20/03/2019

Índia - Liberdade para Ajith!


O MFP - Movimento Feminino Popular se soma a campanha pela liberdade imediata para o preso político do Estado reacionário indiano, camarada Ajith. A seguir, reproduzimos cartaz da campanha que está sendo divulgado em várias línguas em todo o mundo e o comunicado do Comitê de Apoio a Guerra Popular na Índia, Áustria. A tradução para o português foi retirada do site do CEBRASPO - Centro Brasileiro de Solidariedade aos povos. (https://cebraspo.blogspot.com/2019/03/india-campanha-pela-liberdade-imediata.html#more)

 

Proletários de todos os países e povos oprimidos, uni-vos!

Liberdade para Ajith! Apoie a Guerra Popular na Índia!


“A Guerra Popular tem agora se elevado a posição de polo revolucionário reorganizado por todo o país, polo este que se firma em total oposição ao polo contrarrevolucionário das classes dominantes e do imperialismo. As classes dominantes, que até recentemente a estavam negligenciando e subestimando, agora são forçadas a reconhece-la como a maior ameaça interna que eles enfrentada”.
– Partido Comunista da Índia (M-L) Naxalbari: “Mensagem à Conferência Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia, Hamburgo”

“A prisão do camarada Murali [Ajith] em particular é uma das maiores perdas sofridas por nosso Partido e Comitê Central”
– Comitê Central do Partido Comunista da Índia (maoísta): Declaração de 16/05/2015

A Índia não é, como os imperialistas gostam de proclamar, a “maior democracia do mundo”, e sim a masmorra [prisão], de proporções enormes, do nosso povo. O imperialismo norte-americano, bem como alguns imperialistas europeus, comanda a Índia através do capitalismo burocrático e também conserva largamente o feudalismo. O fato de os imperialistas estarem falando de “democracia”, em face ao genocídio perpetrado diariamente na Índia, a miséria de incontáveis camponeses, o sistema de castas, o assassinato de mulheres, o genocídio dos povos Advasi e diversos outros exemplos, mostra claramente o que os imperialistas querem dizer quando falam de “democracia”. A pilhagem e a opressão das massas da Índia são inflamadas por numerosas resistências, por múltiplas lutas: movimentos de militantes camponeses, luta do povo contra as estações de energia nuclear e a repressão, lutas de libertação nacional e grandes greves de trabalhadores mostram isso para as forças progressistas e anti-imperialistas de todo o mundo. Isso é, entretanto, a “grande ameaça à segurança interna da Índia”, como o governo indiano descreveu a Guerra Popular, liderado pelo Partido Comunista da Índia (maoísta). O PCI (maoísta) lidera a Guerra Popular e a Revolução de Nova Democracia, que esmaga o velho aparato estatal e traz a libertação das amarras do imperialismo.


Através da “Operação Caçada Verde” e o método preventivo “Mentes e Corações”, cujo significado de ambos é genocídio, as classes dominantes tentam isolar o PCI (maoísta) e afogar a Guerra Popular no sangue das massas. Não importa o quão furiosamente eles ataquem, eles não saem vitoriosos! O PCI (maoísta) e as massas se tornaram cada vez mais próximos, e a guerra popular cria fortes vínculos com as massas, que se colocam firmemente ao lado da Revolução de Nova Democracia. A profunda ligação do Partido às massas e a firmeza com que lidera a revolução, a guerra popular, consolida um grande exemplo e esperança nas forças revolução ao redor do mundo. No contexto da crise iniciada em 2008, os imperialistas gradativamente promoveram a política fascista-hindu, que eles apoiaram em virtude de levar a frente sua luta contra os movimentos de massas e, acima de tudo, contra a guerra popular. Esses planos sofreram uma derrota, pois no Primeiro de Maio de 2014, o PCI (ML) Naxalbari, do qual camarada Ajith era porta-voz, se juntou ao PCI (maoísta), que emergiu em 2004 durante o Nono Congresso do Partido / Congresso de Unidade, da união de dois partidos.


Essa união foi um grande salto na luta dos operários, camponeses e massas oprimidas, para estabelecer um único centro de liderança da Revolução de Nova Democracia. Nesse momento histórico, camarada Ajith desempenhou um papel proeminente e se tornou membro do Comitê Central do PCI (maoísta). Por quase quarenta e cinco anos, camarada Ajith, que se uniu ao movimento revolucionário em 1976, tem desempenhado um importante papel tanto no movimento revolucionário da Índia quanto internacionalmente. Ele lutou incansavelmente contra diversos desvios antimarxistas, liderou a publicação de muitos documentos e publicações periódicas. Através de seu trabalho de tradução, ele pode expandir a possibilidade para as forças revolucionárias e anti-imperialistas do mundo a conquistar um melhor entendimento sobre a Revolução de Nova Democracia na Índia. Em maio de 2015, os governantes puderam prender camarada Ajith, mas esse encarceramento inflamou uma onda internacional de solidariedade ao camarada Ajith e à Guerra Popular na Índia. Seu encarceramento é parte da guerra contrarrevolucionária contra as massas populares na Índia, um sopro furioso do fascismo-hindu contra a Revolução de Nova Democracia. Aqueles que no momento da prisão começaram a dizer que a unificação do partido “falhou”, espalhando pessimismo contrarrevolucionário e criticismo sem princípios, se tornaram aliados da reação. Camarada Ajith mostrou através de seu exemplo que não há chão sob os pés dessas forças. Mesmo nas piores condições de encarceramento, camarada Ajith não se abalou e encontrou um jeito de completar um trabalho de tradução iniciado previamente. A saúde do camarada Ajith, tendo em conta que ele passou por uma cirurgia no coração alguns anos antes, piorou consideravelmente sob as condições fascistas de encarceramento, com nenhum fornecimento de cuidados adequados, tortura e as mais duras condições de detenção se mantiveram intactas.

Camarada Ajith deve ser libertado por fiança num futuro próximo. Porém, esse método tem sido utilizado pelas classes dominantes da Índia há muito tempo contra revolucionários presos: eles são soltos como uma pequena concessão aos movimentos de solidariedade através de altas fianças, apenas para prendê-los novamente pouco tempo depois. Essa abordagem mostra que o trabalho de solidariedade aos prisioneiros políticos, no qual é feito na Índia e também internacionalmente, poderia logo desenvolver uma certa força. As classes dominantes tentam confrontar essa força com suas táticas viciosas. Suas ações são parte de tentativas de abalar os prisioneiros, parte da guerra psicológica que busca o objetivo da aniquilação e assassinato total dos revolucionários.

Esses planos sinistros são condenados com determinação e todas as forças democráticas, anti-imperialistas e revolucionárias do mundo são resolutamente opostas a eles! Nós convocamos para levantar alto e claro a demanda do 18 de março, Dia Internacional dos Prisioneiros Políticos, para a imediata e incondicional soltura do camarada Ajith! Nós defendemos camarada Ajith, o qual colocou toda sua vida a serviço do PCI (maoísta) e da Guerra Popular, da Revolução de Nova Democracia. A luta conta o imperialismo é justificada e requer solidariedade e firme apoio internacional. Organizações signatárias e iniciativas levarão a cabo essa causa comum através de ações na semana em torno do 18 de março, solidificando um poderoso impulso pela expansão e disseminação de solidariedade com a Guerra Popular na Índia!

Liberdade para Ajith!

Liberdade para todos os presos políticos na Índia!

Apoie a Guerra Popular na Índia!

Viva a solidariedade internacional!

Lal Salam (Saudações vermelhas)!

Comitê de Apoio a Guerra Popular na Índia, Áustria.

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