30/04/2023

Viva os 24 anos da heroica Vila Bandeira Vermelha!

 “Senhores, patrões, chefes supremos
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos
A terra-mãe livre e comum
Para não ter protestos vãos
Para sair desse antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito”

 

Em 26 de abril de 1999, famílias da Vila Bandeira Vermelha enfrentaram e venceram 600 policias militares

Há exatos 24 anos as classes dominantes, oportunistas e todos os reacionários em nosso país estremeceram com a combatividade, firmeza e decisão com que 200 famílias sustentaram a luta pelo direito à moradia na cidade de Betim, região industrial da grande Belo Horizonte. Essas famílias, organizadas pelo LPM – Luta Popular pela Moradia e MCL – Movimento das Comissões de Luta, contando com o apoio da população, organizações democráticas e revolucionárias, enfrentaram e venceram 600 policiais militares armados até os dentes, entre soldados, atiradores de elite com dezenas de viaturas, tratores e helicóptero. No combate do dia 26 de abril de 1999, as massas, dando provas cabais de sua valentia e combatividade entregaram duas vidas valorosas, dois operários combativos filhos seus, os companheiros Elder Gonçalves de Souza e Erionides Anastácio dos Santos, que são definitivamente parte do panteão dos heróis do povo brasileiro no processo de sua luta pela libertação, como combatentes heroicos.

Essa importantíssima luta provou como a luta das massas dirigida pela ideologia do proletariado revolucionário, sem nenhuma ilusão de classe, rechaçando todo o oportunismo, eleitoralismo, reformismo e pacifismo impõe derrotas aos inimigos do povo e avança na conquista de suas reivindicações mais sentidas, mirando sua reivindicação maior, o Poder, aplicando os princípios de “se apoiar nas próprias forças” e de que “a luta reivindicativa é importante, mas o fundamental é o Poder”. As massas, exercendo sua democracia através das assembleias populares e diversas comissões de organização, propaganda e segurança, cobrindo seus rostos e organizando sua autodefesa ativa, aprenderam e anunciaram aos quatro ventos o caminho da luta do povo brasileiro, aplicando o princípio de que “Rebelar-se é Justo!”. As massas se encorajaram mais, foram percebendo que é possível lutar e vencer, que é possível derrotar os opressores, que existe uma organização capaz de dirigir estas lutas e que: se o caminho eleitoral já vinha sendo rechaçado a cada eleição, sentiram que existe alternativa concreta para lutar por seus direitos e por uma nova situação. A jornada de luta heroica daquelas 200 famílias anunciou a ideologia científica do proletariado, o maoismo, como aquela à qual a classe operária e o campesinato deveriam se unir numa sólida aliança para fazer avançar a revolução de Nova Democracia no Brasil, de forma ininterrupta ao socialismo, a serviço da Revolução Proletária Mundial, sob direção de uma vanguarda revolucionária proletária.

 


O MFP – Movimento Feminino Popular ainda lembra com orgulho a fúria revolucionária desprendida pelas mulheres desde o estabelecimento do acampamento. Mulheres que erguendo suas foices, ombro a ombro de seus companheiros, levando seus filhos para a beira da cerca do acampamento enfrentando os policiais, ensinando a lutar desde cedo, entoando com vigor as palavras de ordem e canções revolucionárias, assumiram as mais diversas tarefas de direção e combate dentro do acampamento em defesa das famílias. As batalhas da Heroica Vila Bandeira Vermelha fazem parte da forja do nosso movimento e da história de lutas heroicas do povo brasileiro. Saudamos efusivamente o heroísmo daquelas batalhas, jornada heroica de nosso povo. Exaltamos especialmente o heroísmo combatente dos operários Elder e Erionides e afirmamos com a certeza que o sangue derramado não afoga a revolução, senão que a rega:



Companheiro Elder, presente na luta!

Companheiro Erionides, presente na luta!

Viva o heroísmo combatente!

Viva a heroica Vila Bandeira Vermelha!



MFP – Movimento Feminino Popular

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