariadas, funcionárias públicas e profissionais liberais, o MFP destacou o caráter classista da data, sob a consigna A emancipação feminina é obra da revolução proletária!
Entoando canções revolucionárias como A Internacional e Lutadoras da Revolução (Hino do Movimento Feminino Popular), as mulheres puseram-se ombro a ombro com seus companheiros nesta importante data memorável do proletariado internacional.
Em um auditório ornamentado, onde destacavam-se as efígies dos cinco grandes mestres do proletariado internacional (Marx e Engels, os fundadores, ademais de Lenin, Stalin e o Presidente Mao Tsetung), figurava em destaque também um retrato do Presidente Gonzalo, chefe da Revolução Peruana, e da camarada Norah, importante dirigente do Partido Comunista do Peru.
A imagem da fundadora do MFP, Sandra Lima, e do companheiro José Pimenta (fundador do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos - Cebraspo) também tiveram posição destacada.
Ao lado, foram afixadas em um mural fotos das heroínas do povo junto de um breve histórico de suas trajetórias de luta.
A atividade contou também com a participação ativa de outros movimentos classistas e revolucionários, como o Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação (Moclate), Unidade Vermelha - Liga da Juventude Revolucionária (UV-LJR), Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), Movimento Classista em Defesa da Saúde do Povo (Moclaspo).
As mulheres homenagearam a fundadora do MFP, Sandra Lima, relatando sua trajetória de vida dedicada à luta do povo e pela Revolução no Brasil, além de apresentarem um jogral com performance teatral de As Milicianas, poema escrito por Mao Tsetung, chefe da Revolução Chinesa.
Em seguida a música popular Sangue Latino, uma das canções favoritas da companheira Sandra Lima foi apresentada em homenagem à revolucionária fundadora do MFP.
A mesa da celebração foi composta por duas militantes do MFP que abordaram questões chaves para a compreensão da situação feminina e sua verdadeira emancipação.
Dados sobre a violência reacionária que é despejada sobre as mulheres do povo foram apresentados, evidenciando como as medidas de repressão e “políticas públicas” nesta sociedade não puderam e não poderão resolver o problema que a mulher vivencia dia a dia.
Mostrando o desenvolvimento da sociedade apresentado por Engels, no livro A Origem da família, propriedade privada e do Estado, o MFP expôs muito claramente a raiz do problema feminino como sendo uma questão de classe, fruto do surgimento da propriedade privada e não resultado da divisão do trabalho. E, como tal, sua solução perpassa pelo fim do sistema de exploração do homem pelo homem, que nesta velha sociedade submete as mulheres à exploração pelo patrão, no trabalho, e em casa, pelo marido. Exploração esta que, por sua vez é ramificada nas demais formas de subjugar a mulher que, de forma reacionária, é pintada como tendo uma “natureza especial”, como sendo apenas uma reprodutora ou objeto de prazer, e assim podendo ser tomada como posse, propriedade.
Desta forma, o MFP sustenta que o fim dessa sociedade de exploração e a construção de uma sociedade sem classes é o único caminho possível para a completa e verdadeira emancipação da mulher.
No momento das intervenções, as mulheres presentes no evento revezaram-se nas falas, deixando claro o compromisso e a intrepidez das jovens e mulheres das classes revolucionárias que tomam a firme posição por escolher o caminho da luta e não o do reformismo nem da conciliação. Deixaram marcado também sua disposição de lutar todos os dias de suas vidas pela Revolução que, segundo o MFP é o único caminho capaz de derrubar a quarta montanha de opressão.
As mulheres revolucionárias do MFP compreendem que além das três montanhas que subjugam o povo: o imperialismo, a semifeudalidade e o capitalismo burocrático, as mulheres têm uma quarta montanha, a opressão sexual.
As intervenções também lembraram a companheira Remis Carla, militante do MFP, covardemente assassinada por seu ex-namorado e que lutou até o último dia de sua vida pela emancipação feminina e da classe operária.
Com espírito altivo, orgulhosas de sua condição de lutadoras, as mulheres participaram da atividade cultural, que consistiu na apresentação de bem elaboradas esquetes teatrais que ilustravam a participação combativa da mulher na luta estudantil, camponesa e operária.
Uma companheira recitou o poema Como Parte da Massa, de autoria do Presidente Gonzalo, seguida por outra militante, que entoou a canção Mulher, de Victor Campos Bullón, revolucionário peruano que morreu nas Luminosas Trincheiras de Combate, em Luncanamarco.
Para finalizar as apresentações culturais, um grupo de música popular apresentou lindas canções que narraram a dura, porém heroica vida do povo. As canções foram recebidas com entusiasmo pela plenária que bradou: Resistir, lutar com a cultura popular!
O entusiasmo e altivez prevaleceram ao longo de toda a celebração. Palavras de ordem como: Despertar a fúria revolucionária da Mulher!, Pra mulher se libertar de toda a opressão só com a luta proletária e a revolução!, Viva o 8 de março!, dentre outras, foram exclamadas pelo plenário.
A celebração foi encerrada com uma animada confraternização e o convite para panfletagens que serão realizadas pelo MFP em várias regiões cidade.

 DESPERTAR A FÚRIA REVOLUCIONÁRIA DA MULHER!

Mulheres guaranis: Governo é exterminador e capitalismo 'não interessa ao nosso povo'

Republicamos matéria do jornal A Nova Democracia e saudamos a luta das Mulheres Guaranis. Disponível em: <https://anovademocracia.com.br/noticias/13074-mulheres-guaranis-governo-e-exterminador-e-capitalismo-nao-interessa-ao-nosso-povo>

Mulheres guaranis: Governo é exterminador e capitalismo 'não interessa ao nosso povo'


I Encontro Nacional das Mulheres Indígenas Guarani Yvyrupa reuniu mais de 300 mulheres, em Santa Catarina. Foto: Kunhangue Yvyrupa
Mais de 300 indígenas de diversos estados brasileiros realizaram no litoral de Santa Catarina, entre 5 e 8 de março, o 1º Encontro Nacional das Mulheres Guarani. Com o tema Kunhangue Arandu Rupi Nhemboejerovia, que significa “Nosso Território é Nossa Mãe”, o evento reuniu a pauta internacional do dia de luta das mulheres (Dia Internacional da Mulher Proletária, domingo, 8) com os movimentos de resistência da tribo. Jovens e anciãs de SC, RS, PR, SP, RJ, ES e MS vivenciaram palestras, rezos, cantos sagrados e troca de saberes (incluindo intercâmbio de sementes variadas e de plantas medicinais).
Ao final da assembleia foi elaborado um Manifesto, cujos trechos principais, resumidos e adaptados, são: “(...) O jeito como vive o juruá (a pessoa não-indígena, o branco), com a ganância capitalista, colocando o dinheiro na frente do próprio ser humano, tratando nossa terra e suas mulheres como mercadoria, não nos interessa. (...) Sabemos de nosso direito de acesso à justiça e exigimos que seja cumprido, mas não acreditamos que o sistema de justiça dos juruá possa, sozinho, ser a solução para nossos problemas. Precisamos de mais instrumentos nessa luta, precisamos fortalecer nossas falas. (...)embora honremos a Lei Maria da Penha, nas aldeias ela costuma ser ineficaz (na prática cotidiana dessas comunidades, não funciona). Não fomos ouvidas para pensar esta Lei. Nossas dificuldades (específicas) não foram levadas em conta. (Queremos aqui) manifestar nosso repúdio à legislação anti-indígena que tem sido criada pelo governo ruralista de Jair Bolsonaro, militarizando os órgãos indigenistas como a FUNAI e precarizando os serviços oferecidos a nós. (...) O Estado brasileiro tem agido para exterminar nosso povo e nossa terra, anunciando seu apoio explícito ao agronegócio, que envenena nossas terras e nossos corpos. (...) Contra esse tipo de violência continuaremos resistindo. Nós que sempre cuidamos da Yvyrupa (Terra/TerritórioTradicional) não compactuamos com este governo de destruição. (...) Saímos desse Nhemboaty (Encontro) mais fortes e conscientes de que (ele)marca uma longa caminhada que continuaremos a fazer juntas: a luta é urgente e para agora, é pelas mulheres que vivem hoje mas é também pelas que estão por vir. Viva o Povo Guarani! Demarcação Já!”.   
LUGAR DE BATALHA
O evento foi realizado na Tekoa Jataí Ty, aldeia localizada no município de Balneário da Barra do Sul, no bairro Conquista. A escolha teve uma simbologia. Primeiro porque aquela comunidade costuma enaltecer o papel de uma líder exemplar, a cacica Arminda Ribeiro. Em segundo, porque a aldeia de Conquista envolveu muito empenho para existir como área indígena.
Usando a surrada tática de colocar povo contra povo, o velho Estado jogou várias famílias humildes contra os guaranis no momento de legalizar a aldeia. Aquela zona, no litoral norte de SC, teve antiga presença indígena, porém no correr do tempo foi ocupada por outros supostos “donos”, como foi o caso da empresa Stein. Acusada em ação trabalhista, a Stein viu um de “seus” terrenos, em Barra do Sul, receber famílias não-índias, necessitadas de moradia, enquanto a FUNAI dava andamento ao estudo e legalização da terra indígena, no mesmo local.
Em junho de 2010 o Ministério da Justiça, através da portaria 953, reconheceu e demarcou ali a terra dos guaranis. E em 2014 a FUNAI obteve licença de despejar 63 moradores brancos. Embora todos fossem receber indenizações do governo federal houve descontentamento e a polêmica colocou parte da população do bairro contra os índios.
As mulheres Guarani reunidas entre 5 a 8 de março na Tekoa Jataí Ty em Conquista, Balneário Barra do Sul (SC). Foto: Kunhangue Yvyrupa

Movimentos revolucionários celebram o 8 de março mundialmente

Republicamos matéria do Jornal A Nova Democracia sobre as celebrações do 8 de março retirada de <https://anovademocracia.com.br/noticias/13079-movimentos-revolucionarios-celebram-o-8-de-marco-mundialmente>. 
Saudamos efusivamente as celebrações do dia Internacional da Mulher Proletária em todo o mundo!

Despertar a fúria revolucionária da mulher!

Movimentos revolucionários celebram o 8 de março mundialmente


No dia 8 de março, diversos movimentos revolucionários que dedicam-se a organizar as mulheres do povo realizaram atividades e publicaram declarações por ocasião do Dia Internacional da Mulher Proletária.
México
Cerca de 80 mil mulheres se reuniram na Cidade do México para protestar contra a opressão que sofrem as mulheres, no país em que dez delas morrem por dia em assassinatos motivados pela opressão feminina (feminicídio). Coquetéis molotov foram lançados contra o Palácio Nacional e diversos prédios do grande comércio foram pichados por manifestantes, em repúdio à conivência do governo.
Já o Movimento Feminino Popular (MFP) do México, em sua declaração, afirmou: “A todas as nossas irmãs que no Movimento Feminino Popular encontraram abrigo na bandeira vermelha, que tomam as ruas para lutar pelos direitos do povo, que no marxismo-leninismo-maoismo encontram o caminho para servir o povo com todo o seu coração, para ti, companheira, que enche a sua classe de orgulho porque não baixa a cabeça diante do cacique, porque denuncia o patrão abusivo, que não se intimida diante das grandes transnacionais que a querem roubar, porque não há ninguém que compre a sua dignidade, para todas nós, companheiras, dizemos que é uma honra lutar a seu lado.”
As revolucionárias afirmam que “o caminho é sinuoso, é verdade, mas temos de nos preparar para enfrentar as batalhas mais difíceis, porque optamos por lutar com tudo o que isso implica”.
E concluem, dizendo que “aquelas de nós que perderam o medo e tiraram a venda que a velha ordem nos impôs de sua ideologia dominante, aquelas de nós que buscam um mundo melhor para todos os pobres, os oprimidos, os explorados, os sem terra, os esquecidos, os marginalizados, porque sabemos que junto com os trabalhadores, os camponeses pobres e as camadas mais profundas do povo poderemos combater o velho Estado, libertar nosso país das garras do imperialismo e agitar as bandeiras vermelhas da Revolução Proletária Mundial”.
Chile 
No Chile, uma onda de cerca de 2 milhões de mulheres tomou as ruas de Santiago em marcha, sendo que na capital e nas cidades do interior, as manifestantes foram duramente reprimidas pelos carabineros (polícia militar chilena, conhecida por suas atrocidades). Na cidade de Valparaíso, as manifestantes construíram barricadas pela cidade.
Cerca de 2 milhões de mulheres marcham em Santiago contra a opressão e exploração das mulheres
Alemanha
Manifestação em Bremem
Diferentes ações de propaganda foram realizadas em Berlim e Friburgo, na Alemanha, com o Comitê Vermelho de Mulheres de Berlim participando da grande manifestação do dia 8. 
Manifestação em Freiburg
Já em Bremen e Hamburgo, o Comitê Vermelho de Mulheres participou das marchas do dia 8,  e relatou a aceitação das massas pelo movimento feminino e popular, com muitas mulheres da massa se juntando espontaneamente ao bloco combativo, sendo que outras, que não aceitavam panfletos de outros movimentos, aceitaram o das revolucionárias pela clara diferença entre eles. 
Também em Hamburgo, após uma extensa campanha de propaganda do Comitê com bairros operários, as revolucionárias conseguiram diversos contatos de companheiras interessadas em se organizar.
Peru
No Peru foram publicados folhetos do Sindicato de Professores Classista (Sutep) de Lambayeque com o título Honra e glória eterna para as melhores filhas do povo que oferecem a vida por um mundo novo e mais justo! e Tributo à mulher proletária.
Índia
Na índia, os maoistas divulgaram no 8 de março o nome de 22 guerrilheiras mortas em combates no ano de 2019, como forma de homenagear suas heroínas. Também, o Partido Comunista da Índia (Maoísta) divulgou uma declaração na zona de Bastar, em Chattisgarh, denunciando o abuso e exploração sexual através de “cursos” que o velho Estado disponibilizaria no local. 
Esses “cursos” incluíam filmes, programas para TV, anúncios de propaganda, entre outros, pornográficos e degradantes para as mulheres locais. O Partido também fez um apelo para que as mulheres não participassem de tais enganações.
USA
No dia 8 de março, no Estados Unidos (USA), um panfleto da publicação do Dia Internacional da Mulher Proletária foi divulgada, agitando pela emancipação das mulheres e realizando eventos culturais com o objetivo de organizar mulheres para lutar contra as classes dominantes.
Em Austin, mulheres revolucionárias lideraram uma procissão em homenagem a mulheres trabalhadoras e vítimas de abuso sexual, que foi brutalmente reprimida pela polícia, resultando na prisão de dezenas de ativistas e membros da comunidade.
Revolucionária segura cartaz escrito Organize as mulheres trabalhadoras!
Pichação em Austin diz: As mulheres sustentam metade do céu!
Em Los Angeles, Califórnia, ativistas realizaram um evento fora do Centro de Detenção Metropolitano onde os participantes criaram cartazes e bottons com palavras de ordem revolucionárias como: Libertar a fúria revolucionária da mulher! e Eleição, não! Revolução sim!
Em Pittsburgh, Pensilvânia, a organização Servir ao Povo celebrou o dia num parque público na área de Wilkinsburg, bairro operário.
Em Houston, Texas, o jornal revolucionário Incendiary News, juntamente com outros ativistas, realizou um evento cultural onde os participantes celebraram as mulheres proletárias e fizeram uma faixa escrita: As mulheres sustentam metade do céu. Em Charlotte, Carolina do Norte, as revolucionárias realizaram um evento para comemorar o Dia Internacional da Mulher Proletária.
Finlândia
Uma faixa com o palavras de ordem saudando o movimento feminino revolucionário foi pendurado antes do Dia Internacional da Mulher Proletária, em Tampere. A ação teve lugar num local destacado e muito transitado, onde o banner foi mantido por mais de 24 horas.
Uma marcha com 75 pessoas aconteceu também em Turku. A marcha começou na rua da Universidade e terminou na praça Velha Grande, com consignas, como: Tomar as ruas! e Esmagar o imperialismo! 
Equador
Já o MFP do Equador, também em uma declaração publicada, começam o texto com uma citação do chefe do Partido Comunista do Peru, Presidente Gonzalo, em que esse expõe: “Mulheres são a metade do mundo e desenvolvem o movimento feminino para a emancipação da mulher, que é uma tarefa e obra das próprias mulheres, mas sob a direção do Partido”.
Áustria
Na Áustria, foram distribuídos panfletos pelo Comitê Vermelho de Mulheres, apelando às mulheres da massa a se organizarem: “Vamos dar expressão às nossas justificadas reivindicações!”, iniciava o panfleto. Também foi publicado o mais novo número da revista A Lutadora.
Suécia
Na cidade de Estocolmo, um bloco vermelho e combativo de revolucionários participou da marcha do 8 de março.
Dinamarca
Movimento revolucionário da Dinamarca celebra o 8 de março, dia internacional da mulher proletária
França
O MFP da França participou das marchas como um bloco vermelho e combativo, em diversas cidades, entre elas Caen, Clermont-Ferrand e Brest.
MFP (França) participa da marcha do 8M em Caen

MFP realiza curso e celebração do 08 de março em Porto Velho/RO

MFP realiza curso e celebração do 08 de março em Porto Velho/RO



No dia 08 de março de 2020, Dia Internacional da Mulher Proletária, o Movimento Feminino Popular – MFP realizou um curso de formação e celebração em Porto Velho/RO. As dezoito ativistas que participaram do curso puderam aprofundar o seu conhecimento acerca das lutas históricas da emancipação da mulher e seu papel na luta pela destruição da sociedade de classes. O local foi devidamente ornamentado com faixas, cartazes, bandeiras e textos que faziam referência ao 08 de março e às diversas mulheres que tiveram papel destacado nas lutas no Brasil e no mundo. O curso foi dividido em 03 momentos.
Na primeira parte, após a saudação inicial de uma ativista e apresentação das presentes, foi realizado um momento de exposição em que todas puderam denunciar por meio de tarjetas as diversas formas de opressão existentes contra as mulheres na atualidade. Relatos de violência doméstica, estupro, dos que colocam a mulher como “rainha do lar”, de companheiros na luta que menosprezam a capacidade das mulheres sendo elas colocadas em tarefas secundárias, da culpa imposta às mulheres pela violência que sofrem, a exploração ainda maior no trabalho, a dupla jornada de trabalho, etc. Após a exposição de cada uma, seguiu-se o debate acerca das formas de violência praticadas contra as mulheres.
Na segunda parte, ocorreu o estudo sobre a origem da opressão feminina, a partir do texto de “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”, de F. Engels. Em seguida, foi feito um estudo sobre a opressão feminina nos diversos Modos de Produção (Escravismo, Feudalismo e Capitalismo). O estudo também enfatizou o papel das religiões no processo de opressão feminina, sobretudo pela imposição do patriarcado.
A terceira parte foi dedicada à exposição e discussão sobre a mulher e a luta de classes, denunciando o feminino burguês e colocando a necessidade de romper com as 04 montanhas (latifúndio, capitalismo burocrático, imperialismo e a opressão feminina). Destacou-se que as mulheres são mais que a metade da classe e a libertação da mulher é fruto da luta de todo o proletariado. A ênfase dada tratou de denunciar a tentativa do feminismo burguês atrelados à manutenção da sociedade de classes e aos interesses do capital que apregoam que a data do 8 de março seria um dia de “todas as mulheres”, denunciando que esta data deve ser celebrada como o dia internacional da mulher proletária, trabalhadora, de mulheres do povo. Diferente do feminismo burguês e pequeno burguês e sua perspectiva pós-moderna de fragmentação e segmentação das diversas lutas, entre elas a questão da opressão de gênero. As perspectivas apresentadas foram as de elevar o nível de participação efetiva das mulheres, enquanto combatentes ombro a ombro com os homens de sua classe, sob a perspectiva de defender a uma Revolução de Nova Democracia, ou seja, uma revolução democrática de novo tipo, ininterrupta ao socialismo, e à sociedade sem classes e sem exploração, ou seja o comunismo. Daí a necessidade de se discutir em fincar raízes na construção do Movimento Feminino Popular na cidade.
Ao final do Curso, foi realizada uma celebração onde estiveram presentes, além das companheiras, os companheiros de diversas organizações como o Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR, Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação - MOCLATE e de entidades estudantis e classistas. Na celebração as companheiras dirigiram as falas destacando as inúmeras heroínas e seu papel na defesa da Revolução em nosso país e no mundo: Sandra Lima, fundadora do MFP; de Remís Carla, do MEPR; das Combatentes da Gloriosa Guerrilha do Araguaia; das camponesas que tombaram na luta pela terra e daquelas que dedicaram suas vidas na revolução russa, revolução chinesa e nos processos revolucionários vigentes no Peru, Índia, Turquia e Filipinas. As intervenções eram seguidas de agitativas palavras de ordem, como “Viva os 25 anos do Movimento Feminino Popular!”, “Viva o Dia Internacional da Mulher Proletária!”, “Pra Mulher se libertar de toda a opressão, só com a luta proletária e a revolução!”, “Despertar a fúria revolucionária da mulher!”, “Eleição é farsa, não muda nada não, organizar o povo pra fazer revolução”. Ao final da celebração todos os presentes, erguendo alto a bandeira do MFP, entoaram a canção “Lutadoras da Revolução”.

 Cartazes foram colados na parede para homenagear as heroínas do proletariado.

Homenagem as mulheres combatentes.










As 4 montanhas que oprimem o povo das colônias e semicolônias, foram simbolizadas em um desenho colado na parede.



11/03/2020

Vitorioso Encontro do Movimento Feminino Popular celebra o 8 de março no Norte de Minas


Vitorioso Encontro do Movimento Feminino Popular celebra o 8 de março no  Norte de Minas

No dia 08 de março realizou-se com muito êxito, o encontro de núcleos do MFP em Varzelândia. O Encontro foi precedido da panfletagem do material celebrativo nas comunidades e estava sendo esperado com muita expectativa pelas companheiras remanescentes quilombolas que desde o ano passado fizeram o convite para as lideranças da LCP, que se realizasse uma atividade com as companheiras. Antes da chegada das lideranças do MFP, as companheiras estavam muito preocupadas, pois com as chuvas constantes, as estradas na região estão muito ruins e quase impassáveis.

Mas nada disso impediu as 60 companheiras e 15 crianças de chegarem até a Escola onde se realizou a atividade; algumas foram de moto, outras pegaram carona e a maior parte chegaram a pé. Participaram companheiras de várias comunidades locais. Dois companheiros da LCP ficaram no apoio logístico e tudo se realizou conforme o programado.

O Encontro que contou com muita vibração e combatividade foi a primeira reunião do MFP para a maior parte destas companheiras, mas a questão feminina, o problema da situação política atual e a luta pela terra e a celebração do 8 de março (nossa pauta) são temas comuns entre as companheiras, porque todas estão inseridas na luta pela terra e de alguma forma, já participaram de debates no movimento da luta dos remanescentes quilombolas pela tomada e defesa do território Brejo dos Crioulos, na luta pela autoafirmação do povo preto, enfim na luta de classes contra o latifúndio e o velho Estado brasileiro. Assim também, têm chegado à muitas delas a propaganda da Revolução Agrária por meio de contato direto e atividades conjuntas de manifestações e atos políticos junto aos companheiros e companheiras da LCP e do MFP. 

Na mesa do Encontro, três companheiras se revezavam na condução da pauta que iniciou com uma saudação classista, a apresentação dos objetivos da reunião e do MFP e a canção Lutadoras da Revolução seguidas das consignas “Viva o MFP”, “Viva o 8 de março, dia internacional da mulher trabalhadora!” e “Despertar a fúria revolucionaria da mulher”. Os contundentes vivas! vivas! vivas! expressavam o vigor e toda receptividade das anfitriãs para com as companheiras que haviam enfrentado a lama e outras dificuldades para se reunir com elas. Rapidamente todas já haviam aprendido o refrão da canção revolucionária. Uma companheira explicou o que significava “despertar a fúria revolucionaria da mulher”. Todas ouviam atentas e muitas repetiam o gesto de punho cerrado ao alto.

Durante o encontro foi realizado uma homenagem à companheira Sandra Lima, apresentando sua biografia e diante do banner com sua foto, levantamos alto, mais uma vez, a sua grande causa: a defesa da Revolução Democrática, ininterrupta ao Socialismo em nosso país, rumo ao luminoso Comunismo para transformação da nossa sociedade e a emancipação da mulher. Celebramos o que seriam os seus 65 anos e saudamos sua memória gloriosa, sua fé inabalável na revolução e seu exemplo para todas nós.

A companheira jovem que estava na mesa, também fez uma saudação classista às companheiras e defendeu a história e simbologia do 8 de março, reafirmando que este não é o dia de todas as mulheres e fazendo a propaganda do 8 de março de 1917, reverenciando a Grande Revolução Socialista de Outubro. 

Depois da discussão sobre a violência contra as mulheres, feita com a leitura do texto, em que as companheiras falaram com preocupação sobre o aumento deste tipo de violência em suas comunidades, (ainda que genericamente pois é um tema sensível e que gera muita polêmica por expor problemas familiares), voltamos a discutir sobre o papel do MFP e propusemos que as companheiras nos ensinassem uma canção de luta dos quilombolas, elas cantaram para nós “Nêgo Nagô”, ficamos muito agradecidas pela confiança e cantamos para elas “Bela Chao” e “Conquistar a terra” que encerramos com as consignas de “é terra é terra, pra quem nela trabalha e viva agora já a Revolução Agrária! É morte, é morte, ao latifundiário e viva o poder camponês e operário!” “Companheira Sandra Lima: Presente na Luta!” e uma companheira quilombola bradou orgulhosa: “Viva o nosso dia!”

Ao final do encontro fizemos uma singela confraternização e comemos milho verde cozido, queijo e tomamos café com leite. Registramos uma foto com algumas companheiras e distribuímos os materiais para levarem para seus companheiros e suas vizinhas. Como não poderia deixar de ser, fizemos o compromisso de retornar e todas se abraçaram efusivamente com um sorriso aberto e um até breve companheiras!

Viva os 25 anos do Movimento Feminino Popular!
Viva a nossa grande fundadora e dirigente Sandra Lima!
 Viva o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora!
Viva o nosso dia!

A origem e causa da opressão da mulher


A origem e causa da opressão da mulher

A opressão da mulher está intimamente ligada ao aparecimento da sociedade de classes, em última instância, ao surgimento da propriedade privada. A condição da mulher se sustenta nas relações de propriedade, na forma de propriedade que se exerce sobre os meios de produção (a terra, as máquinas, as fábricas, etc.) e nas relações de produção que sobre se levantam. A opressão feminina tem como raiz a formação, surgimento e desenvolvimento do direito de propriedade sobre os meios de produção e que, portanto, sua emancipação dessa opressão está ligada à destruição de tal direito.

Esta é a tese marxista (de Karl Marx) que afirma que a situação da mulher ou do homem deve ser compreendida a partir da sua condição de classe. Ou seja, a situação da mulher e do homem é condicionada pelo fato destes pertencerem à classe exploradora ou à classe explorada, sendo esta a única condição que define a posição que cada um ocupa na sociedade. Para o marxismo, o homem e a mulher da mesma forma são um conjunto de relações sociais historicamente organizadas e mutante em função das variações da sociedade em seu processo de desenvolvimento. A mulher é um produto social e sua transformação exige a transformação da sociedade. O marxismo trata a questão da mulher a partir do materialismo dialético histórico, compreendendo o problema feminino em relação com a propriedade, a família e o Estado.

Ou seja, a origem da opressão feminina está localizada no surgimento da propriedade privada e da divisão da sociedade em classes antagônicas. Esta condição por sua vez, na base da sociedade, foi marcada pelo fim do matriarcado e surgimento da família monogâmica patriarcal. Nas sucessivas sociedades de classes, baseadas na propriedade privada e exploração do homem pelo homem (escravismo, feudalismo e capitalismo), suas classes dominantes se serviram e servem da opressão feminina para reproduzir seus sistemas de dominação para submeter toda a sociedade a um verdadeiro sistema patriarcal machista. Portanto, a transformação da condição de opressão da mulher está condicionada à eliminação da propriedade privada e das classes, à destruição da sociedade de classes que junto levará os restos patriarcais para a tumba. Então, a luta pela emancipação da mulher, é a luta pela emancipação da mulher trabalhadora, parte da luta de sua classe pela emancipação política através da revolução para estabelecer a ditadura do proletariado, a sociedade socialista. Na época do imperialismo a luta da mulher pela sua emancipação é a parte da luta revolucionária da classe operária, da luta pela transformação revolucionária da sociedade, pela destruição do capitalismo e pelo socialismo e no rumo do Comunismo.

A compreensão desta tese é fundamental para entender a situação da mulher ao longo da história até os dias atuais, combater a tese burguesa da suposta “natureza feminina”, imutável, segundo a qual a mulher tem uma “natureza deficitária”, é inferior ao homem e estabelecer corretamente o programa e a linha da emancipação feminina. É fundamental também para combater as falsas teorias do oportunismo (feminismo burguês e pequeno-burguês) que afirma que a opressão da mulher está ligada exclusivamente à divisão do trabalho em função dos sexos, que teria atribuído à mulher uma ocupação menos importante que a do homem no âmbito doméstico e ao surgimento do patriarcado. Este feminismo parte de uma suposta condição feminina”, pondo o centro no que chamam de “luta de gênero” pela igualdade. Ou seja, apregoam que a “libertação da mulher” pode ser alcançada no capitalismo.

No caso dos países dominados pelo imperialismo, os países da Ásia, África e América Latina, sobre cujos povos pesam três montanhas de opressão e exploração, o latifúndio semifeudal, o capitalismo burocrático e o imperialismo, a situação de opressão sexual da mulher é uma quarta montanha que as mulheres do povo suportam sozinhas. As mulheres trabalhadoras são duplamente oprimidas, pois além da opressão que sofrem como parte das classes exploradas são oprimidas pelo sistema patriarcal imperante, mantido e reproduzido nas sociedades de classes baseada na exploração. O capitalismo, com o grande desenvolvimento técnico-científico, introduzindo aos saltos a maquinaria, incorporou crescentemente as mulheres na produção, como forma de aumentar a exploração da classe operária, ao somar à exploração indireta que submete a mulher nos cuidados da família (trabalho doméstico não remunerado) à exploração direta nas unidades de produção. Assim a mulher que trabalha fora, tem uma dupla jornada, pois seguiu sendo ela a escrava doméstica, duplamente explorada. Em sua milenar condição de exploradas e duplamente oprimidas as mulheres trabalhadoras são potencialmente mais revolucionárias Unindo sua luta por direitos e reivindicações específicas à luta de seus irmãos de classe pelo poder, é poderosa e decisiva força para a revolução.

A emancipação da mulher, sua luta para varrer esta montanha de opressão milenar só será possível através da luta revolucionária das classes exploradas e oprimidas das quais elas são a metade. Tal luta revolucionária, por sua vez, só frutificará sob guia e direção da classe operária, através de seu partido revolucionário, o partido comunista. A revolução proletária como obra da própria classe operária, em aliança com as demais classes oprimidas (Frente Única Revolucionária), só poderá triunfar com o contributo ativo das massas femininas, incorporadas ao partido, à guerra popular através do exército popular e à frente única. A revolução proletária como obra dos homens e mulheres da classe operária, do campesinato principalmente pobre e demais massas trabalhadoras, ao destruir todo o sistema de exploração, por fim ao sistema de propriedade privada dos meios de produção através da sua socialização, quebrará os grilhões milenares do sistema patriarcal que tem acorrentado a mulher na subjugação, integrando-a por completo à toda produção. Assim criará, como demonstra a experiência histórica da revolução proletária, a condição para elevar sua prática social, além da produção, à luta de classes e à experimentação científica. Libertando as mulheres para o papel ativo e total igualdade na participação em todas as esferas da vida na nova sociedade que emergirá. A emancipação da mulher é a emancipação da sua classe explorada e oprimida! É obra da revolução proletária! Sua libertação é o Comunismo, a Emancipação Humana!

Viva a luta pela emancipação da mulher!
Abaixo o feminismo burguês e pequeno-burguês!

Viva o Movimento Feminino Popular!

As mulheres camponesas e a Revolução Agrária


As mulheres camponesas e a Revolução Agrária

“Façamos nós por nossas mãos tudo que a nós nos diz respeito.”

Companheiras,

A luta pela libertação de nosso povo, para por fim a tantos sofrimentos se dá através da nossa organização decidida e classista, pelo caminho da revolução. O MFP afirma que a revolução democrática só pode ser impulsionada através da revolução agrária antifeudal. Ou seja, através da destruição do latifúndio, sistema e classe mais atrasados de nossa sociedade e pilar da dominação imperialista semicolonial sobre o Brasil. O latifúndio só traz miséria, exploração, trabalho escravo para o povo e destruição da natureza e atraso para a nação. Os latifundiários se enriquecem grilando e roubando terras, explorando o povo de todas as formas e se empanturrando com o dinheiro público, obtido pelo favorecimento que esse Estado lhe concede através dos financiamentos bilionários, cujas dívidas são continuadamente perdoadas.

Ninguém honesto e trabalhador precisa desses parasitas! Quem precisa deles são só os políticos corruptos que eles financiam para proteger seus interesses no Estado, colocando-os através dessa farsa eleitoral nas prefeituras e nas câmaras de vereadores, nos governos de estado e nas assembleias legislativas, no governo federal, na câmara de deputados e no senado. E este velho Estado burocrático governa para atender os latifundiários e grandes burgueses, servindo aos interesses do imperialismo, principalmente ao ianque (norte-americano), que saqueia as riquezas do país e chupa o sangue do povo.

Com a revolução agrária e a destruição dos latifúndios as mulheres camponesas conquistarão seu pedaço de terra e organizadas darão grandes passos em sua emancipação. A revolução agrária impulsionará a revolução democrática na cidade e no campo para avançar para o socialismo e a conquista da emancipação da mulher. Na luta pela revolução agrária as mulheres camponesas criarão organizações poderosas e se imporão fazendo valer seus direitos, barrando toda opressão, discriminação e violência de que ainda é vítima.

Desde já as companheiras devem participar das reuniões para fortalecer o MFP, das assembleias e tomadas de terra. Devem participar ativamente dos estudos sobre o problema agrário para entender o Programa Agrário Revolucionário e ajudar a propagandear a revolução. Devem participar da construção das Assembleias Populares e dos Comitês de Defesa da Revolução Agrária. Devem ajudar a levantar e impulsionar as Escolas Populares, a organização das crianças e da juventude.

Convocamos as companheiras à luta pela terra, pelo pão, pela justiça e pela nova democracia. Vamos nos organizar e politizar lutando por nossos direitos! Venha se organizar no Movimento Feminino Popular.

Viva a luta das mulheres do povo!
Destruir o latifúndio!
Viva a Revolução Democrática, agrária e anti-imperialista!
Viva o MFP!

09/03/2020

Manifesto do 8 de Março do Movimento Feminino Popular do México



 Reproduzimos, a seguir, o Manifesto do Moviemnto Feminino Popular do México



“Podrán cortar todas las flores, pero no podrán detener la primavera”                                                                                             
 Pablo Neruda

En esta jornada de lucha por el Día Internacional de la Mujer Trabajadora, somos las mujeres de manos callosas quienes escribimos esto, no desde el asiento cómodo de nuestro despacho ni motivadas por la moda de ser feministas, somos nosotras, las mujeres de carne y hueso, de a pie, las que soportamos una larga jornada de trabajo en las fábricas, las que estamos de sol a sol pizcando en el campo, las que sufrimos día a día el inclemente yugo de la explotación, somos nosotras las trabajadoras de las que nadie habla, a las que sus condiciones de vida a nadie indigna, las que ante el hartazgo no sólo del patriarcado sino todo el “orden” del viejo estado hemos decidido tomar las calles, gritar más fuerte y unirnos a los de nuestra clase para luchar hasta vencer.
Escribimos no sólo para denunciar la violencia machista que desaparece y asesina a 10 mujeres cada día en nuestro país, exigimos alto a los feminicidios estando muy claras que la raíz del patriarcado es la propiedad privada de los medios de producción, y que por lo tanto la lucha no es entre géneros, sino que es ante todo una lucha de clases; porque de nada sirve que salgamos a las calles indignadas individualmente por las agresiones hacia la mujer sino nos organizamos para combatir a los verdaderos enemigos: el latifundio, el imperialismo y el capitalismo burocrático; que la rabia contenida no es solo por Fátima, Ingrid, Lesvy y miles de asesinadas más, sino también por el modo de producción que nos oprime y explota precarizando nuestras condiciones de trabajo, nos humilla pagándonos menos que a nuestros compañeros hombres por el mismo trabajo, nos deshumaniza haciéndonos insensibles y apáticas, nos enajena buscando así la desunión y el individualismo, nos mata a destajo todos los días.
Es por eso que debemos organizarnos y juntas ser una con el pueblo trabajador, luchar no solo por nuestros derechos, los cuales son irrenunciables, sino por la toma del poder, que es el principal derecho del pueblo, para que la emancipación de las mujeres sea verdadera, como se hizo en los tiempos del socialismo real en la URSS y en China, y como sin duda se hará con la nueva gran ola de revoluciones proletarias y de liberación nacional que crecen y palpitan por todo el orbe.


Mujeres oaxaqueñas toman instalaciones de la Fiscalía del Estado 6/03/20
Venimos a hablarle principalmente a toda mujer trabajadora, campesina, empleada, estudiante, profesionista, indígena, que sabe que la lucha no es contra los hombres, es contra el latifundio que explota impunemente en el campo mexicano, es contra las condiciones de semifeudalidad que aún subsisten en nuestro país esclavizando a los más pobres, es contra el capitalismo burocrático que sirve de patio trasero en la cadena de producción-dominación del imperialismo, especialmente de  la súper  potencia hegemónica que es el imperialismo yanqui, enemigo principal de los pueblos.
Somos estas mujeres las víctimas inmediatas del terrorismo de estado, con su violencia económica, política, cultural, social, pedagógica, jurídica, militar, etc. las  desplazadas por paramilitares de sus hogares, las que son reprimidas por defender su territorio y sus recursos naturales, somos quienes tenemos trabajos no remunerados, somos las tres veces oprimidas: por ser mujeres, por ser pobres y por ser indígenas, y hoy estamos aquí para hacernos escuchar, dando voz a aquellas otras que no pueden hablar desde la esclavitud forzada, que es esclavitud sexual y trata. ¡Las mujeres de la clase trabajadora somos la mitad del cielo y vamos a tomarlo por asalto!
Comunistas como Clara Zetkin nos hablaron de la importancia de que las mujeres nos organizáramos codo a codo con los hombres de nuestra clase para derrocar al capitalismo, sus palabras se convirtieron en inmortales ojivas que siguen percutiendo en el campo enemigo desde las trincheras del proletariado y el pueblo; sigamos el ejemplo de nuestras camaradas Rosa Luxemburgo, Nadezdha Krúpskaya, Alexandra Kollontai, Inessa Armand, Chiang Ching, Anuradha Ghandy y la camarada Norah que junto a hombres conscientes hicieron de la teoría revolucionaria de la clase obrera una práctica transformadora, buscando mejorar las condiciones de vida, trabajo y estudio de las mujeres en sus países, entendiendo las tareas de la Revolución Proletaria Mundial en cada uno de éstos.
A cada una de las mujeres combatientes como Edith Lagos que han dado su vida por un nuevo mundo, a las que pusieron sus conocimientos al servicio del pueblo, a las que se organizaron en las fábricas y centros de trabajo, a las 129 obreras que fueron quemadas por realizar una huelga en la fábrica Cotton para protestar por las malas condiciones laborales, a las que se movieron y sintieron sus cadenas, a las que fueron y siguen siendo tan radicales como la realidad misma.
Para todas nuestras compañeras que en el Movimiento Femenino Popular han encontrado cobijo en la bandera roja, que salen a las calles a luchar por los derechos del pueblo, que en el marxismo-leninismo-maoísmo hallan el camino para servir al pueblo de todo corazón, para ti compañera que llenas de orgullo a tu clase porque no bajas la mirada ante el cacique, porque denuncias al patrón abusivo, porque no te intimidas ante las grandes transnacionales que quieren robarte, porque a tu dignidad no hay quien la compre, para todas ustedes compañeras les decimos que es un honor combatir a su lado.
Que el camino es sinuoso es verdad, pero debemos prepararnos para enfrentar las más duras batallas, porque elegimos luchar con todo lo que esto conlleva.
Estamos presentes las que hemos perdido el miedo y nos hemos quitado la venda que el viejo orden nos había impuesto desde su ideología dominante, las que buscamos un mejor mundo para todos los pobres, los oprimidos, los explotados, los sin tierra, los olvidados, los marginados, porque sabemos que junto a los obreros, campesinos pobres y las capas más profundas del pueblo podremos combatir al viejo estado, liberar a nuestro país de las garras del imperialismo y ondear las banderas rojas de la Revolución Proletaria Mundial.
Camaradas: ¡Desatar la furia de la mujer como fuerza poderosa para la revolución!
¡FEMINISMO PROLETARIO, DESTUYE AL PATRIARCADO!
MOVIMIENTO FEMENINO POPULAR (MFP)
México




Celebração do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora em Belo Horizonte

Celebração do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora em Belo Horizonte








O MFP – Movimento Feminino Popular realizou, junto à várias organizações classistas uma calorosa

celebração do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora em Belo Horizonte, no último dia 07 de março. Participaram da celebração a Liga Operária, a Liga dos Camponeses Pobres, O MEPR, a UV-LJR, O Moclate, O sindicato dos trabalhadores da Construção Civil – Marreta e Sind-UTE subsede de Vespasiano e São José da Lapa. A atividade foi iniciada com o canto de “A Internacional”, marcando o conteúdo de classe de nossa celebração. Cantamos o hino do nosso movimento, “Lutadoras da Revolução” e outras canções de luta do nosso povo, com “Bella Ciao” e “Conquistar a Terra”. Companheiras e companheiros saudaram efusivamente o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, marcando sua posição de classe, lembrando que o 8 de março não é o dia de todas as mulheres, mas das que são exploradas e oprimidas por este sistema de exploração e opressão.  As consignas de “Despertar a Fúria Revolucionária da Mulher!” e “A Emancipação da Mulher é obra da Revolução Proletária” foram desbravadas durante toda a atividade. Nossas companheiras Sandra Lima, Elzita Rodrigues e Remis Carla foram homenageadas durante a atividade. Companheiros e companheiras que lutaram ombro a ombro com essas companheiras falaram de suas vidas e suas lutas. Homenageamos especialmente nossa companheira Sandra Lima que faria 65 anos no último dia 6 de março. As Heroínas internacionais do proletariado também foram homenageadas com um painel expondo suas fotografias. 

Uma companheira do MFP fez uma exposição sobre a importância da organização classista das mulheres do povo e do fortalecimento do MFP – Movimento Feminino Popular em todas as organizações de luta da classe. Falou sobre a origem do 8 de março, da origem da opressão feminina e do caminho revolucionário para sua superação. Fez um combate ao feminismo burguês e pequeno-burguês, supostamente radical, que ilude o povo sobre a possibilidade de libertação das mulheres sob o jugo do capitalismo e divide nossa classe. 

A atividade foi encerrada com a apresentação de uma calendário de lutas para março, com panfletagens, palestras, debates, exibição de filmes com celebração do mês das Mulheres trabalhadoras.  





DESPERTAR A FÚRIA REVOLUCIONÁRIA DA MULHER!A EMANCIPAÇÃO DA MULHER É OBRA DA REVOLUÇÃO PROLETÁRIA!ABAIXO O FEMINISMO BURGUÊS!


Companheira Sandra Lima: presente na luta!
Companheira Elzita Rodrigues: presente na luta!
Companheira Remis Carla: presente na luta!
Viva o dia Internacional da Mulher Trabalhadora!


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