01/10/2018

Nem eleição nem intervenção militar: Revolução já! - Boletim FRDDP

 
Reproduzimos a seguir importante boletim emitido pela Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP), como parte de Campanha Nacional de Boicote à Farsa Eleitoral da qual o MFP - Movimento Feminino Popular faz pate. O arquivo em pdf do boletim pode ser baixado aqui para impressão. 


Nem eleição nem intervenção militar: Revolução já!

Não Vote, Organize-se e lute!


A Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo – FRDDP convoca todo o nosso povo  a se organizar em grupos e assembleias por local de trabalho e moradia, no campo e na cidade, mobilizando e preparando rebeliões contra os crescentes ataques aos nossos direitos e à soberania da Nação lançados por este velho Estado e seus governos de turno.
A começar por boicotar a farsa eleitoral, denunciando os partidos e seus candidatos, rechaçando o voto obrigatório, se negando a dar aval a este sistema político corrupto e seus candidatos mentirosos, demagogos e cínicos, sejam eles da direita, centro ou que se dizem de “esquerda”.
O que tem demonstrado a violência que este velho Estado, por meio de seus governos de turno, lança para esmagar a luta do povo? e a que serve a farsa de eleições? A análise de nossa história demonstra e deixa patente que o velho Estado brasileiro é dos
grandes burgueses e latifundiários, serviçais do imperialismo, principalmente ianque (Estados Unidos) e os sucessivos governos são gerenciamentos de turno  a seu  serviço. Demonstra e comprova que a farsa eleitoral é uma ilusão que vende a falsa ideia de democracia e serve para legitimar esse sistema que explora e oprime o povo. Demonstra  e nos alerta de que não há caminho fácil e rápido para nossa verdadeira libertação. Pois só destruindo esse velho Estado genocida e seu sistema de governo podre e corrupto com seus partidos e políticos canalhas o povo poderá construir uma Nova Democracia, para pôr um fim a todo esse sistema de exploração que é a causa de todas as injustiças, abusos, miséria, fome e opressão para a imensa maioria do povo, além da rapina das nossas riquezas naturais pelas potências estrangeiras.
O país chegou a uma situação que é muito mais grave do que é apresentado pelos governantes, por essa imprensa comprada e pelos candidatos que mentem descaradamente dizendo que vão consertar o país. A crise atinge brutalmente o nosso povo com desemprego, corte de direitos (as “reformas” e cortes de programas sociais), sucateamento dos serviços públicos de saúde e educação, miséria, delinquência e com a guerra covarde que a polícia e o Exército lançam contra  os pobres no campo em sua luta pela terra e nas favelas a pretexto de combater traficantes.
Contudo a atual crise atinge também as classes dominantes exploradoras, que se acham divididas numa crise política que se transformou em guerra entre seus partidos pelo controle do governo, tal como estas eleições o demonstram. Esta é uma crise de todo esse sistema, pois é resultante da putrefação desse capitalismo burocrático que há mais de século massacra nosso povo e atrasa o país. Situação que é agravada pela crise geral do imperialismo com recessão, guerras de rapina, migração em massa e desordens em todo o mundo.
Assustados com a rebelião popular que está explodindo país afora e que como fogo de monturo está gestando a Campanha pelo Boicote a farsa eleitoral em BH (31/08) grande revolta que inevitavelmente rebentará, os guardiães dessa velha e podre ordem já puseram em marcha um golpe militar contrarrevolucionário preventivo a essa revolta popular que ameaça a existência desse sistema de exploração, seu regime político corrupto, suas instituições carcomidas e seu velho Estado genocida. Passo a passo estão impondo a intervenção militar como as intervenções do Exército no Rio de Janeiro, os ensaios  repressivos  em Suzano-SP (tropas  e tanques nas ruas), em Pacaraima–RR fronteira com a Venezuela, apontam estender-se a todo país, com a crescente atuação dos militares através do GLO – Garantia da Lei e da Ordem, das constantes declarações do alto comando militar, além de generais ocupando, cada vez mais, altos cargos do velho Estado. O que ficou mais claro com a greve geral dos caminhoneiros, apoiada pelo nosso povo por todo o país, que estremeceu o sistema de dominação, demonstrou a força que o povo tem quando ele se rebela e se organiza.
A farsa eleitoral, com o cinismo e palhaçadas de sempre, busca desviar a atenção do povo da gravidade da crise, econômica, política, moral, social e militar que vive o Brasil. O país está sendo arrastado por uma guerra civil reacionária lançada pelo velho Estado, através de seu gerente de turno, o fantoche e bandido Temer, para reprimir o povo pobre do campo e da cidade, para tentar conjurar e esmagar sua inevitável rebelião contra os desmandos e injustiças e na luta pela terra para quem nela trabalha e por melhores condições de produção no campo; contra os cortes de direitos duramente conquistados pelos trabalhadores ao longo dos últimos cem anos de nossa história.
Para muitos de nosso povo está ficando cada dia mais claro que o caminho da libertação não é essa velha e podre farsa eleitoral. Essa sempre foi uma armadilha do imperialismo, da grande burguesia e dos latifundiários para assegurarem os seus interesses, reforçando e aprofundando o caminho burocrático, oposto e contra o caminho democrático revolucionário do povo. O que poderiam nos oferecer se nossos interesses são opostos? Nada! Não há conciliação! Os verdadeiros democratas e revolucionários, os operários, camponeses, as mulheres do povo, donas de casa, os estudantes e professores, os artistas e intelectuais progressistas devem marchar pelo caminho da Revolução de Nova Democracia e não se iludir mais com essas eleições podres e corruptas.
Nenhum desses  candidatos, como representantes dos grupos de interesses das frações da grande burguesia e dos latifundiários, sequer tocam nos grandes problemas do povo e da nação, tal como o de pôr fim neste sistema político corrupto com estabelecimento de uma República Democrática Popular; a questão agrária com a liquidação do latifúndio e entrega das terras aos camponeses pobres sem terra ou com pouca terra; a independência e progresso da nação com a nacionalização e industrialização das nossas riquezas naturais, secularmente saqueadas pelas corporações estrangeiras (como o ouro, o minério de ferro, o nióbio e tantos outros); estabelecer o monopólio estatal bancário, dos transportes e do comércio exterior, desenvolver a ciência, a pesquisa e a tecnologia nacionais; cancelar a dívida pública interna (mais de 5 trilhões de reais, 80% do PIB) e externa (mais 400 bilhões de dólares); confiscar os grandes capitais e empregar todos estes recursos no desenvolvimento do país, progresso e bem-estar do nosso povo; assim como romper todos os acordos internacionais lesivos ao país, pondo fim à subjugação e domínio que o imperialismo, principalmente ianque, impõe secularmente ao país.
Muito ao contrário os candidatos descaradamente apresentam como soluções para  “o  país  voltar  a  crescer  com  emprego e renda”, é o blá-blá-blá de todos, a cartilha ditada pelo FMI, pela banqueirada sanguessuga e o “agronegócio” concentrador da terra, produtor de monoculturas e bens primários para exportação, reprodutor da dependência externa e destruidor do meio ambiente geográfico.
Por isso, participar da farsa eleitoral é legitimar todos esses bandidos, todo o sistema de exploração e opressão do povo, é afiançar esses canalhas que criam leis para aumentar o arrocho contra o povo; é afiançar seus altíssimos salários, as mordomias e a corrupção e a aplicação das “reformas” e “ajustes” ditados pelo FMI. Votar é dar o seu aval para que essa política fascista de criminalizar, perseguir e assassinar os filhos e filhas do povo se perpetue, é assegurar que a mesma política de subjugação nacional mantendo o atraso de nossa economia, é dar autenticidade a todas as políticas de sustentação desse velho Estado. Aqueles que se iludem e tentam iludir o povo dizendo que esse é o limite da luta e buscam legitimar essa farsa e esse lixo que chamam “Estado democrático de direito”, não passam de oportunistas traidores do povo e vende-pátrias.
O oportunismo que gerenciou esse velho Estado por quase 14 anos, buscou engabelar o povo com os programas assistencialistas do Banco Mundial enquanto entregava o grosso do produto  do  seu  suor  e  lágrimas  às   corporações   do    imperialismo, aos banqueiros, ao agronegócio, e cometeram os mais covardes ataques contra o povo e a nação, implantando o empréstimo consignado (para endividar o povo e salvar banqueiros), fator 85/95 progressivo até 90/100  (para  cálculo da aposentadoria), alta programada, criou a  Força  Nacional  (para  reprimir o povo), seguindo  a  mesma  cartilha de seus antecessores, por fim se desmascararam e  a  sua  derrota serviu para jogar por terra todas as falsas esperanças das massas de um caminho pacífico para sua libertação.
Nessa grave situação, todos esses partidos eleitoreiros, mais  uma  vez,  tentam  enganar  o  povo e a extrema direita (lambe-botas dos Estados Unidos) com Bolsonaro e general Mourão à cabeça, aproveita a descrença do povo nas desmoralizadas instituições desse decrépito Estado antipovo e seus governos corruptos vende-pátria, para apregoar a intervenção militar, contudo essa intervenção não serve para o povo, apenas levarão a termo as mesmas políticas ianques de subjugação e exploração, sob uma nova forma de opressão, incrementando da guerra civil reacionária contra as massas e sua resistência.
Inicia-se um novo período da luta de classes em nosso país marcado pelo seu acirramento, em que o velho Estado e seus governos de turno, seja de qual partido for ou qualquer outra forma fascista de governo, lançarão mais repressão sangrenta contra o protesto popular e as massas responderão com formas de luta cada vez mais violentas. Os verdadeiros revolucionários e democratas, devem incansavelmente mobilizar as massas, politizando-as e construindo organizações classistas, na luta pela terra no campo, em cada fábrica, empresas do transporte  e comércio, setores dos serviços públicos, bairro, escola, universidade e assim, ligando a luta reivindicativa com a luta política classista, combativa e independente, principalmente reestabelecendo o autêntico e verdadeiro Partido Comunista clandestino para guiar a rebelião das massas.
Só com  a  luta  revolucionária,  no  campo  e  na  cidade,  de batalha em batalha o povo destruirá esse sistema de exploração e opressão, e não apenas através de simples manifestações ou de greves reivindicativas. Será a luta de resistência para transformar essa guerra civil reacionária em guerra civil revolucionária. Desde já nessa luta ir forjando suas organizações e suas verdadeiras lideranças que, guiados pelo programa de nova democracia, conduzirão o povo pelo caminho da Revolução Democrática, Agrária e Anti-imperialista, cuja vitória criará a República Democrática Popular do Brasil Novo.

O Brasil precisa de uma grande revolução!

Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo – FRDDP

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