22/05/2018

A origem e simbologia do Dia Internacional da Mulher Proletária

A origem e simbologia do 

Dia Internacional da Mulher Proletária

Rússia, 8 de março de 1917: dezenas demilhares de mulheres saem às ruas contra a falta de alimento e a 1ª Guerra Mundial, agitando a consigna de “Paz, Pão e Terra!”
Artigo publicado no Jornal do MFP - março de 2018

O dia 8 de Março – Dia Internacional da Mulher Proletária tem uma importância especial na luta revolucionária de todos os povos. O tributo à luta das mulheres das classes exploradas e oprimidas de todos os países foi proposto por Clara Zetkin – dirigente do Partido Social Democrata (Comunista) da Alemanha – na II Conferência de Mulheres Socialistas em 1910, realizada na Dinamarca. Aprovada pelas delegadas, a homenagem foi realizada em dias diferentes nos primeiros anos.
Homenagem do Comitê Central do PCUS a Clara Zetkin em seus 75 anos,
intrépida combatente em defesa da emancipação da mulher e da revolução
No dia 8 de Março de 1917, no auge de uma situação revolucionária, ocorreu uma passeata com dezenas de milhares de operárias contra a fome, a guerra e o czarismo, sob a direção dos bolcheviques em Petrogrado, então capital da Rússia, dando início a uma greve geral política contra o regime czarista. Esses acontecimentos marcaram o período revolucionário mais importante da humanidade – a Grande Revolução Socialista de Outubro  em 1917 – quando a classe operária russa e a classe camponesa, aliada histórica, tomam o poder e iniciam a construção da primeira pátria socialista da história, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS. É em homenagem a esta rebelião das operárias russas que a celebração do Dia Internacional da Mulher Proletária passa a ser realizada no dia 8 de Março pelos movimentos revolucionários de mulheres em todo o mundo, como marca do conteúdo de classe da data.
Nos anos de 1950, as classes dominantes reacionárias tentaram suprimir estas referências históricas vinculadas ao movimento comunista internacional, tentando transformar a data em dia internacional de todas as mulheres, exploradoras e exploradas, opressoras e oprimidas. Apresentaram a versão mentirosa de que a greve das tecelãs em Nova Iorque, quando morreram 129 operárias e 17 operários, num grande incêndio quando foram trancados pelos patrões dentro do prédio em chamas, havia ocorrido no dia 8 de março e daí esta data passou a ser comemorada internacionalmente. Como não podiam suprimir o caráter classista de uma data já consolidada em todo o mundo, buscaram então uma luta acontecida fora do território socialista.
A defesa dos livros de história da burguesia, repetida em coro pelo oportunismo e o revisionismo, fazendo referência às operárias de Nova Iorque é, portanto, uma farsa. Não que o fato não tenha ocorrido, nem que a luta das operarias estadunidenses não tenha importância e não seja parte do movimento operário internacional. Pelo contrário, elas são heroínas da luta do proletariado e pela emancipação da mulher. Mas seu sacrifício não se deu no dia 8 de março, e sim no dia 25 de março de 1911. O Dia Internacional da Mulher Proletária não foi instituído com referência neste acontecimento e sim na Grande Revolução Socialista de Outubro em 1917.
O que o imperialismo pretende na verdade é negar que o Dia 8 de Março está vinculado à Revolução Proletária Mundial e pertence, portanto, às massas exploradas e oprimidas de todo o mundo que combatem o imperialismo. E isso a reação não pode permitir em sua vã tentativa de negar a revolução e de apagar da história os feitos históricos da classe operária e do campesinato dirigidos pelo grande Partido Comunista da União Soviética, sob a liderança de Lenin e Stálin.

Manifestação de mulheres revolucionárias em Hamburgo, Alemanha, 2018. 
Cartaz peruano com os dizeres: “Romper as correntes. Desencadear
a fúria da mulher como uma força poderosa para a Revolução!”
 Despertar a fúria revolucionária da mulher!

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