RJ: Celebração vermelha marca o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora
Foto: Jornal A Nova Democracia
Uma grande e vermelha cerimônia foi realizada pelo Movimento Feminino
Popular (MFP) no Rio de Janeiro em celebração ao Dia Internacional da Mulher Trabalhadora,
no dia 9 de março.
Reunindo mais de 60 pessoas, dentre donas de casa, trabalhadoras domésticas,
estudantes, professoras, pesquisadoras, trabalhadoras assalariadas,
funcionárias públicas e profissionais liberais, o MFP destacou o caráter
classista da data, sob a consigna A emancipação feminina é obra da
revolução proletária!
Entoando canções revolucionárias como A Internacional e Lutadoras
da Revolução (Hino do Movimento Feminino Popular), as mulheres
puseram-se ombro a ombro com seus companheiros nesta importante data memorável
do proletariado internacional.
Em um auditório ornamentado, onde destacavam-se as efígies dos cinco grandes
mestres do proletariado internacional (Marx e Engels, os fundadores, ademais de
Lenin, Stalin e o Presidente Mao Tsetung), figurava em destaque também um
retrato do Presidente Gonzalo, chefe da Revolução Peruana, e da camarada Norah,
importante dirigente do Partido Comunista do Peru.
A imagem da fundadora do MFP, Sandra Lima, e do companheiro José Pimenta
(fundador do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos - Cebraspo) também
tiveram posição destacada.
Ao lado, foram afixadas em um mural fotos das heroínas do povo junto de um
breve histórico de suas trajetórias de luta.
A atividade contou também com a participação ativa de outros movimentos
classistas e revolucionários, como o Movimento Classista dos Trabalhadores em
Educação (Moclate), Unidade Vermelha - Liga da Juventude Revolucionária
(UV-LJR), Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), Movimento Classista
em Defesa da Saúde do Povo (Moclaspo).
As mulheres homenagearam a fundadora do MFP, Sandra Lima, relatando sua
trajetória de vida dedicada à luta do povo e pela Revolução no Brasil, além de
apresentarem um jogral com performance teatral de As Milicianas,
poema escrito por Mao Tsetung, chefe da Revolução Chinesa.
Em seguida a música popular Sangue Latino, uma das canções
favoritas da companheira Sandra Lima foi apresentada em homenagem à
revolucionária fundadora do MFP.
A mesa da celebração foi composta por duas militantes do MFP que abordaram
questões chaves para a compreensão da situação feminina e sua verdadeira
emancipação.
Dados sobre a violência reacionária que é despejada sobre as mulheres do
povo foram apresentados, evidenciando como as medidas de repressão e “políticas
públicas” nesta sociedade não puderam e não poderão resolver o problema que a
mulher vivencia dia a dia.
Mostrando o desenvolvimento da sociedade apresentado por Engels, no livro A
Origem da família, propriedade privada e do Estado, o MFP
expôs muito claramente a raiz do problema feminino como sendo uma questão
de classe, fruto do surgimento da propriedade privada e não resultado da
divisão do trabalho. E, como tal, sua solução perpassa pelo fim do sistema de
exploração do homem pelo homem, que nesta velha sociedade submete as mulheres à
exploração pelo patrão, no trabalho, e em casa, pelo marido. Exploração
esta que, por sua vez é ramificada nas demais formas de subjugar a mulher que,
de forma reacionária, é pintada como tendo uma “natureza especial”, como sendo
apenas uma reprodutora ou objeto de prazer, e assim podendo ser tomada como
posse, propriedade.
Desta forma, o MFP sustenta que o fim dessa sociedade de exploração e a
construção de uma sociedade sem classes é o único caminho possível para a
completa e verdadeira emancipação da mulher.
No momento das intervenções, as mulheres presentes no evento revezaram-se
nas falas, deixando claro o compromisso e a intrepidez das jovens e mulheres
das classes revolucionárias que tomam a firme posição por escolher o caminho da
luta e não o do reformismo nem da conciliação. Deixaram marcado também sua
disposição de lutar todos os dias de suas vidas pela Revolução que, segundo o
MFP é o único caminho capaz de derrubar a quarta montanha de opressão.
As mulheres revolucionárias do MFP compreendem que além das três montanhas
que subjugam o povo: o imperialismo, a semifeudalidade e o capitalismo
burocrático, as mulheres têm uma quarta montanha, a opressão sexual.
As intervenções também lembraram a companheira Remis Carla, militante do
MFP, covardemente assassinada por seu ex-namorado e que lutou até o último dia
de sua vida pela emancipação feminina e da classe operária.
Com espírito altivo, orgulhosas de sua condição de lutadoras, as mulheres
participaram da atividade cultural, que consistiu na apresentação de bem
elaboradas esquetes teatrais que ilustravam a participação combativa da mulher
na luta estudantil, camponesa e operária.
Uma companheira recitou o poema Como Parte da Massa, de
autoria do Presidente Gonzalo, seguida por outra militante, que entoou a canção
Mulher, de Victor Campos Bullón, revolucionário peruano que
morreu nas Luminosas Trincheiras de Combate, em Luncanamarco.
Para finalizar as apresentações culturais, um grupo de música popular
apresentou lindas canções que narraram a dura, porém heroica vida do povo. As
canções foram recebidas com entusiasmo pela plenária que bradou: Resistir,
lutar com a cultura popular!
O entusiasmo e altivez prevaleceram ao longo de toda a celebração. Palavras
de ordem como: Despertar a fúria revolucionária da Mulher!, Pra
mulher se libertar de toda a opressão só com a luta proletária e a revolução!,
Viva o 8 de março!, dentre outras, foram exclamadas pelo
plenário.
A celebração foi encerrada com uma animada confraternização e o convite para
panfletagens que serão realizadas pelo MFP em várias regiões cidade.
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