Publicamos
a seguir “Desenvolvimento da Campanha pela Defesa de nossa
Chefatura o Presidente Gonzalo: Conversas com a Camarada Laura nas
Bases das Montanhas Vizcatán”. Este é um importante documento de
defesa do pensamento gonzalo e da Guerra Popular do Peru, que inspira
os comunistas do mundo inteiro. A presente tradução foi retirada do
blog Servir ao Povo de Todo Coração, disponível em:
<https://serviraopovo.wordpress.com/2017/07/10/desenvolvimento-da-campanha-pela-defesa-de-nossa-chefatura-o-presidente-gonzalo-conversas-com-a-camarada-laura-nas-bases-das-montanhas-vizcatan/>.
Acesso
em: 08
de jun. 2018.
Desenvolvimento da Campanha pela Defesa de nossa Chefatura o Presidente Gonzalo: Conversas com a Camarada Laura nas Bases das Montanhas Vizcatán
CONVERSAS COM A CAMARADA LAURA NAS BASES DAS MONTANHAS VIZCATÁN
INTRODUÇÃO
Hoje, publicamos as CONVERSAS
COM A CAMARADA LAURA NAS BASES DAS MONTANHAS VIZCATÁN, no VRAEM
(Vale dos Rios Apurímac, Ene e Mantaro), realizada por volta de
2012, o essencial da entrevista é que nela, como tem que ser, com
guerra popular se assume a defesa do Presidente Gonzalo, a chefatura
do Partido e da revolução, do pensamento gonzalo, o I Congresso e
da BUP (Base de Unidade Partidária) e todo o caminho percorrido até
agora e se toma firme posição contra a LOD (Linha Oportunista de
Direita) revisionista e capitulacionista encabeçada pela ratazana
Miriam e especialmente contra a linha oportunista de direita,
disfarçada de esquerda, revisionista e capitulacionista da ratazana
José e sua camada que usurparam o CRP (Comitê Regional Principal).
Consideramos que é um magistral documento
marxista-leninista-maoista, pensamento gonzalo. Nele com a
documentação partidária em mãos a camarada Laura, desde as mesmas
montanhas de Vizcatán, com profundo sentimento e ódio de classe,
com firme convicção e posição comunista e com a ideologia do
marxismo-leninismo-maoismo, pensamento gonzalo assume a defesa de
nossa chefatura, o Presidente Gonzalo, e de seu todopoderoso
pensamento, e deslinda, aplasta e varre contra todas as patranhas da
CIA - reação peruana e seus serviçais do novo revisionismo contra
o Presidente Gonzalo, o PCP e a guerra popular.
Com
esta entrevista documentamos como a esquerda luta com guerra popular
por impor a linha vermelha no VRAEM. Assim, os comunistas,
combatentes e massas, praticando a filosofia da luta que só com
fuzil se pode transformar o mundo, está lutando para levar adiante a
reorganização do CRP do PCP como parte da reorganização geral de
todo o Partido em meio à guerra popular e em luta de morte contra o
revisionismo.
É um documento com o qual se
impôs a luta de duas linhas no Partido em 2013, portanto, expressa
como se estava manejando a luta de duas linhas nesse momento, o qual
serviu de base para dar o salto na tarefa partidária da RGP
(Reorganização Geral do Partido) em torno de maio de 2014. Mostra
pois parte desse processo. Por isso, haverá muitas interrogações
que os leitores podem pensar sobre diversos aspectos, alguns
seguramente muito importantes sobre esta luta e que ficam elucidados
na entrevista. Muitos já se resolveram no tempo transcorrido, e
outros seguramente estão se resolvendo com o desenvolvimento da RGP
em meio à guerra popular. Com esta entrevista nos desvenda que cada
vez mais estamos nos aproximando de sua brilhante culminação.
Ademais, o problema de varrer,
mediante a luta de duas linhas, tudo o que se opõe à Chefatura e ao
pensamento gonzalo é complexo e demanda fazê-lo a fundo. Porque
como está estabelecido, só fazendo-nos firmemente à Chefatura do
Presidente Gonzalo e seu todo poderoso pensamento e desenvolvendo uma
firme e sagaz luta de duas linhas para manter vermelho o Partido
podemos avançar na guerra popular e manter firmemente seu curso.
Há algumas fotografias que
nos remeteram e que publicaremos, enquanto que as fotos em que
aparece a camarada Laura e o entrevistador para preservar o segredo
revolucionário e outras por diversas razões não publicaremos. Em
todo caso, é a primeira edição nossa destas importantes
conversações, é certo que virão outras mais.
Estamos seguros que, a
presente publicação elevará o mais alto o otimismo e alegria
revolucionária de todos os maoistas e demais revolucionários do
mundo e muito especialmente da América Latina.
MPP (CR)
Março de 2017
O TERCEIRO MOMENTO DA
SOCIEDADE PERUANA CONTEMPORÂNEA.
CONVERSAS COM A CAMARADA LAURA
NAS BASES DAS MONTANHAS VIZCATÁN:
Abrimos caminho para a
camarada Laura [iniciando o texto com alguns dados, NT], para que
este processo da sociedade peruana chegue com a maior nitidez a
posteridade. Este diálogo aconteceu no setor denominado Roblepampa.
As margens do rio Imaybamba, limite entre os departamentos de
Huancavelica e Ayacucho. O rio Imaybamba desce das alturas de
Sanabamba, parte de seu fluxo vem das planícies de Tayacaja, e seu
curso chega a desembocar no rio Mantaro, quase a altura do setor
denominado Puríssima, um pouco mais avançado rio abaixo do Mantaro.
Todo este lugar é parte do que se denomina glorioso
e guerreiro Vizcatán, a camarada
Laura, afirma:
“Vou começar expressando
minha sujeição ao Presidente Gonzalo, chefe do Partido e da
Revolução, ao Partido Comunista do Peru, à ideologia invicta do
proletariado: o Marxismo-Leninismo-Maoismo,
Pensamento Gonzalo, á guerra
popular no Peru”.
“Os anos 80 têm uma
denominação especial, é ILA-80 (Início da Luta Armada). Com o
passar dos anos, sua importância ficará marcada de maneira
imarcescível, como já o está sendo, pois desde ali, ficou gravado
na costa dos Andes o futuro nascimento da República Popular do Peru.
Entramos em um momento crucial, o da crise geral do capitalismo
burocrático. A sociedade peruana, como sistema, caducou nestes quase
200 anos de vida republicana. Este período, ademais, está marcado
pela luta armada entre revolução e contrarrevolução. Esta ardente
luta do povo peruano têm servido para que o mundo inteiro compreenda
que a ideologia do proletariado, em dura luta, chegou em sua
Terceira, Nova e Superior etapa: o Marxismo-Leninismo-Maoismo,
passando a ser o Maoismo o fundamental e decisivo no mundo, para
levar adiante revoluções proletárias. No Peru é de especial
importância como Marxismo-Leninismo-Maoísmo, Pensamento Gonzalo.
Abriu-se uma época cuja primeira parte deve culminar com a
instauração de um Novo Estado de Operários e Camponeses, uma
República Popular de Nova Democracia, qualquer que sejam as
circunstancias que se tenham que passar”.
“Depois de mais de 11 anos
de governo militar e sendo Presidente de fato o General Francisco
Morales Bermúdez, havendo instalado uma Assembleia Constituinte que
sancionou a Carta de 1979, se convoca as eleições para maio de
1980, data no qual se deveria eleger um Presidente e que esta deveria
iniciar
seu
funcionamento, com seus poderes ao
estilo demo-liberal,
o que as classes dominantes denominavam
Democracia, chamada também pelos
atores diretos daquele então, transferência do poder para a
civilidade”.
“No ano de 1980 se
produziu a transferência de poder das mãos das Forças Armadas, com
uma nova Carta Magna que constitui a terceira reestruturação do
estado peruano no século XX. A partir de então, os sucessivos
governos têm um problema central: a guerra popular que o Partido
Comunista do Peru dirige.
O
MARXISMO-LENINISMO-MAOÍSMO, PENSAMENTO
GONZALO. A MAIS ALTA IDEOLOGIA DA
CLASSE TRABALHADORA, ELEVADA AO TOPO PELO PARTIDO COMUNISTA DO PERU.
Esta guerra popular é
enfrentada pelo estado reacionário do Peru, empregando as políticas
contrarrevolucionárias de massas contra massas e em meio a um
genocídio bárbaro, tentam derrotar, ao que eles chamam de subversão
armada. Pelejou-se ardorosamente, por inflamar mais a guerra popular,
por construir o novo poder e, a custa de sangue vertido pelos
comunistas e filhos do povo, chegamos a abrir bases de apoio e
adentramos na guerra de guerrilhas, que acende esperanças luminosas
para acabar com a escravidão do homem pelo homem”.
Foto da camarada Laura que
não se incluiu.
A presente imagem foi tomada
pelo autor, no setor denominado Roblepampa, avançando algo mais, rio
abaixo, as margens do rio Imaybamba, afluente do rio Mantaro, atual
província de Tayacaja, este rio marca o limite entre os
departamentos de Huancavelica e Ayacucho. Está claro, a margem
esquerda do Mantaro já pertence ao departamento de Junín. Por falta
de material adequado e… não foi possível gravar a conversa,
motivo pelo qual anotamos só algumas questões que consideramos
fundamentais ou as que foram muito fáceis de registrar.
Foto não incluída.
CAMARADA LAURA. SETEMBRO DE
2012. ROBLEPAMPA
No presente diálogo, a
camarada Laura iniciou comentando sobre a Grande Revolução Cultural
Proletária, a qual considera de suma importância. Conforme o
diálogo ia transcorrendo surgiam perguntas aleatórias, diria, não
houve um plano de entrevista. Este diálogo aconteceu à vista e na
presença da camarada Mariela, quem também aparece na foto e
concordava na medida em que se prolongava a manifestação da
camarada Laura
Camarada
Laura nos diga algo sobre sua vida em
Vizcatan, como
é o dia-a-dia dos guerrilheiros:
“Sempre temos julgado mais
importante desenvolver nossas vidas como parte do Partido e da
Revolução. Acreditamos que a vida, curta ou longa, deve ser útil
ao mais sublime da humanidade: a luta pelo Comunismo… e nós
acreditamos firmemente na construção da República Popular do Peru,
uma República de Nova Democracia, acreditamos na Revolução, na
luta armada; elevamos as alturas a grande consigna do Presidente Mao
O poder nasce do fuzil.
Este grandioso processo da Revolução no Peru é dirigido pela
classe operária mediante seu Partido, que dá o curso, e é o
Partido da classe operária o Partido Comunista do Peru o que há de
nos guiar a nossa meta final. Reiteramos um Partido
Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo, a ideologia
científica do proletariado, sendo o Maoismo o fundamental e decisivo
para a Revolução Proletária Mundial e o Pensamento Gonzalo para a
Revolução Peruana, por ser a aplicação criadora do Maoismo a
nossa realidade. Reiteramos nossa filosofia de luta que só com o
fuzil se pode transformar o mundo. Muitos corações junto ao nosso
já empreenderam esta heroica façanha, que levará a humanidade a
meta final que é o Comunismo”.
“NÃO CREIO QUE VALHA A PENA
CONTAR ESTE CAPÍTULO DA MINHA VIDA, SIMPLESMENTE PORQUE NOSSAS VIDAS
ESTÃO FEITAS COMO PARTE DO PARTIDO E DA REVOLUÇÃO. APENAS NOS
ESFORÇAMOS EM CUMPRIR BEM NOSSA JORNADA.
CONJUNTAMENTE COM NOSSOS
CAMARADAS, EM REITERADAS OPORTUNIDADES, TEMOS DADO NOSSO FIRME
COMPROMISSO DE DAR A VIDA PELO PARTIDO E PELA REVOLUÇÃO. POR NOSSA
META INALTERÁVEL, QUE É O COMUNISMO, SABENDO QUE DEPOIS DE NOSSA
MORTE, OUTRAS MÃOS EMPUNHARÃO O FUZIL, COM IGUAL OU MAIOR DESTREZA,
PODEMOS PROCLAMAR ANTE O MUNDO E ANTE O MARXISMO-LENINISMO-MAOISMO,
PENSAMENTO GONZALO, A LUTA QUE TRAVAMOS É A LUTA FINAL PELO REINO DA
ETERNA HARMONIA, UMA SOCIEDADE SEM RICOS NEM POBRES, O SEMPRE
RESPLANDECENTE COMUNISMO.” C.L
“A Grande Revolução
Cultural Proletária, poderoso movimento de massas, dirigido pelo
Presidente Mao Tsetung em plena construção socialista na China, é
a revolução jamais antes vista sobre a Terra, pois durante bom
tempo o proletariado manteve-se onimodamente no poder. Esta Grande
Revolução Cultural Proletária apontou diretamente contra a
burguesia, contra aqueles dirigentes seguidores do caminho
capitalista, como o “Khruschov chinês” Liu Shao Chi e também
para combater contra o vento revogatório direitista do sinistro Teng
Siao Pin. O proletariado, dirigido pelo grande, glorioso e correto
Partido Comunista da China, sob a chefatura do Presidente Mao
Tsetung, organizado em Comunas populares, arrebatou o poder das mãos
da burguesia que havia infiltrado-se no seio do Partido, eram os
mesmos dirigentes como os já mencionados. Desencadeou-se a famosa
“tormenta de janeiro” em Xangai, onde em meio de uma ardente luta
de classes distinguiram-se a camarada Chiang Ching, esposa do
Presidente Mao Tsetung, e outros dirigentes, como Chiang Chun Chiao,
Wuag Hunh Wen e Yao Wen Yuan. Quando se produziu o golpe de estado
contrarrevolucionário de outubro de 1976, nosso Partido lançou ao
mundo seu rotundo grito de guerra com a consigna “Viva os quatro de
Xangai”, tomando firme e tenaz posição para combater o
revisionismo de Ten Siao Ping e contra o triplo ataque revisionista:
o revisionismo albanês de Ramis Alia, o revisionismo soviético de
Brejnev e o revisionismo chinês de Teng Siao Ping. O Presidente
Gonzalo, em heroica e tenaz luta, dirigindo o Partido Comunista do
Peru, lançou ao mundo a mais alta consigna proletária, a mais alta
ideologia do proletariado: “Viva o Maoismo!”. Como Terceira, Nova
e Superior etapa da ideologia do proletariado. A Grande Revolução
Cultural Proletária é o mais grandioso marco da Revolução
Proletária Mundial, é a luta de morte entre revolução e
contrarrevolução, luta entre restauração e contrarrestauração;
com este poderoso movimento de massas sem comparação na história,
a ideologia do proletariado tornou-se em Marxismo-Leninismo-Maoismo,
principalmente Maoismo, chave para dirigir a revolução e para
reconstituir partidos proletários no mundo.”
“Este momento da história
do Peru considero de transcendental importância, porque a nível
nacional e internacional se vem lutando ardorosamente por acabar com
o domínio do imperialismo norte-americano, russo ou o que for, por
acabar com a escravidão do povo peruano, escravidão que as classes
dominantes: os grandes latifundiários, a grande burguesia, os
grandes banqueiros, tendo como instrumento o estado, sua coluna
vertebral as forças armadas e as forças policiais, exercem seu
domínio sobre nosso povo. Deve ficar claramente estabelecido que a
burguesia chegou à sua última e superior etapa de desenvolvimento,
a etapa do imperialismo, cuja característica é monopolista,
parasitária e agonizante, que Lênin nos ensinou; este sistema se
debate em uma gigantesca crise, a qual pretende resolver invadindo
outros povos para saquear suas riquezas e escravizá-los. Com o
pretexto de “Guerra total ao terrorismo”, todos os imperialistas,
em massa, se lançaram à agressão contra os povos. Agressão
encabeçada pelos EUA. O que pretendem é uma nova repartilha do
mundo, para o qual querem o controle da Europa. É o imperialismo
norte-americano, assim como o social-imperialismo russo e outros
países imperialistas, a fonte das guerras no mundo. Assim, os
imperialistas norte-americanos e seus aliados (França, Inglaterra,
Rússia, etc.) têm invadido os países árabes: Síria e Iraque, o
Oriente Médio: Afeganistão, Iraque, Palestina, Líbano, Líbia,
Síria, etc. As tropas norte-americanas também se encontram no Peru,
Base de Pichari. A DEA (N.T.: Drug Enforcement Administration, em
português Administração de Repressão às Drogas), sob pretexto de
luta contra o narcotráfico, que na realidade é contra a guerra
popular, contra o povo peruano, sendo uma necessidade do governo
reacionário do Peru, desenvolver uma guerra de baixa intensidade,
demandar maior ajuda econômica e preparar a intervenção militar do
imperialismo norte-americano principalmente. O Estado Islâmico é
consequência da agressão imperialista; os imperialistas com sua
infame agressão têm engendrado este movimento e hoje que as
aguente. Nós do Peru, fazemos um chamado solene, para que estes
povos agredidos se levantem em guerra popular, organizando-se no
Exército Popular de Libertação, dirigidos pelo Partido Comunista,
Marxista-Leninista-Maoista, e desfraldando Viva o Povo Árabe e
Yankees Go Home,
Fora Ianques. No Peru, damos nosso firme compromisso de derrotar o
Comando Sul a qualquer preço e tempo que tenha que se pagar. Os
agressores imperialistas jamais prevalecerão, é o imperialismo e o
revisionismo de todo tipo que será derrotado. A história o tem
demonstrado à saciedade. Recordamos ao imperialismo americano: o
Peru e outros lugares onde se têm desatado a agressão, são para os
senhores não um, mas muitos Vietnãs, com a única diferença que no
Peru temos empunhado o fuzil contra os senhores, e não o soltaremos
até que na face da terra brilhe o comunismo.”
“A sociedade peruana
contemporânea caducou, se debate em meio a uma crise generalizada.
Crise no econômico, no político e no ideológico. Os sucessivos
governos de turno dizem resolver esta crise, o que fazem é
aprofundá-la, como evidentemente estamos vendo hoje. Os mesmos
corruptos de sempre, por exemplo, dizem que lutam contra a corrupção.
Isto é inaudito. A corrupção campeia nas altas esferas do estado
reacionário do Peru. Não há nenhuma saída. Apenas resta a
revolução em marcha.”
“No que nos diz respeito,
queremos reiterar, quantas vezes seja necessário, para que fique
nítido através da história e para que os povos do mundo tirem
lição de nossos acertos e erros. É o Partido Comunista do Peru que
se atreveu a iniciar a guerra popular e já estamos levando-a adiante
por vários anos. O principal fundamento para sustentar esta guerra é
a invencível e todo-poderosa ideologia do proletariado, o
Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo. A única maneira
verdadeira de transformar a sociedade: a guerra popular. Não há
outra forma. Na história, no desenvolvimento da sociedade, os
diferentes sistemas ao caducar deram passagem a outra etapa mais
desenvolvida. Porém, outra vez cabe reforçar: não há nenhum
precedente histórico no qual uma classe cede poder a outra e se
retira benignamente do cenário da história. As transformações
apenas podem se realizar através da tormenta da revolução.
Nestas circunstâncias, em
setembro de 1992, ocorreu a prisão do Presidente Gonzalo e, nosso
Partido provado em mil combates e sustentado pela invicta ideologia
do proletariado, o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo,
teve que enfrentar esta curva; nos momentos difíceis surgem todos os
tipos de monstros, amamentados e abrigados pelo imperialismo,
principalmente norte-americano, como são os revisionistas do “acordo
de paz” abrigados no MOVADEF (N.T.: em português Movimento por
Anistia e Direitos Fundamentais); estes traidores miseráveis
lançaram ao mundo, com empenho desenfreado, a suposta paz,
pacificação e diálogo, a mais estúpida ideia para envenenar a
classe, as massas. Nós comunistas, somos feitos para as mais altas
dificuldades. Os imperialistas e os revisionistas, em santa aliança,
vociferam ao vento a suposta derrota
do Partido, a derrota do socialismo, a caducidade do Marxismo.
Advertimos-lhes, por mais que movam canhões, por mais que
descarreguem golpes demolidores, preparem o mais complexo genocídio
contra o povo, não poderão prevalecer. Estamos dispostos a
atravessar o rio de sangue, que a revolução demanda, para alcançar
nossa meta inalterável, o comunismo. A validez universal do Maoismo
é para nós a mais alta ciência da revolução e um estrondoso
chamado de atenção para os imperialistas, os revisionistas e os
oportunistas de toda pelagem. A verdade do
Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo, é irresistível. As
massas populares se levantarão invariavelmente em revolução. A
revolução mundial triunfará inexoravelmente. Isto demanda o
Maoismo, e nós o cumpriremos. O Presidente Gonzalo afirmou de
maneira contundente: “O marxismo não
deu um passo na vida nem logrou nada senão com luta, conquistado com
esforço, e o Maoismo não é nem será exceção; a luta pelo
Maoismo, como terceira etapa do Marxismo, é e será dura, longa,
complexa e difícil, nunca se imporá espontaneamente. Nossa história
é essa, não temos outro caminho: luta, esforço, determinação
inflexível, persistência indeclinável e tempo para que a prática
prove e sancione a verdade”. Tudo
que é novo tem que se impor em ardorosa luta, combatendo o velho que
resiste em morrer, nada nos foi dado a preço de pechincha, tudo
temos conquistado com esforço, com nosso sangue e com vidas
luminosas que, sem vacilar um instante, têm sido oferendadas ao
Partido e à revolução. Para isso temos sido forjados como
comunistas, com luz na mente, aço no peito, espada na mão e em
desafio à morte.
“Dê a batalha e saberá
como se desenvolve. Nós comunistas, somos audazes e o somos porque
somos materialistas consequentes e não tememos equivocar-nos, nem
tememos enfrentar ninguém, porque do nosso lado está a verdade.
Esta é nossa convicção e não podemos ter outra, somos homens de
convicção, “convictos confessos” da maior ideologia científica
transformadora, provada em milhares de batalhas gloriosas. Não houve
nem há nenhuma ideologia na terra que tenha tido a prova prática do
Marxismo-Leninismo-Maoismo; nem nunca tantos milhões foram e serão
arrastados por tão poderosa tormenta revolucionária”. Presidente
Gonzalo.
Não
inclui-se aqui foto da camarada Laura. Agosto de 2010.
Figura 1: Foto de um
combatente
|
“NOSSA FEROZ DECISÃO DE
COMBATER ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE, EM DEFESA DO PARTIDO E DA
REVOLUÇÃO, SOB AS INVICTAS BANDEIRAS DO MARXISMO-LENINISMO-MAOISMO,
PENSAMENTO GONZALO; INSTAURAR A REPÚBLICA POPULAR DO PERU: DE NOVA
DEMOCRACIA E SEM INTERMÉDIO ALGUM CONSTRUIR O SOCIALISMO, MANTER O
PODER DA CLASSE OPERÁRIA ATRAVÉS DE SUCESSIVAS REVOLUÇÕES
CULTURAIS E, JUNTO AOS POVOS DO MUNDO ALCANÇAR O BELO E DOURADO
COMUNISMO, META FINAL DA HUMANIDADE.”
Não se inclui foto
correspondente: A camarada Laura. Às margens do rio Purísima,
afluente do rio Mantaro. Agosto de 2010.
Camarada, diga-nos,
como começou seu estudo dos princípios partidários?
Em meus anos juvenis, lá pelo
terceiro ano do secundário, me coube a oportunidade de conhecer O
Mundo é Grande e Estranho, obra do
ilustre escritor Ciro Alegría. Uma novela que meu pai admirava e
talvez por isso me interessei em lê-la com bastante avidez, creio.
Rumi se fez minha comunidade. Me tornei amigo de seu prefeito, Dom
Rosendo Maqui, de seus filhos e netos. De Doroteo Quispe, Eloy
Condorumi e Jerónimo Cahua, de Clemente Yacu e Valencio; e também
do boi Mosco e do touro Choloque. Dediquei especial atenção a Fiero
Vásquez, mas ainda mais a Benito Castro; para lutar pela terra e
contra a opressão é justo ultrapassar os limites estabelecidos
pelos poderosos; atrever-se é o problema. Se nossas vidas são
rendidas em meio à contenda, em tempo útil, demonstramos ao
opressor que somos invencíveis atrevendo-nos a empunhar o fuzil,
sabendo que nossas derrotas são transitórias e momentâneas,
absolutamente transitórias e momentâneas, que aguardam o triunfo
final; enquanto que a ferocidade do opressor o pinta de corpo
inteiro, o inevitável final de seu crepúsculo e sua derrota
definitiva. Isto aprendi com Benito Castro.
Camarada, falemos mais
sobre O Mundo é Grande e Estranho.
O capítulo XIII deste livro
chama-se História e Lances de
Mineração. Marcou profundamente
meus entendimentos, me orientei definitivamente para o Partido e a
Revolução. Depois da morte de Calixto Paucar, neste capítulo
pode-se ler:
-
O que acham que é Jack? Já me convenceu: somos socialistas…
Socialismo. Essa palavra
mágica que tanto atormenta os governantes do Peru. A palavra que
converte em pesadelo as noites sombrias dos governantes de turno. O
socialismo despertou em nós o entusiasmo e a alegria, que vale a
pena morrer por ela. Não há nada mais glorioso que cobrir-se com a
bandeira vermelha e, desafiante, lançar-se ao coração da batalha,
plenamente conscientes de nossa missão histórica, para derrubar a
velha ordem e construir uma nova, a República Popular do Peru, à
imagem e semelhança da classe operária, conforme a nossa ideologia,
científica e todo-poderosa, o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento
Gonzalo.
Quando os operários de
Navilca estão sendo enterrados: “-
Nossa bandeira e cantemos – gritou Jack, sem saber como
expressar-se. Desfraldaram um grande pano vermelho e começaram a
cantar.
Ninguém, senão Jack e
seu ajudante, sabiam o que
significava essa bandeira.
Ninguém, senão Jack e seu ajudante, sabiam
entoar essa canção. Era um
canto bronco e poderoso que açoitava o desfile como um vento
carregado de mundos.”
Quando alguém chega a esta
leitura, quando nosso coração se agita incontido, já nada pode ser
igual. O que era o socialismo? O que significava aquela bandeira
vermelha? O que era aquele canto, bronco
e poderoso, que Jack e seu ajudante
entoaram? A estas e outras perguntas me propus resolver estudando e,
claro, combatendo. Nossa tônica, aprender a combater no próprio
curso da guerra. No curso da guerra revolucionária, nos
transformaremos de novatos em experimentados.
Figura 2: O Presidente Mao
Tsetung e a camarada Chiang Ching, na base de apoio de Yenan.
|
Ficou gravado nitidamente em
minha mente aquela Bandeira Vermelha do gringo Jack e seu ajudante.
Ficou gravado em minha mente aquele canto, bronco
e poderoso, que entoavam. Tracei para
mim um propósito: investigar o significado daquela bandeira e do
solene canto. Com o correr dos meses e anos, o panorama ia se abrindo
para mim e cheguei a compreender tudo aquilo, o que foi sumamente
regozijante.
Aquela Bandeira Vermelha,
desfraldada pelo gringo Jack e seu ajudante, já havia flamejado
desafiante ante o mundo burguês sobre o Hotel de Ville, como símbolo
da República do Trabalho com a Comuna de Paris, a proeza mais
heroica daqueles operários prestes a
assaltar os céus, nas palavras do
maior pensador dos séculos Karl Marx, em 1871. Esta mesma bandeira,
era desfraldada pelos operários nas ruas de Berlim, Milão, Londres,
Madri, Paris, Chicago e do mundo inteiro. Esta mesma bandeira
ergueu-se vitoriosa em outubro de 1917, na cidade de Petrogrado, nas
mãos dos Bolcheviques, proclamando todo
o poder aos sovietes e o nascimento
da República dos Operários e Camponeses, a Ditadura do
Proletariado, com Vladimir Ilich Ulianov Lenin e Joseph Stalin. Esta
mesma bandeira, desafiante diante do vento, flamejou destemida no
Levante das Colheitas de Outono, nas montanhas Chingkang, em Yenán;
nas ruas de Xangai, durante a Grande Revolução Cultural Proletária,
marchando à cabeça de toda ela, o Presidente Mao Tsetung, e junto a
ele, Chiang Ching, Chiang Chun Chiao, Wang Jun Wen, Yao Wen Yuan e o
proletariado do povo chinês. Esta mesma Bandeira Vermelha tem sido
desfraldada ao vento em nossa pátria, Peru, desde 7 de outubro de
1928, com José Carlos Mariátegui. Teve que passar por um período
duro de abandono e reconstituição para ser içada em torno dos
Andes do Peru, a partir do ano de 1980, com justeza denominado ILA-80
[N.T.: Início da Luta Armada]. Esta mesma bandeira hoje, enfim,
flameja vitoriosa no glorioso e guerreiro Vizcatán, para que ninguém
possa baixá-la, nem se escreva em direção oposta. Mas, mantendo-a
sempre desfraldada à custa de nossas vidas. Hoje desfraldamos,
defendemos e aplicamos nossa invicta Bandeira: o
Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo. A nada mais podemos
servir. Com o Presidente Mao aprendemos a conhecer o Peru. Sua obra e
seu pensamento marcaram profundamente a mente e o coração dos
comunistas em nossa pátria e, com ele, ilumina o sol da revolução,
pelos séculos dos séculos. O Presidente Gonzalo é o herdeiro do
Presidente Mao Tsetung, com ele brilha o Maoismo como Terceira, Nova
e Superior etapa do Marxismo, em dura luta, na qual implica
Desfraldá-lo, Defendê-lo e Aplicá-lo. Mãos à obra!
Voltemos ao O
Mundo é Grande e Estranho. Aquele
canto solene, bronco e poderoso,
era A Internacional,
a canção mais alta e sublime, a mais bela canção da classe
operária, canção criada por Eugênio Pottiers, que hoje se canta
proclamando a luta final pelo Comunismo, meta inalterável da
humanidade.
Este canto bronco
e poderoso, que é A Internacional e
a Bandeira Vermelha, que flameja desafiante ante o mundo burguês,
mergulhou no espanto e em convulsões de raiva, convertendo em
pesadelo as noites sombrias dos reacionários do Peru, do
imperialismo e do revisionismo. Em troca, tem convocado o rotundo
grito de guerra da classe operária, que com o punho erguido marcha
incontivelmente para sua meta final, o comunismo.
Creio sinceramente, que nossa
inquietude pela Bandeira Vermelha e pelo canto bronco
e poderoso do gringo Jack e seu
ajudante, foram solucionadas.
Entramos definitivamente no
estudo de Marx, Lenin e do Presidente Mao Tsetung, conhecemos
Mariátegui… e tivemos no Peru o Presidente Gonzalo.
Camarada, como
organizam o estudo em Vizcatán e quais outros livros a impressionou?
Por nossa obrigação de
comunistas, estudamos livros de Marx, Engels, Lenin, Stalin, Mao
Tsetung, José Carlos Mariátegui e outros documentos partidários.
Nossa vida é um combater constante. Queríamos nos dedicar mais ao
estudo, mas o tempo é curto e a nossa guerrilha é de alta
mobilidade. Contudo, há tempo para ler. Assim
se Temperou o Aço de Nikolai
Ostrovski é outro livro recomendável para os jovens proletários.
Nós também temos muitos camaradas ao estilo de Pavel Korchaguin,
valente até o sacrifício, íntegro e disciplinado no cumprimento do
dever. Se nossa bandeira é vermelha, está encharcada com o sangue
daqueles que o oferendaram e seguiram oferendando, para seguir
sustentando-a… e o nosso irá unir-se um pouquinho mais para
mantê-la sempre viva, sempre ardendo, sempre luminosa.
Neste combate sem igual para
alcançar um novo mundo, foi visto a partida de meus camaradas para a
batalha, com o entusiasmo de sempre; se algum não voltava era que,
como sempre o havia feito, deu seu compromisso de combater, já
pertencia à história. Então, nos reuníamos em uma cerimônia
solene e reafirmávamos nosso compromisso de nos bater até a última
gota de sangue e dar a vida pelo Partido e pela revolução. Como já
demonstramos e estamos demonstrando reiteradas vezes e quantas vezes
forem necessárias. Todo nosso contingente, em massa, faz ouvir seu
rotundo grito de guerra: “Glória e Honra aos Heróis do Povo”,
“Viva a Revolução”. Apenas em uma oportunidade senti o espasmo
da forca em meu pescoço, em Tsomaveni, nas mãos do inimigo. Apenas
a coragem e a decisão mudaram este episódio fatal. Então,
claramente recordei o corpo balançando de Valia Bruszhak, de Rosa
Gritsman… Marcharia eu para o cadafalso, cantando como fizeram
elas? Sim, eu o faria. Mas lembre-se, uma coisa são as palavras e
outra os atos. Atreva-se e os problemas serão resolvidos. Este livro
vai também comigo, levantando a moral e dando coragem e otimismo.
Muitos intelectuais
têm vertido diferentes opiniões acerca da subversão no Peru. O que
pensa deles?
No Peru, através de
diferentes jornais, revistas, rádio e televisão, diferentes pessoas
vêm se expressando. Por seus frutos os conhecereis. Alguns o fazem
com muita raiva contra o Partido e a Revolução. Eles estão em sua
razão, são defensores da ordem estabelecida. Tem que defender a
pele, do contrário onde se adeririam? Para eles o Peru está
composto pelos grandes banqueiros, pelos grandes latifundiários,
pelos grandes burgueses e todo tipo de sanguessugas que chupam o
sangue do povo. Consideram-se grandes defensores e até
representantes do povo. Claro que os querem, senão, de onde sai a
mais-valia, o lucro dos ricos. Os intelectuais burgueses demonstram
sua pobreza espiritual defendendo o sistema que parasitam, motivo
pelo qual detestam tudo o que concerne à transformação profunda de
uma sociedade e, sobretudo, quando se faz isso através de uma
revolução, através da luta armada. Por exemplo, aquele senhor que
expressa em seu próprio rosto a aberração, a aflição e a miséria
da classe burguesa, autor dessa babélica e bastarda publicação que
se chama Profetas do Ódio,
que sem remorso e com a maior desfaçatez de um parasita do sistema,
depois de tantas imagens absurdas e sem sentido, referindo-se ao
Presidente Gonzalo, afirma: “…
Desta perspectiva, haveria que condenar nos mais duros termos a estas
pessoas, pois é imenso o dano que fizeram à sociedade peruana…
Não há pessoa que tenha produzido mais mortes e sofrimento na
história peruana recente…”
Quando este tolo se refere à sociedade peruana, está nos falando da
sociedade peruana como sistema, esta sociedade é a dos grandes
latifundiários, dos grandes banqueiros, da grande burguesia em suas
duas frações: compradora e burocrática; é a voz do imperialismo
norte-americano principalmente.
Aqui cabe perguntar-se: Não é
este estado reacionário do Peru o que prega a paz dos mortos de
fome? No mundo, três quartos da humanidade estão submetidos à
fome, na miséria, por culpa do sistema imperialista. No Peru, por
culpa do único sistema predominante, morrem anualmente 60 mil
crianças antes de completar um ano, isto segundo dados dos jornais
de Lima. Podemos comparar os mortos oficialmente informados, na
guerra entre revolução e contrarrevolução? Os mortos na guerra,
em algo mais de vinte anos, não superam a morte de crianças por
inanição; sendo inclusive, que a imensa maioria dos mortos é
consequência do genocídio ao qual foi submetido o povo peruano por
obra das forças armadas e policiais. Este desalmado autor de
Profetas do Ódio
diz: “… pois é imenso o dano que
fizeram à sociedade peruana…”.
Sinceramente respondam a estas perguntas: Quem
destrói as forças produtivas de uma nação em formação como a
nossa? Quem proíbe ao campesinato trabalhar a terra com instrumentos
descartados pela história há séculos? Quem espreme o proletariado
até sugar-lhe o sangue por um salário miserável? Quem gera
desemprego, aumento do custo de vida, péssimas condições de
trabalho? Quem engendra a crise que mói o povo e varre a pequena e
média propriedade? Quem dilapida nossas riquezas, por pagamentos
irrisórios depredando o mar, afundando o campo, fechando minas,
empobrecendo florestas, afogando cidades na miséria? Quem afoga a
nação em dívidas descomunais, subjugando-nos mais?
A resposta é: o estado peruano, dos latifundiários, dos grandes
banqueiros, da grande burguesia em suas duas frações: compradora e
burocrática, lacaio do imperialismo norte-americano principalmente.
A esta sociedade não apenas basta causar-lhe
dano, tem que ser defenestrada,
varrida, demolida, desaparecida. E sobre suas cinzas, sobre seus
escombros, construir a vigorosa, a primaveril, a imarcescível
República Popular do Peru, uma República de Operários e Camponeses
e, finalmente, uma sociedade sem ricos nem pobres, uma sociedade de
eterna harmonia, o Comunismo.
Sobre as mortes
e o sofrimento:
temos demonstrado à saciedade que, fiéis às nossas convicções,
damos a vida por nosso ideal, que é a sociedade sem classes, é o
preço que pagamos sem nenhuma vacilação. O que está feito, está
feito. Somos combatentes da classe. Mas o sistema atual, a sociedade
que este parasita defende, uma vez mais, acaso não tem submetido o
povo peruano à mais espantosa miséria, desnutrição, fome,
crianças que morrem antes de completar dois anos, inclusive
assassinadas no ventre da mãe, genocídio, repressão brutal,
torturas, desaparecimentos forçados, valas comuns, campos de
concentração, etc. Tudo isso obra deste sistema, desta sociedade.
E, claro que isto temos que varrer como nos corresponde, em toda a
terra. Em consequência, Profetas do
Ódio, não passa de uma homenagem à
vulgaridade, à estupidez e à soberba.
Esclareça-nos um
pouco o conceito de Revolução que tem o Partido Comunista do Peru.
Nos remetemos aos documentos
partidários e à teoria e à ação dos mestres da classe operária:
Marx, Engels, Lênin, Stalin, Mao Tsetung e, claro, José Carlos
Mariátegui, Porém, com a paciência que nos caracteriza e como
parte de nosso dever de organizar e educar, queríamos recordar-lhes
o conceito de REVOLUÇÃO:
“A revolução não é
uma idílica apoteose de anjos do Renascimento, mas uma tremenda e
dolorosa batalha de uma classe para criar uma nova ordem. Nenhuma
revolução, nem a do cristianismo, nem da Reforma, nem da burguesia,
foram cumpridas sem tragédia. A revolução socialista, que move os
homens ao combate sem promessas extraterrenas, que solicita deles uma
entrega extrema e incondicional, não pode ser uma exceção nesta
inexorável lei da história. Ainda não foi inventada a revolução
anestésica, paradisíaca, e é indispensável afirmar que o homem
não alcançará nunca o topo de sua nova criação, senão através
de difícil e penoso esforço, no qual a dor e a alegria se igualarão
em intensidade.” A ALMA MATINAL,
José Carlos Mariátegui.
“… fazer a revolução
não é oferecer um banquete, nem escrever uma obra, nem pintar um
quadro ou fazer um bordado; não pode ser tão elegante, tão
tranquila e delicada, tão suave, amável e cortês, moderada e
magnânima. Uma revolução é uma insurreição, é um ato de
violência através do qual uma classe derrota a outra.”
OBRA ESCOLHIDAS, Mao Tsetung.
“REVOLUÇÃO s.f. (lat.
Revolitio, -onis) Mudança brusca
e violenta na estrutura social ou política de um estado, geralmente
de origem popular: a revolução
de 1868. 2. Fig. Mudança total e radical, transformação completa…”
LAROUSSE, Dicionário enciclopédico. 2003.
O dicionário LAROUSSE afirma
muito claramente: mudança brusca e
violenta na estrutura sociopolítica de um estado… atenção!
… geralmente de origem popular.
Claro, apenas o povo faz a
revolução, é o interessado direto. Por que LAROUSSE diz
geralmente?
Porque crê que os arrotos da burguesia sobre revolução são também
uma mudança profunda, como o chamou o governo de Velasco Alvarado.
Como muitos outros se ufanam ao pronunciar a palavra revolução. O
que a burguesia faz é reajustar seu regime de exploração quando se
vê ameaçada. Porém, este ato das classes dominantes de
reajustar-se e manter-se no poder, não é mais que palavrório. A
burguesia chegou à sua última e superior etapa, o imperialismo;
debate-se em meio a uma grande crise, de modo que chegou a hora de
sepultá-la, o que só pode ser feito através da guerra popular
dirigida pelo Partido Comunista. O imperialismo tem que ser destruído
cabal e completamente. A razão reside em que é um sistema de
opressão e exploração, portanto, convoca inevitavelmente a A
Rebelião se Justifica, à luta de
classes e à Revolução.
Aos intelectuais do Peru, lhes
dizemos: reordenem sua maneira de pensar e ponham na ordem do dia a
palavra REVOLUÇÃO. As limitações de classe que se tenham não
podem ser obstáculo para serem cúmplices da ignorância e da
pobreza espiritual que as classes dominantes ostentam. Não podemos
seguir sendo intelectuais de panteão; ponhamos em movimento o nosso
pensamento. Ao fim e ao cabo, não é simplesmente reordenar o
pensamento, é questão de posição de classe. Se tomo posição
pelo povo, logo, a partir daí, vou combater. Recordem que os
reacionários nunca deixarão seu cutelo de carniceiro, até sua
ruína final.
O renomado historiador Jorge
Basadre, em seu livro chamado Peru:
Problema e possibilidade, em seu
comentário referente ao Socialismo, afirma com plena segurança: “…
Demorará, sofrerá derrotas e traições, será ou não precedido
por estágios prévios; porém, o socialismo virá… Com o
socialismo deve culminar o árduo processo de formação histórica
do Peru. Dentro dele, vinculado mais que nunca ao continente e à
humanidade, o Peru deve encontrar sua realidade e sua solução.”
Ao nos manifestar sobre os denominados estágios
prévios ao socialismo, o doutor
Jorge Basadre refere-se à Revolução Democrática, ou Revolução
de Nova Democracia, ao estilo do Presidente Mao Tsetung. Este estágio
prévio ao socialismo no Peru já foi
instaurado pela Revolução Chinesa e está claramente sustentado nos
Princípios Programáticos do Partido Socialista, estampada nas
páginas de Ideologia e Política,
de José Carlos Mariátegui. No Peru, iniciou-se a construção deste
estágio prévio
ao Socialismo, a partir do ano de 1980. E se formos um pouco além,
desde a fundação do Partido da classe trabalhadora. Este grandioso
processo da história do Peru será concluído com a instauração da
República Popular do Peru: primeiro, de Nova Democracia, logo de
maneira ininterrupta à construção do Socialismo e, em seguida,
sucessivas Revoluções Culturais para manter a Ditadura do
Proletariado, para manter o rumo e prevenir a restauração
capitalista, finalmente o Comunismo, o Reino da eterna harmonia. Uma
sociedade sem classes, sem exploradores nem explorados. A humanidade
do Trabalho. A esta imarcescível meta que é o Comunismo se chegará
através da guerra popular, dirigida por Partidos Comunistas e com
ideologia Marxista-Leninista-Maoista, principalmente Maoista, nos
países de toda a terra. Além de tudo, cabe estudar o que o doutor
Basadre manifestou: “Somente aqueles
que se deleitam com o passado, ignoram que o Peru, o verdadeiro Peru,
é ainda um problema. Aqueles que caem na amargura, no pessimismo,
ignoram que o Peru é ainda uma possibilidade. O problema é um
efeito e, por desgraça o Peru, mas também felizmente, é uma
possibilidade”. Levantemos o olhar
para o que ocorre nos Andes do Peru e já se vislumbra o futuro
nascimento da República Popular do Peru.
Desde o ano de 1990 vem
circulando um livro denominado Em que
Momento o Peru se Ferrou, promovido
pela Editora Milla Batres. É sumamente importante a opinião de
diferentes personagens, por certo muito renomados. Desde os mais
raivosos contra o Partido e a Revolução, chegando a intelectuais
que simplesmente se esquivam de sua responsabilidade, desviando sua
atenção e escondendo-se atrás do suposto paraíso de nosso passado
histórico, por exemplo, o Tahuantinsuyo. Realizam brilhantes
afirmações e análises do passado glorioso e da crise atual, porém,
concentrando suas esperanças na denominada democracia.
Que surja algum gênio com sua varinha mágica para mudar, ao que
parece, a corrupção, a exploração, o roubo descarado dos cofres
do estado, etc. Mas também neste livro temos a lucidez e a opinião
sensata de um intelectual muito prestigiado como o mestre Washington
Delgado. Uma análise fundamentada do processo de desenvolvimento da
sociedade peruana; é certo que discordamos dele em várias de suas
informações, porém agradecemos seus escritos. O mestre afirma: …
A simpatia, a admiração, o ódio ou o medo não permitem um
julgamento sereno, imparcial, objetivo do Sendero Luminoso”.
Com o respeito que o mestre
Washington Delgado merece, permita-nos dizer que a denominação
exata de quem dirige a guerra popular é Partido Comunista do Peru,
Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo. E sobre a denominada
imparcialidade,
apenas cabe afirmar que no Peru há duas correntes, partes ou
concorrentes, claramente definidos: o estado reacionário do Peru,
que teve seu nascimento em 1821, por uma parte; e por outra, o Povo
Peruano, camponeses, operários, pequena burguesia, e inclusive a
burguesia nacional, dirigido pelo Partido Comunista do Peru, que
pugnam para instaurar a República Popular do Peru. Sobre a
denominada esquerda legal,
apenas cabe afirmar que, de uma ou outra maneira, está à reboque
dos governos de turno, recebendo migalhas e unindo-se para oprimir e
explorar o povo peruano, a exemplo do pátria vermelha, sem dúvida.
Creio que os parágrafos
finais deste comentário são extremamente sensatos para a reflexão
dos raivosos defensores da ordem. O mestre Washington Delgado
conclui: “… À luz desta análise
resulta claro que, as classes dirigentes e os partidos políticos
governantes do Peru não souberam enfocar adequadamente o fenômeno
do Sendero Luminoso e limitaram-se a buscar uma solução militar,
quer dizer, seguiram a mesma conduta do visitador Areche e do governo
vice-reinal. Evidentemente, a história não ensinou nada. O Sendero
Luminoso não é uma enfermidade do Peru, é o sintoma de uma
enfermidade. A raiz de sua
violência está na atroz pauperização das províncias e do campo.
Essa é a enfermidade que se deve remediar.”
… A mesma conduta do
visitador Areche e do governo vice-reinal… recordem-se
do massacre de Cayara, Accomarca, Uchuraccay, Llocllapampa,
Bellavista, Huancaraylla, Pomatambo, Pucayacu, Putis, Remillapata,
Barrios Altos, La Cantuta, El Erontón, Lurigancho, Santa Bárbara,
Canto Grande, dos campos de concentração de Asquipata, Totos,
Castropampa, Pichari, Pampa Cangallo, dos Cabitos. Apenas para
mencionar alguns.
Nosso comentário: o estado
vice-reinal representado pelo Vice-Rei Jáuregui, o visitador Areche,
o ouvidor De La Mata Linares, o bispo Moscoso, exerceu um genocídio
bárbaro contra os chamados índios
rebeldes. Finalmente não
prevaleceram, pois o estado vice-reinal foi sepultado em meio a
incessantes lutas, à custa da vida e do sangue dos índios, para dar
nascimento a um novo estado, novo em seu tempo, o qual conhecemos
como República Peruana, de corte demo-liberal. Esta república, em
quase 200 anos, é a que chegou à sua parte final, debatendo-se em
meio à crise generalizada.
O Marxismo-Leninismo-Maoismo,
Pensamento Gonzalo, nos ensina que o parto sangrento da revolução
é, no fim das contas, muito menos doloroso que o sofrimento crônico
na velha sociedade. Queremos recordar-lhes: corrupção generalizada,
crianças que morrem de fome antes de completar dois anos, altos
impostos, salários miseráveis, escassez de alimentos, delinquência,
prostituição, narcotráfico nas altas esferas da sociedade peruana,
saqueio de nossas riquezas pelo imperialismo, desaparições,
genocídio, tortura, campos de concentração, etc.
Vamos esclarecer um pouco. O
alemão Rudolf Kjellen, mentor da Geopolítica, que como tal surge no
ano de 1916, ou seja, na Primeira Guerra Mundial, publicou seu livro
O Estado com Forma de Vida,
no qual sustenta que “o estado é um
organismo biológico… que nasce, cresce e morre em meio a
permanentes lutas”. Isso entre
outras tantas coisas. No mérito desta afirmação podemos concluir:
Onde ficaram os estados escravagistas de Grécia e Roma? A resposta é
feneceram e pertencem ao museu da
história. Onde estão os estados
feudais da Europa, por exemplo, o de Luís XVI? Igualmente no
sepulcro dos trastes velhos da história, como resíduos da
sociedade. Muitos estados que são injustos, que são exploradores,
se afundaram em meio a irremediáveis contradições, para dar
passagem a um novo. E mais, onde está o estado inca chamado
Tahuantinsuyo? Sepultado. Apenas ficam suas construções que foram
para o museu da história. Alguns ainda sonham em reviver este
cadáver. São sonhos vãos. As rodas da história não marcham para
trás. Onde está o outrora poderoso e extenso estado do
vice-reinado? Todos conhecemos. As guerras da independência, cuja
parte final foram as batalhas de Junín e Ayacucho, lhe deram
sepultura. Porém, na atualidade, principalmente os governos de
turno, todos os imperialistas, o imperialismo norte-americano
principalmente, os revisionistas e seus comparsas clamam e gritam até
perder a voz na garganta: esta
democracia é eterna e nada poderá mudar tamanha maravilha”.
Que razões têm? Nenhuma. Simplesmente, seu fim está próximo. Sua
sepultura está cavada, que eles próprios a cavaram e também
criaram seus coveiros.
As revoluções sociais, nas
distintas etapas da história da humanidade, são historicamente
inevitáveis e são dirigidas por leis objetivas independentes da
vontade do homem. A história demonstrou, em reiteradas
oportunidades, de forma confiável, que não houve nenhuma revolução
que tenha chegado ao triunfo sem ter percorrido um caminho por demais
tortuoso, difícil e sem sacrifício. O nosso não podia ser uma
exceção. O sacrifício sempre esteve presente. Na revolução dos
escravos; na revolução dos servos; nas revoluções burguesas; nas
revoluções nacionais. E, com maior razão, na última batalha em
que a classe operária luta para instaurar a nova democracia, o
socialismo e uma sociedade sem classes: O Comunismo. O exposto pelo
Presidente Mao Tsetung tem validez universal:
“Que diferentes são a
lógica do imperialismo e a do povo!”
“Provocar distúrbios,
fracassar, provocar distúrbios de novo, fracassar de novo, e assim
até a ruína: esta é a lógica dos imperialistas e de todo os
reacionários do mundo frente à causa do povo, e eles não marcharão
nunca contra esta lógica. Esta é uma lei marxista.”
“Lutar, fracassar, lutar
de novo, fracassar de novo, voltar a lutar e assim até a vitória:
esta é a lógica do povo, que tampouco jamais marchará contra ela.
Esta é outra lei marxista.” MAO
TSETUNG. OBRAS ESCOLHIDAS. TOMO IV.
Somente queremos
advertir-lhes: o estado atual tampouco prevalecerá. Seguramente será
instaurada a República Popular do Peru e chegaremos ao reino da
eterna harmonia, o Comunismo. Além disso, tempo a tempo…
Entretanto, lutar, combater,
resistir. É bom recordar o que o Partido tem sempre presente: nosso
centro é combater. Nossa base é o proletariado e o povo. Nosso
caminho é a guerra popular. Nosso objetivo é a República Popular
do Peru. Nossa ideologia é o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento
Gonzalo. Nossa meta final é a Revolução Proletária Mundial e o
Comunismo.
Camarada, há alguma
data especial celebrada pelo Partido?
Claro, podemos mencionar
algumas: O Primeiro de Maio, Dia Internacional da Classe
Trabalhadora, pelos acontecimentos em Chicago, pelo sangue derramado
pelos operários e a conquista da jornada de trabalho de oito horas.
O 17 de Maio, início da luta armada no Peru, que é o ILA-80. O 14
de junho, dia do nascimento de José Carlos Mariátegui. O 19 de
Junho, Dia da Heroicidade, em homenagem aos mártires de Frontón,
Lurigancho e Santa Bárbara, Chorrillos. O 4 de Outubro, Dia do
Prisioneiro de Guerra. O 7 de Outubro, dia da fundação do Partido
Comunista do Peru. O 3 de dezembro, dia do nascimento do Presidente
Gonzalo e Dia do Exército Popular de Libertação. O 26 de dezembro,
dia do nascimento do Presidente Mao Tsetung, por ser o mais alto cume
da ideologia do proletariado, o Maoismo.
Queremos alguma
impressão sua sobre o doutor Abimael Guzmán Reynoso e Augusta La
Torre Carrasco.
O Doutor Abimael Guzmán
Reynoso, Presidente Gonzalo, nascido em 3 de dezembro do ano de 1934,
em Mollendo, Islay. Em seus anos juvenis foi impactado pela ardente
luta de classes em sua província natal Arequipa e pelos
acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. De maneira franca e
consciente, buscou sua militância partidária até consegui-la.
Tenaz e consequente na luta contra o revisionismo, lhe coube a
oportunidade de combater o revisionismo de Khruschov a nível
internacional e o revisionismo de Jorge Del Prado até expulsá-lo na
IV Conferência de janeiro de 1964. Assumiu a Reconstituição do
Partido Comunista do Peru, até então lastrado por uma linha
eleitoreira e capitulacionista. Suas apresentações de
Reconstituição do Partido e criação
da força armada tornaram-se
realidade; previamente travou árdua batalha com linhas contrárias
ao Marxismo como o foram o oportunismo de pátria vermelha que negava
a situação revolucionária e negava ao Presidente Mao Tsetung e se
converteram em adoradores de Teng Siao Ping; contra o liquidacionismo
de Saturnino Paredes e o liquidacionismo de esquerda que fora Sergio
e seu autodenominado grupo “bolchevique”, e no IX Plenário lutou
contra a linha oportunista de direita que se negava a iniciar a luta
armada. O Presidente Gonzalo, lutou incansavelmente pela
Reconstituição do Partido como Partido de novo tipo,
Marxista-Leninista-Pensamento Mao Tsetung, como se denominava naquele
momento. O dotou de uma linha ideológica e política justa e correta
e no crisol da luta de classes forjou o contingente histórico que
assumiu o início da luta armada, ILA-80. Lutou impiedosamente até
culminar a Reconstituição, como Mestre dos Comunistas, continuador
e herdeiro de Marx, Engels, Lenin, Stalin, Mao Tsetung e José Carlos
Mariátegui, guiou o Partido, passo a passo, pelo difícil mas
glorioso caminho de cercar as cidades a partir do campo, para
construir um Estado de Nova Democracia. O mais grandioso, como
expressão mais alta do desenvolvimento da matéria, plasmou o
Histórico I Congresso, Congresso Marxista-Leninista-Maoista,
Pensamento Gonzalo, que fixou o caminho a seguir até o triunfo da
classe. Para o proletariado internacional, proclamou o Maoismo como
Terceira, Nova e Superior etapa do Marxismo, evoluindo a ideologia do
proletariado para o Marxismo-Leninismo-Maoismo. Na estremecedora e
ardente luta de classes e dirigindo a guerra popular no Peru, a
ideologia foi elevada à Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento
Gonzalo, chave para o desenvolvimento da Revolução Proletária
Mundial e no Peru para conquistar o poder. A guerra popular arde
vitoriosa nos Andes do Peru, fogo inextinguível que nos guiará até
o sempre resplandecente e redivivo Comunismo. O Presidente Gonzalo (e
perdoem que seja muito reiterativa), há que dizê-lo tantas vezes
quanto sejam necessárias, é o continuador e herdeiro de Marx,
Engels, Lenin, Stalin, Mao Tsetung e José Carlos Mariátegui. Grande
militante e combatente comunista, seu pensamento e sua obra são
imperecíveis. Homem extraordinário cuja vida palpita até o fim,
com a luz imarcescível do Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento
Gonzalo, com a onipotente força criadora das massas. Em homenagem à
sua total e cabal dedicação à Revolução, o 3 de dezembro, data
de nascimento do Presidente Gonzalo, é o dia do Exército Popular de
Libertação e como tal já resplandece na história.
Sobre a camarada Norah, o
Partido declarou: a maior heroína do Partido e da Revolução!
Exemplo de dar a vida, consequente antirrevisionista, Companheira,
camarada e esposa do Presidente Gonzalo.
Um momento! Vocês querem uma
opinião documentada do Partido acerca do doutor Abimael Guzmán
Reynoso… esta é nossa apreciação acerca do Presidente Gonzalo,
Chefatura do Partido e da Revolução, o maior
Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo, vivente sobre a
terra; também acerca da camarada Norah. (Extrai um caderno de seu
bolso e lê:)
O I Congresso do Partido
Comunista do Peru, Congresso Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento
Gonzalo, declarou à camarada Norah: A MAIOR HEROÍNA DO PARTIDO E DA
REVOLUÇÃO! Motivo pelo qual emitiu o seguinte:
RESOLUÇÃO ESPECIAL
HONRA E GLÓRIA À CAMARADA
NORAH
O PRIMEIRO CONGRESSO RENDE
PROFUNDA E SOLENE HOMENAGEM À CAMARADA NORAH, MEMBRO DA FRAÇÃO
VERMELHA E PROVADA COMUNISTA, GRANDE DIRIGENTE E EXEMPLO IMPERECÍVEL
DE DAR A VIDA PELO PARTIDO E PELA REVOLUÇÃO, INCANSÁVEL COMBATENTE
MARXISTA-LENINISTA-MAOISTA, PENSAMENTO GONZALO, FIRME E CONSEQUENTE
ANTIRREVISIONISTA, A MAIOR HEROÍNA DO PARTIDO.
O CONGRESSO A CONDECORA COM A
ORDEM DA FOICE E DO MARTELO, A MAIS ALTA DISTINÇÃO PARTIDÁRIA, E
DECIDE QUE NO FUTURO MONUMENTO AOS HERÓIS DO POVO, SE LHE ENCONTRE
EM LUGAR ESPECIAL E DE MAIOR PREFERENCIA.
PRIMEIRO CONGRESSO DO PARTIDO
COMUNISTA DO PERU.
Peru, 29 de junho de 1980.
HONRA E GLÓRIA À CAMARADA
NORAH!
FIRME
MARXISTA-LENINISTA-MAOISTA, PENSAMENTO GONZALO E ANTIRREVISIONISTA,
FUNDADORA DA FRAÇÃO VERMELHA E GRANDE DIRIGENTE HISTÓRICA, EXEMPLO
DE DAR A VIDA PELO PARTIDO E PELA REVOLUÇÃO; FILHA DO POVO E DO
PROLETARIADO INTERNACIONAL. FLAMEJANTE BANDEIRA VERMELHA DESAFIANTE
CONTRA O VENTO.
A MAIOR HEROÍNA DO PARTIDO E
DA REVOLUÇÃO!
GONZALO.
Peru, 8 de março de 1991.
“O Presidente Gonzalo, o
maior homem da presente época, chefatura do Partido e da Revolução.
O povo peruano, nos gloriosos anos de combate e vitórias, marcha
incontidamente para a conquista do poder em todo o país. Foram
inaugurados os Comitês Populares abertos, expressão do novo poder,
desenvolvendo a guerra de movimentos. O Presidente Gonzalo dirige
todo nosso trabalho, toda nossa luta. Perguntai-lhes: “Quem é o
Presidente Gonzalo? É a nova chefatura dos atos heroicos, mestre dos
mestres, grande entre os grandes, é a águia do nosso Partido. Olhe
para ele nestes anos da revolução triunfante, olhe para ele como
forma comunistas à sua imagem e semelhança, como forma legiões de
ferro dispostas a passar todas as tempestades. Como constrói tijolo
a tijolo o novo poder. A rebelião se justifica! O que temos? Nada. O
que queremos? Tudo. Queremos uma sociedade nova, comunista. Sem ricos
nem pobres. Uma sociedade da eterna harmonia. Assegura-o o Presidente
Gonzalo. Desfraldando, Defendendo e Aplicando o
Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo. A guerra popular no
Peru acende esperanças luminosas. Encarnar o Pensamento Gonzalo!”
CZ. Ayacucho do PCP. 1990.
Este parágrafo é parte do
manifesto de todo o Partido. Para nós, o Pensamento Gonzalo é de
primordial importância, é a aplicação do
Marxismo-Leninismo-Maoismo, principalmente Maoismo para a revolução
nos países atrasados, semifeudais e semicoloniais como o nosso. Na
atualidade está sendo contornada, como consequência de uma linha
oportunista de direita, disfarçada de esquerda, que é a direção
atual. Porém, como podemos explicar sua atitude de: negar o I
Congresso Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo; designar a
ação de Lucanamarca como “terrorista”. Qual a diferença de
opinião dos oportunistas e do governo reacionário do Peru sobre
Lucanamarca? Nenhuma. Pode haver tanta coincidência? Obviamente se
trata de uma linha perniciosa que talha a revolução. Louvar o
governo reacionário de Hugo Chávez na Venezuela, Evo Morales na
Bolívia, louvar o governo de Fidel Castro com o argumento de que
“estão, de alguma maneira, a
caminho do socialismo”, renegar o
Maoismo, supostamente “por não
construir a IV Internacional”,
suspirar por Che Guevara, o foquismo já derrotado, ao atribuir
patentes militares aos combatentes do EPL, o comandantismo, em seu
obscuro intento de construir um exército com linha militar burguesa,
“todo exército no mundo está
conformado por varões… as mulheres são complemento”.
O pedir a morte do Presidente Gonzalo, que seria um genocídio
gigantesco, uma ardilosa punhalada contra a classe trabalhadora.
Todos estes problemas serão resolvidos em dura luta de duas linhas,
em meio à tormenta da revolução, como já a estamos desenvolvendo.
Muitos intelectuais
têm opinado acerca do Presidente Gonzalo, alguns inclusive contra e
de maneira condenatória, O que você diz sobre isso?
Assim como há intelectuais
burgueses… reacionários, também há intelectuais muito lúcidos,
dignos de chamá-los, homens de ampla imaginação, capazes de
compreender e apreender o momento histórico que se vive e dar o
lugar que corresponde ao doutor Abimael Guzmán Reynoso, Chefatura da
Revolução e Presidente do Partido Comunista do Peru. O povo
peruano, o proletariado internacional, já deram sua opinião. A
história, juiz irrecusável, também já deu seu veredito e nas
páginas de nossa história o Presidente Gonzalo é o homem mais
esclarecido sobre a Grande Marcha, sobre a Revolução peruana, e seu
nome estará estampado junto ao de Marx, Engels, Lenin, Stalin, Mao
Tsetung e José Carlos Mariátegui. A voz do doutor Abimael Guzmán
Reynoso: “Desfraldar, Defender e Aplicar o
Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo”, “Lutar para que
o Maoismo seja mando e guia da Revolução Proletária Mundial” e
“Viva o Maoismo”, é para nós o grito de combate da classe
trabalhadora e dos povos do mundo, para acabar com a escravidão
sobre a terra.
Nestas circunstâncias cabe
afirmar, uma produção intelectual digna de apreciação, A
Geração de 50: Um mundo dividido, do
mestre literato Miguel Gutiérrez,
em cujas páginas sensatas e brilhantes afirma: “…
Abimael Guzmán seria um caso único entre os intelectuais
revolucionários que acede ao marxismo, não por razões éticas,
como busca existencial ou como terapia catártica para conjurar
certas obsessões, porém pela via racional, após lutar ardente
contenda em seu espírito entre o idealismo e o materialismo… O que
mais se pode dizer de Abimael Guzmán? Sua diferença frente à forma
barata pela qual se perdem tanto intelectuais, e uma vida austera,
muito austera, todo este comportamento, toda esta atitude, configura
um intelectual diferente, de novo tipo, abrasado por uma única e
absoluta paixão – chama, fogo, fogueira, lume – combustionada
pelo desenvolvimento crítico e radical do pensamento. Abimael Guzmán
e o camarada Gonzalo são a mesma pessoa, então quem vem dirigindo
este grande momento histórico é um homem de inteligência superior,
de vontade e disciplina inquebrantáveis, e que se os militantes
aceitam sua liderança não o fazem por imposição autoritária, mas
pela correção de seu pensamento e pela coerência entre o ser e o
pensar”. O Presidente Gonzalo é
filho do Partido e da Revolução. Uma vida dedicada total e
cabalmente ao Partido e à Revolução. Somente cabe reiterar:
Obrigado Presidente, teu alento, tua vida e tua obra palpitam em nós
imarcescível e imperecivelmente.
O doutor Miguel
Ángel Rodriguez Rivas,
conferencista do Centro de Altos Estudos Militares, CAEM, afirmou:
“Foi um dos melhores estudantes de
uma época caracterizada por haver brilhantes, Abimael era um teórico
do mais alto nível. Arequipa tem sido pobre em muitas coisas, menos
em produzir homens. Guzmán é um deles. Creio que, no Peru, seu
nível está ao lado de Mariátegui”.
O doutor Luis
Guillermo Lumbreras, autor de As
Origens da Civilização, mestre
catedrático na Universidade de Huamanga naquela época, guarda a
seguinte recordação: “Um homem
brilhante, um grande debatedor, possuidor de retórica precisa,
falada em frases curtas, que sempre continham algo específico. Como
professor era brilhante, como expositor excelente, não só
escrevendo, falando era fluído e sumamente rigoroso, era muito
disciplinado e ordenado, de pouca inclinação ao ócio, buscava
sempre o que fazer e falava sobre o que se deveria fazer”.
O doutor Efraín
Morote Best, reitor da
Universidade Nacional San Cristóbal de Huamanga, durante a estadia
de Abimael em Huamanga, diz: “Poucas
vezes o Peru viu um homem da inteligência e da dimensão do doutor
Guzmán. Junto a seu elevado intelecto, era uma pessoa simples, cheia
de virtudes, de ideias sólidas e convencido das mudanças
revolucionárias que se reservavam ao Peru, uma personalidade como
nenhuma outra, digna de apreço. Como homem, mostrou-se sempre
sensato e digno de apreço, como intelectual e mestre, de admiração
e respeito, tanto pela amplitude e solidez de seus conhecimentos,
como pela capacidade de aceitar postulados contrários aos seus”.
De nossa parte, obrigado doutor Morote!
Inclusive, um personagem
pitoresco, próximo ao Partido naquela época, tenaz oportunista,
eleitoreiro, cliente conhecido do parlamento peruano, adorador de sua
analogia, o sinistro e nanico Teng Siao Ping, o camarada Eco,
Rolando Peña do Patria Roja,
não pode ocultar a verdade histórica e atreveu-se a manifestar sua
opinião acerca do Presidente Gonzalo, quando disse: “Como
pessoa inteligente; culto, preparado, estudioso, hábil, com uma
grande convicção do que faz, e com tremenda capacidade para expor
temas e convencer às pessoas. Outra virtude é sua entrega ao
trabalho político e partidário”.
“A TAREFA CENTRAL E A FORMA
MAIS ALTA DE TODA REVOLUÇÃO É A TOMADA DO PODER POR MEIO DA LUTA
ARMADA, QUER DIZER, A SOLUÇÃO DO PROBLEMA POR MEIO DA GUERRA. ESTE
REVOLUCIONÁRIO PRINCÍPIO MARXISTA-LENINISTA TEM VALIDEZ UNIVERSAL,
TANTO NA CHINA COMO NOS DEMAIS PAÍSES.” – Pdte. Mao Tsetung.
“A TAREFA CENTRAL E A FORMA
MAIS ALTA DE TODA REVOLUÇÃO É A TOMADA DE PODER POR MEIO DA LUTA
ARMADA, QUER DIZER, A SOLUÇÃO DO PROBLEMA POR MEIO DA GUERRA. ESTE
REVOLUCIONÁRIO PRINCÍPIO MARXISTA-LENINISTA-MAOISTA, PENSAMENTO
GONZALO, TEM VALIDEZ UNIVERSAL, TANTO NO PERU COMO NOS DEMAIS
PAÍSES”. – C.C. do PCP. C. Laura.
Figura 4: Dr. Abimael
Guzmán Reynoso, Presidente Gonzalo, Chefatura do Partido Comunista
do Peru, Grande Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo.
|
Figura 5: Augusta La Torre
Carrasco, camarada Norah, combatente comunista, companheira e
camarada do Presidente Gonzalo. Honra e Glória!
|
Digamos algo acerca do
ocorrido em Lucanamarca e suas implicações.
Não estive naquela
oportunidade por contar com apenas dez anos de idade. De acordo com
os documentos partidários, a ação de Lucanamarca está claramente
enquadrada dentro do que, com justa razão, Lenin estabeleceu, quando
do artigo Ensinamentos da Comuna de
Paris, publicado em 23 de março de
1908, onde contundentemente afirma: “…
o proletariado jamais deve esquecer-se que, em determinadas
condições, a luta de classes adota a forma de luta armada e de
guerra civil; há momentos em que os interesses do proletariado
exigem o extermínio implacável do inimigo em combates em campo
aberto”. Os pusilânimes
intelectuais burgueses têm razão de proferir, com o fígado e com
tanta raiva, contra a ideologia do proletariado. Chegado o momento,
com mão firme deve-se empunhar a espada, para preservar, vencer,
manter e avançar
A voz do Partido e da
Revolução acerca da ação de Lucanamarca, oportuna, clara e
contundente, foi expressa pelo Presidente Gonzalo:
“A luta foi intensa,
dura, foram momentos complexos e difíceis. Frente o uso de
destacamentos e da ação militar reacionária respondemos
contundentemente com uma ação: Lucanamarca. Nem eles nem nós a
esquecemos, claro, porque ali viram uma resposta que não imaginavam,
ali foram aniquilados mais de 80, isso é o real, e afirmamos que ali
houve excesso, como foi analisado no ano de 1983, mas tudo na vida
possui dois aspectos: nosso problema era um golpe contundente para
derrotá-los, para fazê-los compreender que a coisa não era tão
fácil; em algumas ocasiões, como essa, foi a própria Direção
Central que planejou a ação e dispôs as coisas, assim tem sido.
Ali o principal é que lhes demos um golpe contundente e os
derrotamos e entenderam que estavam com outro tipo de combatentes do
povo, que não éramos os que eles antes haviam combatido; isso é o
que aprenderam; o excesso é o aspecto negativo. Entendendo a guerra
e baseando-nos no que diz Lenin, tendo em conta Clausewitz, a massa
na guerra pode exceder e expressar todo seu ódio, o profundo
sentimento de ódio de classe, de repúdio, de condenação que tem,
essa é a raiz; isto foi explicado por Lenin, bem claramente
explicado. Pode-se cometer excessos, o problema é chegar até um
ponto e não ultrapassá-lo porque se o ultrapassa se desvia… se
vamos dar às massas um conjunto de restrições, exigências e
proibições, no fundo não queremos que as águas transbordem, que a
avalanche de terra entre, seguros de que quando entra arrasa, mas
logo volta a seu canal.”
Então, entendamos as coisas
tal como foram: a ação de Lucanamarca foi uma resposta clara e
contundente à nefasta política de massas contra massas que as
forças armadas reacionárias têm utilizado, o fazer guerrear
nativos contra nativos. Sempre os opressores, através da história,
têm empregado uma parte das massas para, amparando-se nela,
sustentar seu velho aparato. Comprova-se: durante a invasão
espanhola ao Tahuantinsuyo, milhares de índios auxiliares:
Guatemalas, Nicaraguas, Huancas, Chachas, Cañaris e uma parte dos
próprios Cuzcos, a mando de Paullo, lutaram ao lado dos espanhóis
para exterminar Tahuantinsuyo. Durante a rebelião de Túpac Amaru,
os batalhões realistas estavam conformados, majoritariamente, por
índios. Um batalhão realista era, praticamente, um batalhão de
índios em marcha. Vejamos o que diz o historiador Daniel Valcárcel:
“Como base para a
ofensiva, os chefes
realistas, paradoxalmente,
contam com abundante elemento
indígena, dirigido por
caciques inconsequentes e traidores como Pumacachua, Rosas, Sinanyuca
ou Choquehuanca. Sobre um total de 17.000 homens armados contaram-se
pouco mais de 14.000 índios fiéis, que
lutaram de maneira raivosa contra seus irmãos, os índios rebeldes.
E os espanhóis encorajaram por todos os meios esta divisão, que
tanto acomoda seus interesses”. Rebeliões
Indígenas. DANIEL VALCÁRCEL.
Estes índios
fiéis aos realistas lutavam de
maneira raivosa contra seus irmãos, os índios rebeldes.
E a atitude dos espanhóis foi a de encorajar por todos os meios,
porque favorece seus interesses de manterem-se no poder para seguirem
explorando. Como na atualidade, os sucessivos governos de turno no
Peru têm encorajado, têm formado grupos armados chamados Comitê de
Autodefesa – CAD, grupos seletos para aniquilamento, Segurança
Cidadã, etc, a quem conhecemos como batalhões, cabeças negras, a
serviço do poder estatal reacionário e, portanto, do imperialismo
norte-americano principalmente. Os crimes, roubos, saques, violações
destes batalhões ainda ficam impunes, esperando a justiça que só o
povo triunfante poderá impor. Em Lucanamarca, os batalhões formados
por agentes secretos do estado reacionário, gamonalillos,
parasitas sem ofício conhecido, incitando a população têm
perpetrado um crime de lesa-humanidade, com premeditação e
proveito, assassinando combatentes do Exército Guerrilheiro Popular.
A resposta não se fez esperar e foi contundente. Estes denominados
camponeses
pelo governo de turno, que encorajava por todos os meios a estes
gamonalillos,
porque eram favoráveis a seus interesses, tiveram chicoteadas suas
costas com a contundente resposta do proletariado; o povo organizou
suas forças para castigar o crime que cometeram, por haverem
levantado a mão contra o Partido e a Revolução, por haverem se
levantado contra seus próprios irmãos de classe, a favor e em
defesa de um governo opressor, A história porá as coisas em seu
lugar e a ação de Lucanamarca serve e servirá para tirar lição
tanto aos revolucionários quanto aos opressores. A sociedade
contemporânea, as classes dominantes que a sustentam, se debatem em
meio a uma crise geral que a carcomeu até os tutanos. A crise não é
só econômica, mas política e ideológica. A ideologia burguesa
caducou. Não há nenhuma saída nem escapatória. Durante muitos
anos acumulou-se uma série de lastros, como a corrupção, o roubo
descarado, a opressão vil, o genocídio contra massas desarmadas, a
fome, a miséria, os enfermos de tuberculose, centenas de milhares de
crianças que morrem de fome antes de atingir os dois anos de idade,
salários miseráveis, enfim… O estado peruano converteu-se em
estábulo de Augías, onde acumulou-se uma verdadeira montanha de
excremento, uma gigantesca pilha de lixo, em quase 200 anos de vida
republicana. Para limpar toda esta imundície é preciso que haja um
Hércules que encaminhe uma torrente e não deixe pedra sobre pedra.
Em nossa pátria o estábulo de Augías é o estado reacionário do
Peru. O Partido Comunista é o Hércules que guiará a grande
torrente que é o povo peruano, que não deixará pedra sobre pedra,
até a construção do sempre resplandecente Comunismo. O
que temos? Nada. O que queremos? Tudo. Queremos uma sociedade nova,
sem ricos nem pobres, uma sociedade da eterna harmonia, o Comunismo.
O que acha do Movadef
e do livro De Punho e Letra?
… Neste dilema, surgiu um
fenômeno denominado Movimento por Anistia e Direitos Fundamentais
(Movadef) que depois de tanta ladainha lançou seu obscuro programa
contrarrevolucionário denominado De
Punho e Letra, cuja autora é Elena
Iparraguirre Revoredo, sinistra maquinadora, vil rastejante, áspide
que verte seu veneno com a ajuda de outros miseráveis
autodenominados defensores do doutor Abimael Guzmán. Eles (a
Iparraguirre) têm o direito de ir ao charco, como já estão
enlameados no lodo de uma linha oportunista de direita, capituladora
e eleitoreira. Mas não têm o direito de difamar o Presidente
Gonzalo, utilizando e manchando seu nome. Os oportunistas de direita
no Peru lançaram todo um programa contrarrevolucionário,
confabulando com o imperialismo norte-americano e o estado
reacionário do Peru, em seu vão intento de aniquilar o Partido e a
guerra popular. Este sinistro plano de aniquilamento é a reedição
vergonhosa cujas obscuras garras de Khruschov, Liu Shao-Shi e Teng
Siao Ping têm espalhado seu putrefato lodo.
De Punho e Letra,
reiteramos, não reflete o Pensamento Gonzalo, é contrário ao I
Congresso, Congresso Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo.
É contrário ao Programa. É contrário à Linha Política Geral e
seu centro, a Linha Militar Proletária e, portanto, inimigo do
Partido e da Revolução. Os oportunistas manipularam, à vontade, de
acordo com a conveniência do imperialismo norte-americano, as
palavras do Presidente Gonzalo. E que revisionismo não tem atuado
assim? A chamada Apresentação
deste livro, que leva a assinatura da ratazana Miriam, constitui todo
o espírito obscuro deste engendro, de resto é concha pura, um
envoltório para ocultar seu negro caminho de capitulação.
Analisemos, muito
sumariamente, este engendro oportunista. Na primeira parte, chamada
de Apresentação,
encontra-se toda a medula, todo o objetivo da capitulação. Todo o
resto é a obscura mania dos revisionistas de maquiar seu engendro,
de enquadrar as palavras do Presidente Gonzalo, de empregá-lo para
seus obscuros fins. Isto vê-se claramente em De
Punho e Letra.
Na Apresentação,
página 15, assinada pela ratazana Miriam, diz: “…
proposta concreta: lutar por uma solução política, lutar por
iniciar um acordo de paz e assentar bases para um II congresso”.
O grupo de oportunistas, que
fervilham em escritórios de advocacia, têm se expressado através
de muitos panfletos, expondo ao ar livre seu odor nauseante,
afirmando: “acordo de paz, solução
política para os problemas derivados da guerra, trabalho para o povo
e defesa da produção nacional, mudança estratégica, reconciliação
nacional, assentar bases para o segundo congresso”,
tudo isso é uma reedição do velho princípio burguês de
liberdade, igualdade e fraternidade, a suposta paz das baionetas para
sacrificar o Partido e a Revolução. E o chamado II Congresso, um
congresso para negar o histórico Primeiro Congresso, Congresso
Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo. Negado e abandonado o
Primeiro, aos oportunistas resta levantar sua traposa bandeira de
capitulação, de caminho obscuro de eleitoreirismo e o consequente
abandono da luta armada, e finalmente o alistamento para combater com
armas aos que foram seus companheiros. Uma capitulação vergonhosa,
uma ardilosa traição ao Partido, à Revolução Proletária Mundial
e à classe. Não o permitamos jamais!
O que nos pode dizer
sobre o acordo de paz?
Comecemos vendo este engendro
à luz do Pensamento Gonzalo:
“… há um momento no
qual se dão relações e tratamentos diplomáticos e são uma
necessidade no desenvolvimento da guerra popular… Mas deve se
partir de que nas reuniões diplomáticas só se firma na mesa o que
está referendado no campo de batalha, porque obviamente ninguém
entrega o que não perdeu, claro. Bem, alguém se perguntaria se é
chegado este momento no Peru. Não é chegado este momento, então
por que razão levantar o diálogo? O diálogo visa somente abrandar,
minar a guerra popular…”
Absolutamente claro, não é
chegado o momento de diálogo no Peru. O diálogo ou trato
diplomático como é chamado, neste momento serve para minar e isto é
exatamente o que querem os oportunistas. Seu nome não é acordo de
paz. É trato diplomático, mesa de negociações. Isto se dará na
parte final da guerra popular, com a rendição completa e cabal das
forças reacionárias. No momento só cabe combater até vencer, pois
na mesa de negociações apenas se deve referendar o que se ganhou no
campo de batalha.
É bom recordar que os
sucessivos governos reacionários do Peru, desde Belaunde, se
preocuparam em estabelecer agências de paz. Durante o governo de
García Perez, surge a chamada Comissão de Paz, cujo o cabeça
visível foi o Bispo Metzinger (quando não a igreja católica), este
engendro terminou abortado, pois nem sequer pôde-se pôr em marcha.
É também de conhecimento público que os revisionistas, agrupados,
somaram-se ao vozerio de “paz com justiça social”. Nas chamadas
marchas convocadas pelos oportunistas e pelos revisionistas, em
massa, puseram-se a discursar sobre “pacificação”. Foi Fujimori
quem promulgou um Decreto Legislativo, criando o Conselho de Paz. De
modo que este murmúrio de “paz”, “pacificação”, é parte
da guerra de baixa intensidade desenvolvida pelo imperialismo ianque,
principalmente. É com a detenção do Presidente Gonzalo, que o
lacaio servidor do imperialismo ianque passa a agitar mais
desenfreadamente o palavrório de “paz”, “pacificação”,
“rendição”, “capitulação”, ao qual somou-se em coro os
oportunistas, revisionistas, capituladores e eleitoreiros, querendo
pescar em rio revolto. Acaso não são os imperialistas ianques os
que apregoam “desarmamento”, “era de paz mundial”, enquanto
invadem povos para saquear suas riquezas em meio a um atroz
genocídio?
O proletariado tem um caminho
bem estabelecido: o da guerra popular. Em ardente luta foi gerado o
Pensamento Gonzalo que, combatendo ideias contrárias, esclareceu de
maneira reiterada, nos documentos partidários, com amplitude e
detimento, quatro questões fundamentais do
Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo: 1 – A violência
revolucionária. 2 – A Luta de Classes. 3 – O Socialismo e a
Ditadura do Proletariado. 4 – A Luta contra o revisionismo.
Uma guerra, qualquer que seja
seu caráter de classe, termina com a vitória total do vencedor. O
vencido apenas tem que aceitar sua derrota, firmar e entregar tudo o
que possui: o poder, o território, as armas, uma alta indenização
de guerra, absolutamente tudo. Vejamos alguns fatos históricos:
O Tratado de Versalhes, de 28
de junho de 1919, ao término da I Guerra Mundial. Para o vencido:
mutilação ou perda de seu território, alta indenização de guerra
e redução considerável do exército do vencido.
As Negociações de Chung
Ching, entre o Presidente Mao e Chian Kai Shek.
As Negociações de Paris, em
1973, entre Vietnã e o imperialismo norte-americano que foi
estrondosamente derrotado.
Alguns fatos ocorridos no
Peru, depois de um oferecimento de diálogo e anistia:
1- Tupac Amaru I, justiçado
pelo Vice-Rei Toledo, no Huaycapata, em 1759.
2 – Diego Cristóbal Tupac
Amaru, justiçado em Cuzco, em 19 de julho de 1783, após uma oferta
de paz. A oferta de anistia para Diego Cristóbal Tupac Amaru
provinha do Vice-Rei Jáuregui e do Marechal-de-Campo Del Valle, com
a ajuda do Bispo Moscoso e Peralta, ou seja, o estado vice-reinal,
sustentado por seu exército e pela igreja, irmanados para subjugar a
rebelião, como ocorre na atualidade com a guerra popular dirigida
pelo Partido Comunista do Peru. Naquele 10 de outubro de 1781, o
Marechal-de-Campo Del Valle, havia escrito a Diego Cristóbal em tom
ameaçador, recordando-lhe o ocorrido ao seu primo Jose Gabriel, à
Micaela Bastidas e aos demais chefes de alçada, dando a entender que
semelhante final trágico o esperava se não aceitasse a anistia, o
perdão. Isto quer dizer que a sede de sangue das autoridades
vice-reinais ainda não estava, nem estará, saciada e que ocultavam
seus instintos criminais por trás do palavrório de anistia. Tiramos
lição para a história, atualmente, os sucessivos governos de
turno, especialmente o da primeira metade da década de noventa, em
repetidas oportunidades têm manifestado: “entreguem-se
para que sejam julgados de acordo com a lei”,
o que significa isto? A cadeia perpétua, o extermínio, o
aniquilamento total do Partido e da guerra popular. Senhores
oportunistas, chamem-se Miriam, Nicolás, Crespo, Farjardo, ou o que
for, contestem, em que resultou seu acordo de paz? Porém dê-se a
mula ao celeiro. Estes oportunistas e qualquer outro da mesma raça
passarão do chamado à paz ao alistamento, para combater de armas em
mãos aos que foram seus camaradas, em realidade ao Partido, à
revolução, ao povo do Peru, ao proletariado internacional.
Voltemos a Diego Cristóbal
Tupac Amaru. Em 17 de janeiro de 1782, em Sicuani, Cuzco, levou-se a
cabo a cerimônia de indulto de Diego Cristóbal que, daí em diante,
acompanhou ao Marechal-de-Campo Del Valle e ao Obispo Moscoso e
Peralta na campanha de pacificação.
Claro, outros chefes alçados consideraram um grande erro a atitude
de Diego Cristóbal em aceitar a anistia. E não lhes faltava razão.
No início do ano de 1783, devido a uma manifestação dos índios
contra o vice-reinado em Marcapata, Diego Cristóbal foi capturado,
conjuntamente com sua mãe, alguns parentes e outros considerados
cúmplices. Marcapata foi apenas um pretexto, os vice-reinais há
tempos queriam eliminar Diego Cristóbal. Chegado o momento,
consumaram-no. Era 31 de maio de 1783, os fiscais, entre eles Ouvidor
Dom Benito de la Mata Linares, sentenciaram à morte Diego Cristóbal
Tupac Amaru, sua mãe Marcela Castro, sua esposa Manuela Tito Condori
e outros tenentes. Os vice-reinais não apenas enforcaram Diego
Cristóbal, mas mandaram martirizá-lo, arrancando-lhe as carnes do
peito com pinças em brasa, feito a cargo dos carrascos Felipe Quinco
e Pascoal Orcoguaranca.
Lição para a história: os
oportunistas do acordo de paz,
do Movadef, converteram-se na reedição viva dos carrascos Felipe
Quinco e Pascoal Orcoguaranca. O Vice-Rei Jáuregui, o visitador José
Antonio de Areche, o ouvidor Benito de la Mata Linares, reencarnaram
nos atuais governos, sua força armada e seu poder judiciário.
Enquanto que o papel do leiloeiro Lorenzo Quispe é feito pela mídia
reacionária do Peru, em sua luta contra os comunistas e os
revolucionários. Recordemos aquela pantomima de entrevista realizada
por um maluco da televisão, com o senhor oportunista, eleitoreiro e
capitulador que atende pelo sobrenome Crespo. Foi uma discussão, um
alarido, de dois mequetrefes farsantes, dois energúmenos em uma
competição de quem serve melhor a seu amo, o governo opressor do
Peru, e o imperialismo norte-americano.
O que nos pode dizer
das chamadas cartas de Abimael?
Sobre as cartas pedindo o
suposto acordo de paz.
A ratazana Miriam assume como se o Presidente Gonzalo as tenha
redigido. Este engendro do oportunismo foi desbaratado pela
contundente realidade.
Em nossa concepção, o alarme
do denominado acordo de paz
foi soado pela revista Caretas nº 1272, publicada em 5 de agosto de
1993, que na página 28 põe no título do artigo: “Por
trás da tela. Segredos da Operação das 50 horas”,
escrito pela jornalista Cecilia Valenzuela. Neste artigo, Caretas
afirma: “Assim que se anunciou como
um fato a capitulação de Abimael Guzmán, na manhã de quarta, 28
de julho último, um repórter do canal do Estado anunciou que no
local do Congresso da República estava sendo instalada uma tela
gigante de televisão… até o fechamento desta edição, nem o
vídeo nem o líder capitulador haviam sido vistos entre os atentados
e os apagões que voltaram nestes últimos dias”.
O objetivo central do governo Fujimori e do imperialismo
norte-americano principalmente, era, mediante argúcias, dividir o
Partido, propagar uma suposta capitulação de Abimael e assim
facilitar o caminho de sua reeleição e perpetuação no poder. Com
este objetivo, o servil jornal A República de 27 de julho de 1993,
em sua primeira página diz: ABIMAEL SE RENDEU. Segundo a Caretas, no
Palácio do Governo já se vinha cozinhando a chamada capitulação,
um registro de capitulação, que em seus sonhos vãos levaria o
Partido a declarar-se derrotado e a depor as armas. O que aos olhos
do mundo nunca se sucedeu. A mesma frívola Caretas, também afirma:
“Dias antes, a revista Oiga havia
publicado uma nota onde citava o último comunicado do grupo militar
‘León Dormido’, com data de 14 de julho de 1993…”.
Mais adiante diz: “As negociações
com Abimael não haviam progredido, pois este pede, em troca de
assinar o documento, sair deportado do país”.
Uma vez mais, o objetivo era fazer o Presidente Gonzalo parecer um
capitulador. Porém, o objetivo do governo de Fujimori, segundo a
opinião do “León Dormido”, não
havia progredido. A isto se
somaram os oportunistas! Proclamando as supostas cartas
de paz.
Mas o central da Caretas nº
1272 é a publicação do fax do comunicado do grupo militar “León
Dormido”, cujo título diz: À OPINIÃO PÚBLICA NACIONAL E
INTERNACIONAL. O que nos interessa é o ponto 3. ANUNCIAR EM 28 DE
JULHO DE 1993: referente ao que fará o governo nesta data. O
comunicado diz:
“Uma autocensura de
Abimael Guzmán, filmada, gravada, onde ele declare terminada a
guerra declarada pelo Partido Comunista, e que Montesinos logrou
fazer-lhe assinar uma ata de inculpação (se não, falsifica-se).
Com este objetivo, Montesinos vem reunindo-se com Abimael Guzmán na
Base Naval del Callao, para convencê-lo de sua autocensura e que
assine o documento. Reuniram-se até hoje umas 13 vezes, das quais em
uma ocasião foram 6 seguidas. Descem à cela de Guzmán: Montesinos,
o Diretor de Inteligência Naval e um oficial da Marinha que filma
tudo, em seguida isto é analisado pelos especialistas da Marinha e
de Montesinos e o material é levado às instalações do SIN, pelo
próprio Monntesinos, as reuniões duram aproximadamente das 11:00
até às 17:00 horas. A ideia era… com a declaração de Guzmán,
Fujimori assegurar a reeleição e Montesinos o poder. As negociações
não progrediram porque Abimael Guzmán pede em troca de assinar o
documento sair do país DEPORTADO”.
Atuando de maneira vantajosa e
premeditada, têm clara afirmação de, “se
se obtém a carta, muito bem; em caso de não obtê-la,
falsifica-se”.
Esta versão de “León Dormido”, publicada pelas revistas Oiga e
Caretas, demonstra às claras que foi o estado peruano e todo seu
artefato institucional, os que inventaram o chamado acordo
de paz, querer anunciá-lo com motivo
de sua mensagem por feriados nacionais de 1993, fato que não ocorreu
naquele tempo, mas, afinal, esta intenção suja e perversa de acordo
de paz, por parte de Fujimori, se deu
tempos depois em uma reunião das Nações Unidas, desta vez com a
solidariedade e o fundo musical dos oportunistas, capituladores e
eleitoreiros como Miriam, Nicolás, Crespo, Fajardo. Este documento
do “León Dormido”, refere-se também ao assassinato de um
professor e nove estudantes, da Universidade de Cantuta, pelas mãos
das forças armadas, fato que posteriormente foi corroborado pela
realidade contundente.
Na publicação A República
de 14 de janeiro de 2008, Glória Cano, advogada da parte civil, dá
como evidência o testemunho do senhor Rafael Merino Bartett,
ex-assessor do Serviço de Inteligência Nacional (SIN), que declarou
ser o autor da supracitada carta.
À pergunta: “Escreveu algum
documento sobre o Sendero Luminoso?”, Merino Bartett respondeu:
“Redigi as três cartas de Abimael:
o acordo de paz, a de sujeição e outra onde elogiava Montesinos…”.
Isto foi corroborado por numerosos estudos, como no livro O
Espião Imperfeito, referente ao
senhor Merino, podendo-se ler ao pé da letra: “…
sociólogo e advogado de profissão… seu grande talento para
escrever discursos e projetos de leis… um dos mais destacados
especialistas peruanos em Sendero Luminoso. Colecionava avidamente
documentos e discursos dos líderes senderistas. Segundo Merino, ele
foi o principal responsável pelos interrogatórios do preso Abimael
Guzmán… Merino diz ter
redigido as duas cartas de acordo de paz
e que Guzmán as assinou sem trocar nem uma vírgula”.
Assim as coisas, o chamado acordo de paz e as cartas de paz, simples
e claramente não existiram mais. As chamadas cartas pedindo paz,
apenas existiram na podre mente dos revisionistas e oportunistas,
lacaios do imperialismo norte-americano, principalmente.
Qual foi o argumento dos
oportunistas para balbuciar o acordo de paz? Que
o partido estava sem chefatura… que nestas condições a revolução
não podia triunfar… que no mais podia manter-se com risco de ser
derrotado, etc. Nosso Partido foi
reconstituído para fazer a revolução, para cumprir sua missão
histórica de ser vanguarda do proletariado. Temos um Congresso, o
mais alto de seu gênero sobre a terra, filho do Partido e da Guerra
Popular, o I Congresso, Congresso Marxista-Leninista-Maoista,
Pensamento Gonzalo, um Exército Guerrilheiro Popular, que chegou ao
seu escalão mais alto de ser Exército Popular de Libertação,
Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo. Para os oportunistas
nada disto conta. Para demonstrar-lhes a invencibilidade da
revolução, basta recordar o que a imprensa e os mesmos reacionários
dizem:
A República de
domingo, 8 de novembro de 2009, afirma no título da página 3:
“Grupo terrorista no VRAE aumentou
seu poder de fogo”, isto baseado
nas declarações do ex-membro do GEIN, General PNP (r) Marco
Miyashiro Arashiro, que ainda comentou: “O
grupo terrorista do VRAE aumentou consideravelmente suas ações e
demonstrou que cada vez mais aumenta seu poder de fogo…”.
Suponhamos que o senhor Miyashiro seja conhecedor de temas sobre a
guerra, suas palavras estão fundamentadas e são de alçada de
confiança, porém, como chegou a ser General?
Neste mesmo dia 8 de novembro
de 2009, na página 10, no A
República, o ex-Ministro do Interior
Fernando Rospigliosi, comentou acerca do Plano de Excelência:
“SL EM OFENSIVA, MILHARES À DEFENSIVA”.
“Os resultados estão à
vista:
-
Mais de 50 mortos do lado das forças de ordem e dezenas de feridos;
-
Um helicóptero derrubado;
-
Segundo versões oficiais nem um só líder terrorista capturado ou abatido, alguns agressores caídos mas sem confirmação;
-
Fortalecimento do Sendero Luminoso, que tem incrementado seu arsenal aproximadamente em 40%, com armas roubadas do Exército;
-
Crescimento do número das colunas senderistas, coisa que há muitos anos não ocorria, produto do atrativo das contínuas vitórias e nenhuma derrota dos terroristas;
-
Moral alta dos senderistas e muito baixa das forças de ordem, que agora estão totalmente na defensiva, já não patrulham e fecham-se em suas bases na espera pelo próximo ataque”.
Rospigliosi também comentou
sobre o assessor israelense Baruca Ziv.
Assim sendo, a chamada
derrota do Partido e da Revolução, que tanto cacarejam os
oportunistas, apenas existe no negro pus que carregam como cérebro.
Até os reacionários reconhecem a vitória da guerra popular.
Lhes proporcionamos alguns
pontos de vista sobre as ações do Exército Popular de Libertação
como prova palpável do que é a guerra popular no Peru. Estes pontos
de vista estão nos documentos que temos publicado e que é de pleno
conhecimento das Forças Armadas e das forças policiais, pois são
elas que têm trazido os armamentos que hoje possuímos. Estão
cumprindo, de maneira gradual, seu papel de burro de carga. A maior
parte das armas que o Exército Popular de Libertação possui
procede das Forças Armadas e das forças policiais. A outra parte
nós fabricamos e, certamente, não chegamos a adquiri-las no mercado
devido a seu alto custo.
Figura 7: Armamento
confiscado em 2 de outubro de 1999. Setor Mina. Rio Saniveni. San
Martin de Pangoa. Um helicóptero MI-17 Nº 633 emboscado.
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Figura 8: Emboscada em
Tintai Puncu. Tayacaja. Huancavelica. 9 de outubro de 2008.
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Figura 9: Emboscada em
Ccompipata. Sanabamba. Huanta. Ayacucho. 9 de abril de 2009.
|
Figura 10: Derrubada e
emboscada em Sinaycocha. 2 de setembro de 2009. Santo Domingo de
Acobamba. Junín. Helicóptero M17 FAP Nº 640.
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Neste contexto, no que deu a
denominada derrota do Sendero,
derrota do terrorismo,
acordo de paz,
a pacificação nacional
e outras tantas injúrias? Cremos firmemente que tudo isto é uma
infâmia contra o Partido. Com fervor revolucionário desfraldamos ao
vento as bandeiras vermelhas da rebelião. Viva a Guerra Popular! A
rebelião se justifica! Tomar os céus de assalto! Nossa arma
invencível: o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo. Os
reacionários dizem: Rendam suas
armas. Nós lhes respondemos: Venham
tomá-las! Uma vez mais levantamos
alto a consigna do Presidente Mao: Quem
não teme morrer cortado em mil pedaços, se atreve a despedaçar o
imperador.
Recordemos alguns fatos
históricos:
Na batalha das Termópilas, o
Rei Leônidas de Esparta, nas chamadas guerras médicas entre gregos
e persas, junto a seus trezentos, lutaram com bravura em defesa da
Grécia, não lhes importou a superioridade numérica do inimigo
invasor, algo mais de 20 mil efetivos. A história registra o
monumento a estes heróis, proclamando: Cidadão,
vá dizer a Esparta que aqui jazem trezentos de seus cidadãos, por
obedecer suas leis sagradas. Lição
para nós: Defender o Partido e a Revolução com mãos sagradas, com
nosso sangue, com nossa vida.
Durante a guerra civil entre
os espanhóis, ocorreu a batalha de Jaquijahuan, entre as forças do
pacificador Gasca e Gonzalo Pizarro. Alguns capitães do bando de
Gonzalo Pizarro, vendo-se em condição desigual, foram da opinião
de capitular, quer dizer, render-se; um dos guerreiros deu seu
parecer de que era vergonhoso para um castelhano render suas armas e,
mais contrário ainda, discursou a seus soldados: “atacar
o inimigo e morrer como romanos”.
Cumpriu sua promessa.
Na batalha de Arica, uma
semana antes de chegar ao parlamento chileno, já havia sido acordado
não retirar-se e resistir à custa de suas próprias vidas. Não
chegaram os reforços. Chegado o momento da batalha, sacrificaram-se
e cumpriram o prometido: lutar até
queimar o último cartucho. Este
testemunho consta nas Memórias do Coronel Roque Sáez Peña e do
historiador chileno Benjamin Vicuña Mackenna.
O que fizeram os oportunistas?
Virar as costas e fugir como os ratos que são.
Lembrem-se. Nós comunistas
somos de madeira especial, sabemos o que temos que enfrentar, já o
temos enfrentado. Armados com nossa invicta ideologia, o
Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo, temos o espírito
combativo de Mao e do Presidente Gonzalo. “Quem
não teme morrer cortado em mil pedaços, atreve-se a despedaçar o
imperador”. “Enquanto existirem homens sob a direção do Partido
Comunista, será possível realizar toda sorte de milagres”.
3.- Janeiro de 1836, o negro
León Escobar, após uma devastação violenta, apoderou-se da
cadeira presidencial em Lima. Tropas estrangeiras tiveram que
intervir para interceder neste incidente. León Escobar foi fuzilado
após uma oferta de diálogo pelo General Francisco Vidal, seu
cadáver exibido por três dias diante da catedral, como exemplo.
Aqui cabe a frase de Dom Carlos Cueto Fernandini, Ministro da
Educação durante o primeiro governo de Fernando Belaunde Terry:
“Há, neste pequeno
mundo, representantes de quase tudo que é nosso país: apristas,
comunistas, ladrões, assassinos, depravados sexuais, loucos, idiotas
e gente impulsionada pelos ódios e pelos amores mais extremos…”
Há lugar para todos nesta
ordem estabelecida. Mas o maior delito, considerado aberrante e
merecedor do castigo humano e celestial mais estremecedor, é o de
levantar-se com fuzis para construir uma ordem nova. Nas tenebrosas
masmorras do Peru, os filhos do povo e da classe têm lançado seu
rotundo grito de guerra que convoca o alento de seus congêneres.
Este grito de guerra tem se convertido na sentença de morte do atual
sistema de exploração e opressão. Como manifestou o poeta Pablo
Neruda, há disfarces para todos os gostos, há lugar para todos,
porém cuidado, não deixem passar os
comunistas. O Peru está, e assim
deve ser, sob a representação dos que foram: presidentes
(constitucionais ou de fato), Velasco, Morales, Bermúdez, Belaunde,
Alan García, Fujimori, Toledo, Olana, acompanhados de: Esparza
Zañartu, Mantilla, Chinguel, Montesinos, Martín Balaunde, o SEPA, o
Frontón, os comuns de Castro Castro, Ancón e outros. Todos eles têm
direito a gozar deste carnaval que é a política opressora do Peru.
Por suas ações os conhecereis. O Poder Legislativo do Peru tem um
amplo prontuário: Julio César Arana, por algum tempo, deputado por
Loreto, assassino de nativos na selva peruana na exploração de
borracha, veja-se O Mundo é Grande e
Estranho e O
Sonho do Celta. O Coronel Agustín
Belaunde, desertor da batalha de Arica, que com o maior descaramento
e sem o menor problema, tempos depois foi deputado pela província de
Tayacaja, Huancavelica. O amém dos congressistas: come
frango, rouba cabo, cafetão, mata cão e
um grupo de sem-vergonhas que enchem a boca com sangue e suor do povo
peruano.
4.- Andahuaylas. Após uma
oferta de diálogo e suposta paz, os autores desta insurreição
foram presos e hoje pagam por sua ousadia em Piedras Gordas. Não se
brinca em guerra. O sacrifício de combatentes conscientes não pode
servir para o vergonhoso ato de entregar os fuzis, como lenha, aos
montes e em plena rua, para em seguida serem destinados às negras
masmorras do reacionário estado do Peru. Depois dos eventos de
Andahuaylas, por que não se empreendeu a retirada, com vistas a
novos combates? Tão só em dirigir-se a Ocobamba e Ongoy, ou até
Pacucha, Huancarama e o vale de Cocas, seguramente a massa camponesa
os teria aclamado.
5.- Os acontecimentos de
Bagua. Conhecidos pelos noticiários como Baguazo. O Povoado de
Bagua, os Awajuns e Wampis, reclamaram com toda justiça pontos
claramente racionais em defesa de seu meio ambiente e de suas terras.
Porém, valem mais os interesses da grande burguesia. Os cidadãos de
Bagua foram considerados de segunda
classe, nada menos por Garcia Pérez,
conhecido prestidigitador. As coisas foram tornando-se cada vez mais
violentas pelas participação da forças policiais. Senhores
oportunistas! Se acaso têm um pingo de moral revolucionária, que
lhes sirva para tirar lição. O governo e os representantes das
comunidades de Bagua, na mesa de negociações, encontravam-se já há
55 dias em diálogo. Para que serviu este diálogo? Para ganhar tempo
e preparar o massacre dos camponeses, sem importar-lhe sua própria
polícia que, segundo as notícias, morreram em número de 23. A paz
e o diálogo, na presente etapa, são um meio para aniquilar a luta
do povo. Os reacionários se esgoelam, gritam em voz alta “paz!
diálogo!” enquanto suas mãos
ardilosas empunham a faca assassina. As forças reacionárias,
munidas de helicópteros, bombas lacrimogêneas, fuzis AKM, atacaram
os manifestantes na chamada Curva del Diablo. Os Awajuns e os Wampis
defenderam-se com paus, lanças e pedras. Tudo isto pisoteando, com
todo descaramento do mundo, sua pantomima chamada mesa
de diálogo. Imaginamos que os
agentes do governo estariam dialogando hipocritamente, dissimulando
sua sede de sangue como hienas, querendo aniquilar os camponeses de
Bagua. Pois, estando a mesa de diálogo instalada, desencadearam a
repressão sangrenta. Senhores do governo! Todo estadista sabe que em
uma ação como a de Bagua, em uma contenda violenta como a de Bagua,
deve-se preservar as próprias forças e aniquilar as do inimigo.
Aniquilar as forças do inimigo não necessariamente significa matar,
mas privar-lhe de sua capacidade de resistência. E nada disto fez o
governo de turno e seu gabinete. Não lhes importou em absoluto a
vida dos efetivos policiais que estavam rodeados por aldeões
inflamados pela luta. O resultado: o desaparecimento do efetivo da
polícia. Com o intuito de saciar seus apetites pessoais ou de grupo,
não lhes interessa em absoluto a vida de seus próprios efetivos.
Sempre tem sido assim. Nós perguntamos: por que não evacuaram o
efetivo policial cercado, antes de desencadear o massacre da Curva
del Diablo? Os verdadeiros assassinos dos 23 policiais em Bagua foram
os que conduziam o estado reacionário do Peru naquela época. Estes
comandos reacionários podem atrever-se a derrotar a guerra popular?
São apenas sonhos e delírios. Não custa nada sonhar. Sigam
sonhando. Os exploradores sempre se escondem atrás de soldados
provenientes do povo, utilizando-os como bucha de canhão.
6.- O denominado Grito de
Montan, de 31 de agosto de 1883. Iglesias, a quem considero um
traidor, capitulou diante do Chile, balbuciando que havia que:
“terminar com o dano e a humilhação
da ocupação inimiga por meios práticos… Reconhecimento valente
da derrota”. Finalmente, firmou a
paz humilhante para o Peru.
Valente
teria sido defender nosso território. Quais eram os meios
práticos para terminar com a invasão
inimiga? Em 20 de outubro de 1883 é firmado o Tratado de Ancón, o
qual supôs a perda do nosso território: Tarapacá, Arica e Tacna.
Uma altíssima indenização de guerra: dez milhões de pesos. E
ainda, com um tratado complementar o Peru dava ao Chile 300 mil pesos
mensais para a manutenção da tropa chilena que ocupava nosso
território. Este acordo de paz foi humilhante para o vencido e o
Chile não apenas derrotou o Peru, mas pisoteou-lhe. Recordemos, a
corda rompe-se do lado mais fraco. O governo chileno reconheceu como
representante do Peru, precisamente este traidor Iglesias, e apenas
com ele firmou este Tratado de Ancón. Os traidores, os pusilânimes,
os vendedores de trabalhadores, perdão, os vende-pátria, são
sempre louvados e elogiados pelos invasores, pelos reacionários,
pelos imperialistas.
Em uma guerra é o vencido
quem pede diálogo. Com dupla intenção: um, para através de uma
trégua, recuperar forças, tomar fôlego e logo lançar-se em
furioso contra-ataque; outro, sente-se perdido e o que quer é
preservar parte de seus interesses em uma mesa de negociações, para
conservar parte de sua força e mais tarde voltar a atacar. Assim,
também, produzem-se as restaurações.
Figura 11: Combatentes do
Exército Popular de Libertação, no setor denominado Churrubamba,
provícia de Huanta-Ayachcho. Fevereiro de 2012.
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Não inclui foto:
Camaradas Laura e Mariela. Roblepampa. Agosto de 2012. Província de
Tayacaja. Huancavelica.
Não inclui foto. A
metade que sustenta o céu. Combatentes do EPL. Pampa Aurora.
Província de Huanta. Ayacucho. Setembro de 2013.
Em que consiste a Solução
Política para os Problemas Derivados da Guerra,
pela qual tanto se esgoelam os oportunistas do MOVADEF? No mundo
existem duas concepções, duas formas de ver os problemas políticos,
duas partes em contenda. O governo reacionário do Peru, que
representa os grandes banqueiros, os grandes latifundiários e a
grande burguesia em suas duas frações, compradora e burocrática,
detêm o poder e são a classe exploradora; isto por uma parte. E por
outra parte, o povo peruano: trabalhadores, camponeses, pequena
burguesia e inclusive a burguesia nacional, são a classe oprimida.
Os opressores estão sustentados por um poderoso exército que é a
coluna vertebral deste estado. Para manter-se no poder, a cada certo
período são geradas as denominadas eleições gerais para uma
substituição das autoridades que seguem oprimindo o povo. O que
pretendem então os oportunistas do Movadef? Inscrever-se como uma
frente, um partido político, que cumpra os requisitos impostos por
este estado reacionário e assim realizar seus sonhos de serem
prefeitos, governadores regionais, congressistas e até presidentes
da república. Ou seja, o negro caminho do eleitoreirismo,
enfermidade descartada por um longo período de reconstituição do
Partido. Esta vergonhosa etapa de cretinismo parlamentar, se deu a
partir dos anos 30, com o abandono das teses Marxistas-Leninistas de
Mariátegui e a usurpação da direção do Partido pelos
oportunistas encabeçado pelo sujeito Ravines. O período de
Reconstituição conduziu-nos a construir o heroico combatente que é
o Partido, a iniciar a luta armada, permitiu transitar pelo difícil
mas glorioso caminho de cercar as cidades a partir do campo, o
caminho da guerra popular, para instaurar, em um futuro não muito
distante, a República Popular do Peru, o Socialismo e finalmente o
Comunismo.
Camarada Laura, qual a
sua opinião sobre a Comissão da Verdade?
Em primeiro lugar, deveria
julgar que posição de classe têm os que conformam esta chamada
“Comissão”. Quem constitui esse organismo? O governo reacionário
do Peru, o estado peruano a serviço do imperialismo, norte-americano
principalmente. Vejamos seus integrantes. O senhor Salomón Lerner,
alguma vez levantou um só dedo, sequer um dia, ao menos por um
minuto, contra a opressão e a miséria do povo? Nunca. O que se pode
esperar deste senhor? Nada. Aquele chamado comissário Carlos Iván
Degregori, não fez mais que recolher alguns fatos isolados das lutas
do povo de Ayacucho, não sendo sequer espectador, mas amplamente
afim, parte da época de Velasco Alvarado, ao qual chamou
“reformista”. Tem algum compromisso ou afinidade com o povo?
Nenhum. O senhor Alberto Morote Sánchez, reacionário e retrógrado
quando docente da Universidade Nacional San Cristóbal de Huamanga,
jamais sequer pronunciou a palavra povo,
para ele não existe povo. Esse figurão apelidado Tapia, que alguma
vez se autoproclamou ser admirador do MIR, qual é sua forma de
pensar? Este senhor aplica a política do chacal ante o leão;
lambe-botas, incondicional e fiel servidor dos governos reacionários
de turno e do imperialismo norte-americano, que para assegurar sua
refeição diária, vai prosperando por trás de seus amos, revela-se
recebendo migalhas, este personagenzinho rasteiro e arrogante
converteu-se em punhal contra o povo peruano. O que se pode esperar
deste parasita? Este patife é um imbecil ou é nosso inimigo?
Imbecil não é, demonstrou sua capacidade servil ao lado e como
fantoche banal do velho estado do Peru. Abriu suas negras bocas
contra o Presidente Gonzalo, portanto, é nosso inimigo.
Vale algum comentário… Esta
Comissão estava submetida ao Estado reacionário do Peru e ao
imperialismo ianque e, como tal, não tinha nenhuma independência e
suas conclusões eram regidas pelos interesses do Estado peruano e do
imperialismo ianque; fazemos esta afirmação pelo modo de pensar e
pela posição de classe à qual defendem e seguirão defendendo.
Além disso, pelo incidente suscitado no momento da publicação das
conclusões às quais havia chegado a Comissão; os congressistas,
ministros, personagens obscuros e conhecidos inimigos do povo, as
forças armadas e policiais, não estiveram de acordo com a
publicação destas conclusões.
O pretexto, “estas conclusões
atentam contra as instituições democráticas do povo”.
Qual foi a resposta da Comissão? Então a publicariam no exterior.
Neste cabo de guerra decide-se publica-la, porém, culpando aos
mortos do Partido e desculpando às forças armadas e policiais pelo
genocídio contra o povo peruano. Posteriormente, esta mesma Comissão
lança ao vento o conto da reconciliação nacional, à qual somam-se
os oportunistas e podres revisionistas do Movadef. Assim sendo, esta
Comissão chamada da verdade
cheira a estado reacionário do Peru e a imperialismo ianque. Este
organismo bastardo, instrumento do imperialismo ianque e do governo
reacionário do Peru, chamado “da verdade” com o maior cinismo e
descaramento, trabalhou para o governo reacionário do Peru, na
vanguarda dos interesses dos exploradores e em detrimento do povo
peruano.
Figura 12: A camarada
Chiang Ching, porta-estandarte da Grande Revolução Cultural
Proletária, companheira, camarada e fiel discípula do Presidente
Mao Tsetung.
|
Camarada Laura,
gostaríamos das suas palavras finais nesta oportunidade.
Proclamamos desde já o futuro
nascimento da República Popular do Peru, República de Operários e
Camponeses; para isso contamos com o Partido Comunista do Peru, com
uma linha ideológica justa e correta, o Marxismo-Leninismo-Maoismo,
Pensamento Gonzalo e um Exército Popular de Libertação dirigido
pelo Partido, que são a garantia do triunfo… Elevamos à altura
nosso rotundo grito de guerra, contra o furacão de propaganda contra
o Partido e a Revolução. A águia
canta buscando o eco dos seus congêneres.
Nossos atos e nossas vivências comoverão e convocarão os corações
ansiosos de justiça. O sol já resplandece em nossas pupilas e
agita-se incontível em nossos corações. Este também é nosso
firme compromisso: Combater.
Ponto final… Sinto um imenso
carinho por meu pai, minha mãe, meus irmãos e especialmente por
minha filha. Especiais circunstâncias fazem com que não estejamos
juntas. E vale a pena! É a Revolução… é o Partido… é o
Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo… Quero que
recordem-se de mim com alegria e que seja minha vida timbre de
orgulho para eles. Sei que de seus olhos brotam lágrimas… mas
quero que estas lágrimas não sejam de lamento, mas a expressão
profunda de um sentimento de classe. E como outros combatentes já
disseram: tenho vivido pela alegria,
pela alegria vou ao combate, e pela alegria morro, e seria um agravo
pôr sobre minha tumba o anjo da tristeza.
Minha bandeira é vermelha e meu distintivo a foice e o martelo. Nos
consideramos filhos do Partido, da Revolução e do Presidente
Gonzalo e por eles dou a vida… está é minha decisão… Obrigada…
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