16/03/2021

Jornal MFP: Servir ao povo de todo o coração e sujeitar as relações pessoais aos interesses da revolução!

Servir ao povo de todo o coração e sujeitar as relações pessoais aos interesses da revolução!

Do jornal do MFP - março 2021

Presidente Mao Tsetung e a camarada Chiang Ching
dedicaram a vida à revolução .
Para fazer mais efetiva nossa prática revolucionária é imprescindível combater a ideologia burguesa e outras reacionárias em todas as frentes de luta do povo, como também defender a correta conduta perante a vida, levar vida simples e trabalho duro. Aplicar os três com: viver com o povo, trabalhar com o povo e lutar com o povo. Nessa prática também se faz necessário combater, todo o tempo, a prática e apologia individualista e liberal sobre os relacionamentos pessoais afetivos, prática e apologia que são formas de reprodução da opressão feminina e arma do imperialismo para desviar as energias, particularmente da juventude, da prática revolucionária de luta por um mundo melhor, iludindo-a com fantasias de felicidades baseadas na banalização da vida e vulgarização dos sentimentos humanos.

As relações amorosas próprias da condição humana e a busca por elas tão intensa, especialmente na juventude, expressa-se como um dos principais interesses pessoais e como as relações sociais numa sociedade baseada na exploração do homem pelo homem, como a nossa, ela também está submetida às ideologias reacionárias das classes dominantes e são parte da reprodução destas. Portanto e de uma forma geral as relações são fonte de egoísmo e fantasia sobre a felicidade, resultando no contrário do que se aspira. No caso dos revolucionários e revolucionárias são ainda fonte de conflitos entre a vida pessoal e a militância. Muitas vezes conduzindo a prejuízos importantes para as atividades e ações políticas revolucionárias. Princialmente para as mulheres do povo, os conflitos e contradições se avolumam dada a mentalidade machista da sociedade, que por todos os meios e por todas as formas, pelos costumes e regras semifeudais, seja por preceitos e dogmas religiosos e as relações familiares patriarcais, as pressionam a ser submissas, as fazem sentir culpadas por tudo de ruim que se abate sobre a família. Para as mulheres revolucionárias, como as militantes do MFP, tal situação não apresenta diferente.

Nesse sentido se faz necessário, também nesse terreno, traçar uma clara linha de demarcação entre as posições que correspondem ao proletariado revolucionário e a burguesa e demais contrárias. Para isso há que aplicar a concepção marxista da história, da luta de classes da superioridade do coletivo ante o indivíduo, baseando-se nas concretas experiências das primeiras empreitadas do proletariado de construir o socialismo. Há que desmascarar implacável e incansavelmente a convergência de revisionismo e imperialismo que tenta contrabandear para o marxismo elementos individualistas e liberais no tratamento das relações humanas.

Neste debate temos de ser firmes na defesa da moral proletária, pois nesse terreno a diluição é puro liberalismo, individualismo e egoismo burguês e pequeno-burguês, antessalas da capitulação. Nossa posição sobre os relacionamentos, deve partir da remarcação de que, como revolucionárias, todas as nossas atitudes devem estar presididas pelo princípio de ‘servir o povo de todo coração’, por meio da ação política baseada na consciência de classe proletária e guiadas por justa e correta linha de massas. O principal é defendermos a luta revolucionária e a conduta coerente em todas as nossas relações, através da prática e defesa de nossos princípios de honestidade e compromisso nas relações entre ativistas revolucionárias e dessas com as massas.

Como nos demonstra o Presidente Mao Tsetung que tudo na sociedade de classes leva o selo de classe, as relações afetivas amorosas também não escapam disto. Como predomina na sociedade a ideologia burguesa, que no terreno das relações amorosas se reproduz como fantasia romântica, idealismo burguês/pequeno-burguês egoísta (em todas suas variantes), as revolucionarias devem combater essas ilusões se batendo por educar sistematicamente suas fileiras na nova concepção das relações amorosas. Pois somente assumindo integralmente a moral e ética revolucionárias proletárias podemos combater a concepção de mundo dominante, sua moral e ética reacionárias.

A burguesia tem sua moral baseada na exploração e opressão e sua ética na justificativa disto e seus filhos nascem em berço de ouro, tendo tudo para sua vida já garantido. Já o proletariado, pelo contrário, tem sua moral baseada no trabalho, vive dele e não do suor de outro e disto decorre sua ética. Os filhos dos proletários aprendem desde muito cedo que para viver terão de trabalhar. Destes fundamentos decorrem a moral e ética de cada classe. A história da Humanidade, desde o advento da propriedade privada e decorrente divisão da sociedade em classes antagônicas, é a história da luta de classes, tendo nas primeiras classes sociais (o escravismo) a condição dos dominados como propriedade, na sucessão dos modos de produção feudal e capitalista, às classes dominadas correspondeu, respectivamente, a condição de servo e proletário respectivamente. Contudo essa foi uma consequência histórica no rumo da superação de todas as formas de exploração e opressão do homem pelo homem. Como o grande Marx sintetizou: “A marcha da humanidade do reino da necessidade ao reino da liberdade”.

Nisto está a base do amor livre que nasce no seio dos explorados, pois que o amor aí está baseado no interesse mútuo exclusivista enquanto dois seres humanos, exatamente pelas suas condições de despossuídos economicamente, não sendo suas relações amorosas baseadas em posses econômicas, como o que move o amor burguês libertino. Mas a dominação de classes impõe sua ideologia reacionária que entorpece e degrada as relações amorosas. Por isto o amor livre na sociedade só pode prevalecer com a transformação desta, a libertação do povo, com o fim do sistema de exploração e da propriedade privada dos meios de produção. Isso, concretamente, só se tornou possível e real com a revolução proletária, com a qual, entre outras questões, a mulher trabalhadora se emancipou do jugo do lar e teve a igualdade de direitos com o homem reconhecida, permitindo as relações amorosas entre seres humanos livres do condicionamento econômico e outros que não seja a livre mútua escolha dos parceiros.

Os revolucionários proletários devem se educar na elevação do amor livre, combatendo o egoismo da satisfação própria interesseira, capaz das maiores baixezas para se realizar. Os revolucionários proletários devem rechaçar o amor burguês egoísta e individualista, mesquinho, promiscuo e degenerado, como também o pequeno-burguês idealista em seu mundinho fantasioso. Devem amar com toda a consideração pelo outro/outra, como ser que sente, sofre, tem alegrias e tristezas, tem desejos e frustrações, fortalezas e fraquezas. Devem acima de tudo basear seu amor não somente na atração física e sensível, intelectual, momentânea e passageira, mas principalmente no compromisso de ajudar o outro/outra a ser melhor, servindo às mais nobres causas da humanidade.

As relações amorosas os revolucionários devem servir à revolução e a luta por nossa forja cada vez mais deve ser a de sujeitar todo e qualquer interesse pessoal a esse grande objetivo. Nós revolucionárias devemos estar cabalmente devotadas ao propósito da revolução, rechaçando tudo o que possa vir a contrariar, desviar ou prejudicar nossa prática e caminho revolucionários. Assim desenvolver relações pessoais que sirvam, como cada uma de nós, a nosso povo e à revolução. Com nossa luta e nova e superior conduta perante a vida, nos fundir com as massas mais profundas de nosso povo, mobilizando, politizando e organizando seus contingentes no propósito e ideal em prol da Humanidade.

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