Por ocasião do Dia da Heroicidade, lembrando o 19 de junho de 1986 em que agerência fascista de Alan García, no Peru, assassinou cerca de 250 prisioneiros políticos do Partido Comunista do Peru (PCP), num dos mais sangrentos episódios de terrorismo de Estado já cometidos em cárceres sul-americanos, reproduzimos a Declaração conjunta de Partidos e Organizações Marxistas-leninistas-maoistas de 19 de junho de 2019. Tradução não oficial retirada do blog Servir ao Povo de Todo Coração.
Proletários de todos os países, uni-vos!
Viva o XXXIII aniversário do Dia da Heroicidade!
Os Partidos e Organizações Maoistas, que assinamos a presente
declaração celebrativa, guiados por nossa ideologia todopoderosa – o
marxismo-leninismo-maoismo, principalmente o maoismo, a ideologia do
proletariado internacional – e desfraldando ao topo e com firmeza as
nossas bandeiras vermelhas com a foice e o martelo; transbordantes de
júbilo revolucionário e com o otimismo elevado, expressamos:
Nossa solene homenagem aos comunistas, combatentes e massas do
Partido Comunista do Peru que, forjados com o aço mais puro, à imagem e
semelhança do Presidente Gonzalo, na frágua ardente da guerra popular no
Peru, uma vez convertidos em prisioneiros de guerra enfrentaram o mais
infame genocídio cometido pelo velho Estado latifundiário-burocrático a
serviço do imperialismo, principalmente ianque. Valor e coragem que
apenas a guerra popular é capaz de gerar. Estampando imperecivelmente o
dia 19 de junho como o Dia da Heroicidade!
Nos dias 18 e 19 de junho de 1986 o reacionário governo aprista,
fascista e corporativo, encabeçado pelo genocida Alan García,
desencadeou a mais proterva e negra operação de extermínio, mobilizando o
Exército, a Marinha de Guerra, a Força Aérea e as forças policiais, sob
o Comando Conjunto; extermínio, como parte de sua guerra
contrarrevolucionária dirigida contra a pujante guerra popular, que foi
clara resposta que consumou o mais infame genocídio, assassinando
centenas de guerrilheiros e filhos do povo. Em cima de Alan Garcia, seu
Conselho de Ministros, o Comando Conjunto, as forças armadas e policiais
cairá para sempre o opróbrio inapagável que o povo não esquecerá e que
somente ele sancionará.
Os combatentes da guerra popular, prisioneiros de guerra,
desfraldando a consigna “A rebelião se justifica” lutaram heroica e
corajosamente, selando um marco de heroicidade, valor e coragem que a
história guardará como demonstração exemplar dos homens heroicos que
apenas a guerra popular é capaz de gerar. O sangue derramado não afoga a
revolução, mas sim a rega!
Esta é a ocasião propicia para reafirmarmos nossa firme posição sobre
a situação internacional e nossas tarefas manifestadas em nossa última
declaração, no dia 1º de maio, considerando as variações ocorridas na
atual conjuntura.
A situação internacional se caracteriza por uma grande desordem sob
os céus, o imperialismo não pode escapar à sua lei e provoca distúrbios
por todo canto e colherá apenas fracassos, e assim será até sua ruína
final.
Neste ano o imperialismo ianque, a superpotência hegemônica única e o
inimigo principal dos povos do mundo desatou sua agressão como “guerra
de baixa intensidade” contra o povo da Venezuela para tentar impor um
governo títere encabeçado por Guaidó, ameaçando o país com a invasão se
este não aceitar sua ordem. Mas o povo da Venezuela, apesar das
vacilações e da linha de compromisso que o governo Maduro tem com o
imperialismo, resistiu e rechaçou a agressão contando com a
solidariedade dos povos latino-americanos e do mundo inteiro que
repudiam esta, assim como outras agressões imperialistas.
No ano passado, o governo de Trump-Pence decidiu denunciar
unilateralmente o tratado nuclear com o Irã e lançou novas ameaças e
exigências contra o Irã, restabelecendo o regime de sanções de antes do
acordo.
Nestes dias o governo arquirreacionário genocida de Trump-Pence
anunciou uma nova iniciativa de “acordo de paz” sobre a Palestina,
secundado por seus lacaios do Oriente Médio, como a Monarquia Saudita e o
Estado sionista de Israel etc.. Iniciativa que não é mais do que uma
nova patranha genocida contra o Irã, Palestina e todas as nações
oprimidas dessa região. Iniciativa que busca legitimar a condição
colonial da Palestina e o regime de apartheid imposto pelo Estado
sionista genocida contra a população palestina, legitimando a limpeza
étnica. Patranha imperialista com o serviço de seus lacaios, as
monarquias sanguinárias do Golfo – encabeçadas pela Saudita – contra o
povo palestino como parte de impulsionar uma frente de agressão contra o
Irã. O imperialismo ianque prossegue sua guerra de agressão no Oriente
Médio Ampliado (OMA), agora como guerra de seus “coligados” da região
contra a “ameaça xiita” e do Irã, em busca de recuperar posições
perdidas.
O imperialismo ianque impulsiona a política de “pressão máxima”
contra seus rivais imperialistas e contra os governos dos países
semicoloniais, buscando avivar ainda mais as crescentes contradições e
dificuldades que estes enfrentam, para conseguir impor sua vontade de
superpotência hegemônica única. O governo de Trump-Pence, na conjuntura
eleitoral em que se desenvolve, está mais urgido de triunfos baratos.
Aplicando a “tática do martelo” em seus tratos com o imperialismo russo,
dentro da política estabelecida de apontar contra o Irã buscando
isolá-lo da Rússia, levou a cabo uma série de encontros do mais alto
nível com representantes do governo de Putin para tratar sobre a
Venezuela, Ucrânia, Irã e Síria, pondo tais países sobre a mesa como
“moedas de troca” e tratando de “apagar o incêndio aqui para acendê-lo
ali”.
É a repetição do jogo conhecido das superpotências e potências de
usar os países oprimidos como “moedas de troca”. Até o momento, isso
leva a baixar a pressão sobre a Venezuela, mas, em resumo, todo o
compromisso sob o bastão de mando imperialista será contra os interesses
do povo da Venezuela, apontado para toda a América Latina, como agora
vai contra a nação iraniana.
Em sua fronteira sul, o governo de Trump está exibindo em toda sua
nudez a submissão do governo lacaio de Lopez Obrador (Morena) à política
anti-imigratória dos Estados Unidos, que se comprometeu, além disso, em
deslocar 6 mil elementos da Guarda Nacional (criada pelo atual governo)
para sua fronteira sul com a Guatemala – convertida assim na fronteira
migratória do Estados Unidos – para deter militarmente o fluxo
migratório dos pobres do sul, estabelecendo o famoso muro de Trump na
fronteira do México. Tudo isto já estava em marcha, porque esse
deslocamento militar é parte do desenvolvimento da “Nova Estrutura de
Defesa do Estados Unidos”, neste caso, de seu Comando Norte
(USNORTHCOM).
Mas, seguindo a lei do imperialismo e de todos os reacionários, o
imperialismo ianque só colherá novos fracassos na Venezuela, no México e
em toda a América Latina; no Irã e na Palestina, ou em qualquer outro
lugar; e a resistência e o combate dos povos do Irã e da Palestina
conquistarão novos patamares, impulsionando o movimento de libertação
nacional e a nova grande onda da revolução proletária mundial que se
desenvolve atualmente no mundo.
Os povos do mundo seguem também com sua lei de lutar, fracassar,
voltar a lutar e assim até a vitória final; e o fazem nesse momento em
que a revolução se tornou a tendência histórica e política principal no
mundo e o desenvolvimento desigual da situação revolucionária compreende
todos os países e continentes.
As nações oprimidas mostram porque são a base da revolução mundial e
desenvolvem heroicas lutas armadas de resistência, contando com o
exemplo das guerras populares no Peru, na Índia, Turquia e Filipinas. O
avanço da guerra popular na Índia a outros níveis tem importância
estratégica para inclinar a balança a favor da revolução mundial. E é à
Índia que cabe tal papel não apenas por causa da sua extensão, mas
também pelo peso das massas (mais 1 de bilhão de habitantes) e por sua
localização na Ásia. Tudo isso é expressão da nova grande onda da
revolução proletária mundial, na etapa da ofensiva estratégica desta que
varrerá o imperialismo e a reação da face da Terra.
O maoismo – gerando partidos comunistas de novo tipo,
marxistas-leninistas-maoistas militarizados, que desenvolvem processos
de reconstituição/constituição – marcha para dirigir esta nova grande
onda da revolução proletária mundial. Esta situação de desenvolvimento
do fator subjetivo nos põe em excelentes condições para avançarmos mais
na superação da dispersão do Movimento Comunista Internacional: realizar
a Conferência Internacional Maoista Unificada e, nela, dar à luz a nova
organização do proletariado internacional, no caminho da nova
Internacional Comunista, a qual ergueremos com as guerras populares em
curso e o desenvolvimento das novas guerras populares que estão por
iniciar. Com elas, mudaremos a atual correlação de forças entre
revolução e contrarrevolução na arena internacional. Por isso, até os
que são opostos à nossa iniciativa e estão marchando pelo caminho da
cisão não podem deixar de reconhecer isso, como prova o seu próprio
desespero em convocar uma conferência em separado, fracionista e
liquidacionista.
Estes se negam a aceitar as inegáveis vitórias no caminho da luta por
superar a dispersão no Movimento Comunista Internacional, negam os
avanços que os Partidos Comunistas e Organizações que brigam pela
reconstituição ou constituição dos partidos têm obtido em coordenar e
dirigir as lutas, os avanços nas campanhas celebrativas, na luta por
difundir e apoiar as guerras populares em marcha, etc.. Por isso
assumimos em toda e cada uma de suas partes o documento do Comitê
Central do Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha), intitulado
Combater o liquidacionismo e unir o MCI sob o Maoismo e a Guerra Popular
– Sobre a crítica do PC (m) à Declaração Conjunta do 1º de maio de
2018.
Além disso, como destacado pelo PCP (Comitê de Reorganização), a
Conferência Internacional Maoista Unificada (CIMU) que foi convocada
pelos Partidos e Organizações Maoistas é um rotundo êxito, pela
preparação, processo que se segue e o desenvolvimento inegável que tem a
reunificação dos comunistas, e é a mais elevada homenagem celebrativa
ao Primeiro Centenário da Fundação da III Internacional Comunista
fundada por Lenin em março de 1919 e ao papel cumprido pelo camarada
Stalin. Nos exige seguir seu exemplo e elevá-lo mais alto na difusão do
comunismo no mundo e na forja dos partidos e comunistas em todo o Orbe.
Agora, com partidos comunistas marxista-leninista-maoistas,
militarizados. Viva o Primeiro Centenário da III Internacional
Comunista! Honra e glória ao marxismo-leninismo-maoismo e reconhecemos a
firme disposição dos partidos e organizações maoistas em aplicar os
aportes de validez universal do pensamento gonzalo!
Da mesma forma, nos juntamos firmemente à celebração do 30º
Aniversário do I Congresso do PCP, Marco Imperecível de Vitória para o
proletariado peruano e internacional; Congresso Marxista, Congresso
marxista-leninista-maoista, pensamento gonzalo. Chamamos a todos os
partidos e organizações do movimento comunista internacional a levar a
cabo a celebração deste grande marco imperecível de vitória e fazer as
publicações dos documentos do I Congresso do PCP. Saudamos igualmente a
luta dos camaradas do PCP por culminar a reorganização geral do Partido,
dirigida por seu Comitê de Reorganização.
Finalmente, assumimos com o mais alto espírito comunista o estabelecido na resolução do CC do PCP:
O dia 19 de junho se estampa imperecível como DIA DA HEROICIDADE; o
sangue destes heróis já frutifica a revolução armada incendiando-a mais,
levantando-se como monumental bandeira tremulante e inesgotável grito
de guerra que convoca ao inevitável triunfo final. Mais sangue, mais
repressão, mais genocídio, mais revolução!
A gloriosa morte beligerante destes prisioneiros de guerra se abriga
com o sangue já vertido e, ante ele, nós comunistas assumimos o
compromisso indeclinável de seguir seu luminoso exemplo para,
desenvolvendo a guerra popular, servir à revolução mundial até que a luz
imarcescível do comunismo se espalhe por todo o Orbe, sob as invictas
bandeiras de Marx, Lenin e Mao Tsetung, do sempre vivo
marxismo-leninismo-maoismo.
Glória aos heróis tombados, viva a Revolução!
Viva o 30º Aniversário do I Congresso do PCP!
Honra e glória ao proletariado e ao povo peruano!
Glória ao marxismo-leninismo-maoismo!
19 de junho de 2019
Assinam até o momento:
Partido Comunista do Equador – Sol Vermelho
Movimento Popular Peru (Comitê de Reorganização)
Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha)
Fração Vermelha do Partido Comunista do Chile
Organização Maoista para a Reconstituição do Partido Comunista da Colômbia
Núcleo Revolucionário para a Reconstituição do Partido Comunista do México
Comitê Bandeira Vermelha – Alemanha
Comitês para a Fundação do Partido Comunista (Maoista) da Áustria
Servir ao Povo – Liga Comunista da Noruega
Coletivo Bandeira Vermelha (Finlândia)
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